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VW T-Cross 1.0 TSI 95 cv Urban

Na renovação habitual a meio do ciclo de vida de todos os automóveis, o SUV subcompacto da marca alemã recebeu ligeiros retoques estéticos e um reforço importante do equipamento de série para se manter atrativo numa categoria muito competitiva e concorrida.



O Sport Utility Vehicle (SUV) mais pequeno da Volkswagen foi submetido a uma atualização, a meio do ciclo de produtor, mas é preciso olhar-se com atenção para descobrir diferenças entre este T-Cross renovado e o modelo apresentado em 2019 e do qual já se venderam mais de 1.2 milhões de unidades (contando os produzidos para mercados fora do europeu).

 

Com efeito, não são muitas as mudanças exteriores, incidindo sobretudo em pequenos apontamentos dos para-choques e nos grupos óticos, passando a incluir iluminação LED de série, tanto à frente (pode receber tecnologia LED Matrix), como atrás.


A instrumentação digital passa a ser de série em todos os modelos

No interior, alteraram-se alguns revestimentos para uma sensação melhorada de qualidade, com um aumento dos materiais macios ao toque no tablier, ao passo que a instrumentação digital passa a ser de série em todos os modelos, tendo a versão ensaiada o Digital Cockpit Pro (324€) opcional com ecrã de 10,25”, que se traduz numa mais-valia pela quantidade de informação que oferece e pela personalização dos grafismos.



Interior bem conseguido 

De resto, o T-Cross em nada altera a sua sensação de robustez e de qualidade de construção, com montagem correta de todos os painéis, sublinhada pela já apontada melhoria de qualidade percebida nalguns pontos.


A ergonomia é bem conseguida, desde logo pela posição de condução mais elevada, com todos os comandos facilmente ao alcance e bom manuseamento do sistema de infoentretenimento, neste caso na variante Ready 2 Discover com ecrã tátil de 8.0”, rápido na resposta e compatível, sem fios, com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. O controlo da climatização é feito em módulo físico independente, numa decisão que contribui para a facilidade de utilização de um modelo que também faz do espaço interior um bom argumento.



Apesar de ser compacto por fora (4,13 m de comprimento), nota-se que existe um aproveitamento ótimo do interior, nomeadamente dos lugares traseiros, que recebem com comodidade até adultos com mais de 1,85 m de altura. A noção de versatilidade não é esquecida e o T-Cross mantém a possibilidade de deslizar longitudinalmente o banco traseiro até 14 cm, para ganhar mais espaço para bagagens ou pernas dos passageiros nos lugares posteriores.


A capacidade da mala varia entre 385 e 455 litros, jogando com essa mesma movimentação dos assentos. Mas, rebatendo os encostos posteriores, na proporção 60:40, amplia-se a volumetria do compartimento para 1281 litros. Outra particularidade é o rebatimento do banco do passageiro dianteiro para possibilidade de transporte de objetos longos – quase 2,4 m de comprimento! Ideal para as pranchas de surf, por exemplo.



Condução competente 

Os motores a gasolina continuam a ter grande relevância no segmento em questão, pelo que o T-Cross não se desvia dessa lógica (a gama não conta com qualquer tipo de eletrificação), com a versão ensaiada a dispor de motor 1.0 TSI, unidade de 3 cilindros com 95 cv e 175 Nm, sendo esta uma mecânica que se revela agradável de explorar, atendendo não só à linearidade da resposta, mas também ao facto de oferecer boas retomas até a baixa rotação.


O motor 1.0 TSI, unidade de 3 cilindros com 95 cv e 175 Nm, é agradável de explorar

Este atributo vale-lhe um carácter enérgico que cumpre já com todas as exigências da condução dentro e fora da cidade, com um desempenho competente e refinado, já que os níveis de vibrações e ruído são reduzidos e permitem viajar com serenidade. A caixa manual de 5 velocidades, de escalonamento curto, também serve para melhorar as respostas deste motor, e é fácil de manusear.



Outro aspeto em que o T-Cross se demarca positivamente é na aptidão dinâmica, já que este modelo compacto exibe uma boa combinação entre conforto e agilidade: a direção é rápida e a suspensão não só garante bons níveis de estabilidade em curva, como também sobressai no mau piso. Haverá rivais mais confortáveis e outros mais dinâmicos, mas o T-Cross distingue-se por esse mesmo equilíbrio em todos os tipos de pisos. Quanto ao consumo médio, o valor de 6,3 l/100 km registado neste teste fica só ligeiramente acima do anunciado pela marca (5,7 l/100 km), uma diferença que não é demasiado penalizadora.



No capítulo das assistências à condução, destaque para o sistema Travel Assist (de série), que permite adaptar, automaticamente, a velocidade em função do ritmo de marcha do veículo precedente, atuando em conjunto com o Lane Assist para ajudar a manter o veículo na faixa de rodagem. Este é um dos elementos que compõem a lista de itens de série, na qual se incluem, também, os faróis LED, os espelhos retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente com projeção do logótipo, o sistema Keyless Access, a câmara traseira e as jantes de liga leve Bangalore de 17’’, entre outros itens, para um valor de 25.961 €, mais elevado que o de alguns rivais, embora o T-Cross contra-argumente com espaço a bordo, muito equipamento e qualidade de condução bastante conseguida.



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