Introduzidas nos Rally1 que aceleram na categoria de topo do Mundial de Ralis em 2022, as motorizações híbridas deixarão de utilizar-se após o fim da temporada de 2024. Razões: Os sistemas são dispendiosos (compra, manutenção e reparação). Falta apenas a “luz verde” da Federação Internacional do Automóvel (FIA).
O Mundial de Ralis (WRC) está confrontado com problemas para atrair fabricantes e não pode arriscar perder os que tem. Explica-se, assim, a decisão de abandonar as motorizações híbridas introduzidas na categoria de topo (Rally1) em 2022, após contestação dos construtores, devido aos custos elevados da tecnologia (compra, manutenção e reparação). A medida será implementada na próxima temporada. O campeonato de 2024 termina no próximo dia 24, no Japão. Thierry Neuville lidera a classificação de pilotos e a Hyundai é primeira entre as marcas, à frente da Toyota.
O sistema híbrido da Compact Dynamics, companhia da Schaeffler, foi submetido a alteração durante a temporada, o que aumentou o debate sobre a tecnologia no WRC. Mais recentemente, antes da ronda 12 do campeonato, a penúltima do ano, o Rali da Europa Central (Alemanha, Áustria e Chéquia, entre 17 e 20 de outubro, a Comissão de Ralis da FIA, segundo notícias da publicação especializada britânica Autosport, realizou votação eletrónica para decidir a manutenção do sistema, que terminou a vitória do “não”, resultado na origem da decisão de retirá-lo em 2025. A medida ainda tem de ser ratificada pelo Conselho Mundial.
Em fevereiro, grupo de trabalho da FIA recomendou a retirada de sistema que tem motor elétrico com 130 kW para apoiar as mecânicas de 4 cilindros e 1,6 litros dos Rally1, mas os construtores opuseram-se a esta medida, o que originou a decisão de manter os regulamentos da categoria para 2025 e 2026. No entanto, após o Rali da Acrópole, Grécia, em setembro, a Compact Dynamics introduziu mudança que provocou (outra) reviravolta. Se a unidade híbrida registar três erros acima de 15 G ou um de mais de 25 G, os fabricantes estão obrigados a desmontá-la e a enviá-la ao fornecedor, para reparação que pode demorar meses. Antes, as unidades eram reparadas durante os ralis.
A imposição da Compact Dynamics provocou reações imediatas das equipas, que anteciparam agravamentos significativos nos custos de reparação. A M-Sport Ford argumentou mesmo que poderia deixar o WRC, por falta de capacidade financeira. Hyundai e Toyota apoiaram a remoção do sistema, por entenderem que essa ação era importante para manter o número de participantes no Mundial.
“Nunca pediríamos a remoção da tecnologia, mas somos pragmáticos e temos de reconhecer que a comunidade do WRC é muito pequena e necessita de proteção”, disse Cyril Abiteboul, da equipa Hyundai. Jari-Matti Latvala, da Toyota, tem opinião muito semelhante. “Em termos de desempenho, mesmo sem o sistema, os Rally1 são excecionais. Existindo o risco de perdermos concorrentes neste campeonato, o melhor é abandonarmos estas unidades”, disse.
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