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Ratzenberger em documentário no YouTube

Minissérie documental permite recordar a carreira do piloto austríaco que perdeu a vida em 1994, no Grande Prémio de São Marino. No mesmo fim de semana, mas na corrida, morreu Ayrton Senna...



O Grande Prémio de São Marino de 1994 encontra-se gravado como um dos mais negros da História do Mundial de Fórmula 1. Além da morte do tricampeão Ayrton Senna, após acidente na corrida, a 1 de maio, o circuito Enzo e Dino Ferrari foi “palco” de outra tragédia, um dia antes, com o acidente que matou o austríaco Roland Ratzenberger, piloto da Simtek-Ford, durante a sessão de qualidade.

 

A participação de Ratzenberger na Fórmula 1 era o culminar de um sonho do piloto, que havia cumprido uma boa parte da carreira no Japão, com resultados modestos, mas sempre com o sonho de ingressar na categoria mais importante automobilismo. Essa oportunidade surgiu em 1994, ao abrigo de um contrato com a Simtek, equipa nova no campeonato. Esse acordo previa, na prática, uma revisão regular do número de corridas na agenda de Roland em função do orçamento angariado pelo austríaco.



A Simtek tinha orçamento limitado e não dispunha de acesso a fontes de financiamento, mesmo dispondo de acordo com gigante da televisão por cabo (MTV), por isso recorrendo a "pilotos-pagantes", uma prática comum naquela época. David Brabham tripulava o outro monolugar da escuderia, mas tinha posição mais sólida e menos dependente de apoios monetários.


Para as primeiras cinco corridas de 1994, no entanto, Ratzenberger era o "dono" do lugar, mas o austríaco participou apenas numa prova: esteve no Brasil, na primeira corrida do ano, mas não conseguiu qualificar-se para o grande prémio (por não cumprir a regra de tempo dentro dos 107% do mais veloz na qualificação), mas logrou fazê-lo na ronda 2 do Mundial, o Grande Prémio do Pacífico disputado em Ti-Aida, no Japão, que conhecia bem devido à sua experiência em competições no país. Embora dispondo de carro pouco competitivo, o piloto terminou em 11º (e último...). Em Itália, esperava continuar a progredir.



Porém, seguiu-se o “fim de semana mais negro” da Fórmula 1: sexta-feira, acidente violento de Rubens Barrichello (Jordan), que atirou o brasileiro para o hospital com fraturas na face; e os dois dias seguintes seriam ainda mais violentos. No sábado, na segunda sessão de qualificação, uma falha no "aileron" dianteiro do Simtek deixou o monolugar de Ratzenberger incontrolável na aproximação à Curva Villeneuve, com os dados de telemetria a apontarem para um embate violentíssimo com o muro (cerca de 300 km/h). O Simtek imobilizou-se, de forma sombria, apenas no meio da curva seguinte.


Ratzenberger ainda foi assistido no local, mas fratura na base do crânio tornou irreversível o que todos temeram naquele momento e, mais tarde, o austríaco foi declarado morto.



Domingo, durante o Grande Prémio, aconteceu o acidente com Ayrton Senna, que remeteu a tragédia de Roland Ratzenberger para um plano secundário, devido ao mediatismo incrível de piloto brasileiro que ainda é adorado por muitos milhões de fãs da Fórmula 1.

 

No entanto, nesta minissérie produzida pela Levay Film Production para assinalar o 30.º aniversário da morte do piloto austríaco acaba por trazer de novo para a “luz do dia” a recordação de Ratzenberger, passando em revista o seu passado, tanto em termos familiares (relatos dos pais, por exemplo), como de carreira, esperando-se o lançamento de uma série de episódios no YouTube até ao dia 30.

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