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Foto do escritorJosé Caetano

WRC acelera em Portugal

Kalle Rovanepera e Sébastien Ogier, ambos em Toyota, defrontam-se pela primeira vez no campeonato de 2024 e apresentam-se como favoritos à vitória. Pela frente, até domingo, muitos milhares de adeptos nas zonas centro e norte e 337,04 km ao cronómetro!



É a edição 57 do evento desportivo organizado, anualmente, no nosso País e tem a particularidade de manter níveis elevadíssimos de popularidade, também entre as equipas participantes, num total de 69, o que representa um recorde de inscrições no WRC-2024. Este ano, no Rali de Portugal, ronda 5 do Mundial, entre quinta-feira e domingo, nas zonas centro e norte, 1690,12 km para cumprir, com os 337,04 km cronometrados arrumados em 22 Provas Especiais de Classificação (PEC). Como favoritos, o bicampeão Kalle Rovanpera e o octocampeão Sébastien Ogier, os dois com Toyota Yaris GR Rally1, mais o comandante do campeonato, Thierry Neuville, em Hyundai i20 N Rally1.

 

O Rali de Portugal com quartel-general na Exponor de Matosinhos, este ano, atraiu nove Rally1, com quatro Toyota, incluindo o de Elfyn Evans, o segundo classificado no Mundial, com 80 pontos, somente menos seis do que Neuville, e o vencedor da edição de 2021 da etapa portuguesa do WRC, contra três Hyundai e dois Ford. Em 2022 e 2023, Rovanpera, de 23 anos, ganhou no nosso País. Esta época, o prodígio finlandês participa apenas em etapas selecionadas do campeonato, a exemplo do companheiro de equipa Sébastien Ogier, piloto de 40 anos que partilha recorde de cinco triunfos com Markku Álen.



Em Portugal, Rovanpera e Ogier em competição, em simultâneo, pela primeira vez, no Mundial de 2024, o que torna a prova ainda competitiva, também pelo facto de Neuville comandar campeonato que nunca ganhou, mas terminou cinco vezes na segunda posição e três na terceira! No nosso País, o belga de 35 anos conta com o triunfo na edição de 2018. Este rali é, igualmente, o primeiro de sete consecutivos em terra.


O Rali de Portugal também pontua para o WRC2 e o WRC3

 

“Sinto-me entusiasmado por regressar a Portugal, depois de não participar no ano passado. O ambiente é sempre ótimo”, disse Ogier. “Nunca é fácil, sabe-se, mas o objetivo passa pela vitória. Todos os pilotos conhecem muito bem o rali e, por isso, antecipo um ritmo elevadíssimo e uma luta muito renhida pelos lugares da frente», acrescentou Rovanpera. Neuville, por comandar o campeonato, arranca à frente e ambiciona tempo húmido em vez de seco. «A ordem de partida é determinante. Se chover, seremos muito rápidos. Noutras condições, seguramente, vamos ter mais dificuldades», antecipa o belga. A previsão meteorológica não favorece o piloto da Hyundai, com menos de 2% de possibilidade de chuva até à bandeira de xadrez no rali.



Neuville tem Ott Tanak, o campeão de 2019, e Dani Sordo, espanhol que participa no Mundial de 2024 pela primeira vez, cumprindo em Portugal o 210.º rali no WRC, como companheiros de equipa. Só o primeiro ganhou no nosso País. Conseguiu-o em 2019, quando representava a Toyota. Na M-Sport Ford, no Puma Rally1, Adrien Formaux, que venceu a Power Stage na Croácia (estreia!), e Grégoire Munster.



CPR despede-se da terra

O Rali de Portugal apresenta-se como a ronda 4 do Nacional (CPR) e o “adeus” aos pisos de terra! A competição termina após a PEC 9 (Mortágua 2), que tem, assim, o estatuto de Power Stage e, por isso, garante pontos de bónus. O norte-irlandês Kris Meeke, num Hyundai i20 N Rally 2, vencedor da edição 50 da ronda portuguesa do Mundial (2016), num Citroën DS3 WRC, ainda não foi derrotado este ano e lidera o campeonato com 84 pontos, mais 18 que Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2). É, naturalmente, favorito à vitória, mesmo confrontando-se com a prova mais dura da época.


“O Meeke, antecipava-se, encontra-se em patamar bem acima de todos os pilotos portugueses. Não adianta contrariar a realidade com que temos de conviver», diz o pluricampeão nacional (sete títulos) e vencedor do Mundial de Produção em 2009 e 2010. “A minha estratégia não muda. O objetivo é posicionar-me rapidamente no comando, desfrutando da condução. No entanto, os ralis do WRC são diferentes… Encontramos mais trajetórias ‘rasgadas’ no percurso, as classificativas tornam-se muito desafiantes. Serei competitivo, seguramente», disse o norte-irlandês, piloto que ganhou os três ralis do CPR realizados este ano e tem cinco primeiros lugares e 13 pódios em 104 participações no Campeonato do Mundo.



No Nacional, atrás de Meeke e Araújo, encontra-se Lucas Simões, num Ford Fiesta R5, enquanto o campeão em título, Ricardo Teodósio, companheiro do ex-WRC no Team Hyundai Portugal, é apenas quinto classificado, com 28 pontos. No entanto, o algarvio aborda este rali com determinação. «A prioridade é somar pontos para o CPR, para subir na tabela classificativa, mas também ambiciona terminar como o melhor português», disse.

 

O Rali de Portugal arranca esta quinta-feira, ao início da noite, com Super Especial na Figueira da Foz (2,94 km), continuando na sexta-feira com mais oito especiais e 126,90 km cronometrados, terminando aí a fase pontuável para o CPR, após duas passagens por Mortágua, Lousão, Góis e Arganil. Depois, luta pela melhor posição possível na competição e pelo “título” de número um entre os portugueses!




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