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Mini tem "família" nova

A marca inglesa propriedade do Grupo BMW, até ao final do ano, contará com gama renovada de fio a pavio, com três modelos (Cooper, Aceman e Countryman) que partilham características como as dimensões compactas, a condução muita divertida e a eletrificação das motorizações associada à digitalização. Contamos-lhe todos os pormenores...



Procurando manter o respeito pelos princípios fundadores estabelecidos por Alec Issigonis aquando da criação do modelo original, a Mini vive ano extremamente importante, graças à renovação por completo de toda a gama no espaço de poucos meses. Cooper, Countryman e Aceman aceleram o processo de transição energética da marca britânica e respondem aos pedidos da geração nova de condutores, nomeadamente em termos de conectividade, mas sem esquecer, também, o lado da condução.

 

Cooper, Countryman e Aceman aceleram o plano de transição energética da Mini

Os anos passam, mas a marca britânica mantém grande apego aos princípios fundadores, como o minimalismo, a simplicidade ou a facilidade de condução, um trio de credenciais que volta a estar em destaque neste processo de renovação de toda a família, que inclui, também, a "entrada em cena" de modelo novo, o Aceman, que é 100% elétrico, tem cinco portas e preenche o espaço na gama entre o Cooper e o Countryman.



Esse espaço é também de abandono progressivo das mecânicas térmicas, já que as versões elétricas estão a ser reforçadas. A Mini espera que os veículos movidos a bateria, este ano, representem 44% das vendas em Portugal, atingindo os 50% em 2025. Para 2030, mantém-se reservada a ambição da eletrificação plena nalguns mercados, incluindo no português. Segundo Gonçalo Empis, responsável pela marca no nosso País, os condutores nacionais continuar a aderir à tecnologia.

 

No entanto, apesar dessa atenção primordial aos elétricos, a marca não descura os clientes adeptos dos motores de combustão interna e também oferece versões térmicas no Cooper e no Countryman (no Aceman, não). Os três automóveis têm em comum o desenvolvimento em função de três pilares: a "pegad"a mínima em termos de dimensões e sustentabilidade, a sensação de condução “go-kart” eletrificada e a comunidade digital com experiência forte de utilizador.



Inspiração no passado 

Um dos pontos muito importantes para a Mini é o do "design", com o Cooper a manter linhas muito evocativas do modelo original, algo que Countryman e Aceman também conseguem fazer, embora com diferenças notórias em diversos aspetos, muito por causa dos seus tamanhos. Ainda assim, o desenho simples é possível de observar em aspetos como a grande grelha dianteira mais estilizada, os elementos internos sólidos ou os faróis redondos do mais compacto Cooper. Ao mesmo tempo, a iluminação tem estilos diferentes de personalização, naquela que será outra das apostas da companhia para ajudar a que cada veículo vendido seja mais personalizado.

 

Ao ser concebido como um compacto, o Cooper combina a mobilidade livre de emissões com dimensões adaptadas a uma “navegação” otimizada em ambientes urbanos, mas sem desvirtuar a sensação de condução muito dinâmica de um kart. Por outro lado, na geração nova, o Countryman cresce 6 cm em altura e 13 cm em comprimento, oferecendo, por isso, mais conforto e segurança. Apresentando-se com a tração integral ALL4, o Countryman também beneficia de capacidades para aventuras fora de estrada. Por outro lado, mesmo sendo pouco maior do que o Cooper de 5 portas (404 mm em comprimento), o Aceman serve de “ponte” entre as gamas Cooper e Countryman, com 4,07 metros de comprimento, 1,75 metros de largura e 1,50 metros de altura, propondo uma combinação de irreverência e funcionalidade para o dia-a-dia num formato de SUV compacto.



No interior, a Mini procurou retroceder até às origens do modelo desenhado por Issigonis, dotando a gama de modelos com uma configuração semelhante em que o grande monitor central OLED com 240 mm de diâmetro (a marca prefere a comunicação da medida assim em vez de anunciar polegadas) concentra as atenções. Beneficiando de uma nova fórmula, este ecrã serve de ponto de interação com o mundo digital, graças ao sistema Mini OS 9, que tem operação muito semelhante à de um "smartphone" e com áreas de atuação muito concretas – em cima, a velocidade, ao meio o sistema multimédia e, em baixo, a área da climatização.

 

Além disso, entre outras valências tecnológicas, os modelos podem tirar partido do assistente pessoal Mini (representado pelo simpático cão Spike), chave digital, Head-Up Display, iluminação ambiente e estacionamento remoto nalguns modelos (como no Countryman elétrico). De resto, os comandos físicos foram reduzidos ao essencial, surgindo na consola central com inspiração nos Mini clássicos, com interruptores e teclas para os assistentes à condução ou acionamento do sistema de estacionamento automático.



Nota ainda para os “Experience Modes”, que mais não são do que modos de condução (alguns dos quais configuráveis em função do gosto do condutor, até mesmo na imagem de fundo do mesmo), destacando-se o “Eco” para mais sustentabilidade e o “Go-Kart” para mais desportividade na condução, através de alteração dos parâmetros da assistência da direção, da climatização e da entrega da potência. No caso do Countryman, é ainda valorizado o espaço a bordo, assim como a capacidade da mala, que ascende a 460 litros.

 

Cada vez mais eletrificada 

As três gamas prefiguram opções diferenciadas, embora o principal ponto da apresentação nacional da família Mini tenha sido o da eletrificação. Os Cooper de 3 e de 5 portas são propostos com versões a gasolina (Cooper C com motor de 3 cilindros, 1,5 litros e 156 cv, Cooper S com motor de 4 cilindros, 2 litros e 204 cv) e elétricas (Cooper E com 184 cv e Cooper SE com 218 cv). Tratando-se de evento dedicado, sobretudo, aos elétricos, importa informar sobre os dados dos modelos Cooper E e SE.



O primeiro, com 184 cv de potência e 290 Nm de binário, acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 s, enquanto o segundo, com 218 cv e 330 Nm, cumpre esse arranque em 6,7 s. Em termos de bateria, o Cooper E dispõe de acumulador de energia com 40,7 kWh de capacidade (bruta), para uma autonomia WLTP de 305 km. No Cooper SE, a capacidade da bateria aumenta para 54,2 kWh, anunciando-se uma autonomia em ciclo WLTP de até 402 km.

 

O Countryman é aquele que tem maior variedade de motorizações, já que oferece versões a gasolina (Countryman C com 170 cv, Countryman S ALL4 com 218 cv e Countryman John Cooper Works com 300 cv), Diesel (Countryman D com 163 cv) e elétricas (Countryman E com 204 cv e Countryman SE ALL4 com 313 cv).



Este último combina o espírito elétrico com a maior desportividade (0-100 km/h em 5,6 s e 180 km/h de velocidade máxima), graças à combinação de duas máquinas elétricas para tração integral e potência acima dos 300 cv. Tem bateria com 66,5 kWh de capacidade e apresenta uma autonomia homologada em ciclo WLTP de até 432 litros. Já o Countryman E tem a mesma bateria, mas percorre até 462 km, por dispor de apenas um motor elétrico, sendo, assim, ainda mais eficiente. Acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 s e atinge 170 km/h de velocidade máxima.


Por fim, disponível apenas a partir de novembro, o Aceman estará disponível unicamente com motores elétricos, nas versões E (184 cv e 290 Nm) e SE (218 cv e 330 Nm). O primeiro acelera de 0 a 100 km/h em 7,9 s e é capaz de 160 km/h de velocidade máxima, dispondo de uma bateria com 42,5 kWh de capacidade, para uma autonomia combinada de 310 km. O segundo apresenta, respetivamente, 7,1 segundos e 170 km/h, e dispõe de bateria com 54,2 kWh de capacidade, para 406 km de autonomia no ciclo combinado WLTP.



Cooper S com genica 

No primeiro contacto com o Cooper E em trajeto pequeno por estradas em redor de Sintra e Oeiras, foi possível sentir “o pulso” ao elétrico mais compacto e acessível, com 184 cv e 290 Nm. A primeira impressão é de que a Mini soube manter o "nervosismo" que sempre caracterizou o modelo, com uma postura firme no amortecimento e uma resposta rápida da direção, que também é precisa e muito informativa.


Isso tem como resultado a possibilidade de conduzir o modelo de forma mais aguerrida e com a mesma confiança e agilidade de um modelo da geração anterior com motorização térmica, sendo que, nos modelos novos, o centro de gravidade mais baixo até contribui para o aumento da estabilidade em curva. Trata-se de versão com boa resposta e facilidade em assumir comportamento desportivo nos arranques e nas retomas de velocidade.

 

De resto, ótima posição de condução, em linha com o conceito original da Mini, ou seja, bastante baixa e a remeter, igualmente, para um maior entrosamento de condução.



Gamas e preços 

Quanto a preços e lançamentos, os Countryman já se encontram disponíveis no mercado nacional, bem como os Cooper. Na gama Cooper de 3 portas, a versão de entrada C tem um preço base de 31.000 €, enquanto a de 5 portas é proposta a partir de 32.000 €. No caso dos Cooper elétricos, o E tem um preço de 35.050 € e o SE de 38.650 €.

 

Os Countryman têm uma gama a começar nos 40.150 € da versão de entrada a gasolina, enquanto a respetiva variante turbodiesel tem um preço de 42.950 €. No que diz respeito aos modelos elétricos, o E vende-se por 45.150 € e o SE ALL4 por 51.550 €.

 

Embora previstos apenas para novembro, os Aceman também já têm preços: 37.050 € para o modelo com 184 cv e 40.650€ para o com 218 cv.


Pedro Ferreira (em representação do Vhils)

Embaixadores e responsabilidade 

Ao mesmo tempo que lança estas gamas em Portugal, a Mini trabalha com embaixadores e organizações nacionais para promover áreas de responsabilidade social e inclusão, contando com o apoio de alguns nomes conhecidos. Dino d’Santiago, por exemplo, é um dos rostos da marca, com esta a apoiar o músico no seu novo projeto de ajuda a 160 crianças, para dar-lhes condições de educação e outras ferramentas para poderem ambicionar um futuro melhor.

 

Grande entusiasta da marca e até com alguns episódios no passado ligados a automóveis da Mini, Dino d’Santiago possui um Countryman de geração anterior, no qual é conduzido de acordo com as suas necessidades. Isto porque o músico não possui carta de condução.



De igual forma, manutenção da parceria com o Vhils Estúdio de Alexandre Farto, comummente conhecido por Vhils. Com o derradeiro projeto a causar grande surpresa – o Mini clássico de 1965 “Tracery” com 30 mil furos de diferentes dimensões (2, 4 e 6 mm) na decoração da carroçaria –, a Mini e o estúdio trabalham já no próximo esforço conjunto.

 

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