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Um em cada cinco elétricos vendidos em fevereiro tinha origem chinesa

O segundo mês de 2024 foi bastante positivo para o mercado automóvel europeu, com um crescimento de 10%, comparativamente ao mesmo período de 2023. Os automóveis novos de origem chinesa representaram um em cada cinco elétricos vendidos na Europa



O mercado automóvel mantém uma trajetória de crescimento ao longo de 2024, com o mês de fevereiro a registar um total de 988.116 automóveis de passageiros nos países da União Europeia, equivalendo a um aumento de 10% em comparação com o período homólogo de 2023. De forma idêntica, o crescimento acumulado é de 11%, o mercado automóvel europeu a aproximar-se dos dois milhões de automóveis registados em janeiro e fevereiro, de acordo com os dados avançados pela JATO Dynamics.

 

Este crescimento nas vendas não é sustentado pelos automóveis elétricos, mas sim pelos modelos a gasolina, que estão nos níveis de registos que apresentavam antes da pandemia de Covid-19

Os dados da JATO revelam que esta tecnologia representou 61% das vendas de automóveis em fevereiro de 2024, comparando-se diretamente com os 62% verificados em fevereiro de 2019. Uma parte dessa tendência deriva da queda de importância dos motores Diesel, que representaram apenas 15% das vendas de fevereiro de 2024 (contra os 35% do mesmo mês de 2019).


“Apesar da mudança notória em prol dos VE, muitos consumidores europeus não estão ainda preparados para virar as costas aos carros com motor de combustão interna”, refere Felipe Munoz, analista global da JATO Dynamics. “Enquanto vemos um claro declínio na procura por modelos Diesel, os condutores estão a optar por alternativas a gasolina em vez de mudarem para os elétricos”, acrescenta.



Crescimento chinês… com um pormenor 

Na Europa, os registos de carros oriundos da China tiveram um aumento de 45% em fevereiro de 2024 e de 43% no período acumulado de janeiro e fevereiro, sempre em comparação com os períodos respetivos de 2023. Por contraste, os registos de automóveis produzidos da Alemanha e de Espanha aumentaram apenas 6% cada em fevereiro. Com estes valores, os veículos chineses representaram já 4% de quota de mercado em fevereiro.

 

Uma grande parcela desse aumento vem do mercado de elétricos, com os automóveis vindos da China a representarem um em cada cinco matrículas de elétricos em fevereiro e no acumulado de janeiro e fevereiro. Em contraponto, os registos de automóveis elétricos produzidos na Alemanha aumentaram apenas 8% nos dois primeiros meses do ano.


Para Felipe Munoz, “este crescimento é parcialmente explicado pelas ações tomadas por alguns construtores chineses para acelerar as importações antes de decisão da UE na investigação anti-subsídios. O aumento de taxas pode abrandar o crescimento dos construtores chineses, mas como efeito secundário pode também motivar uma aceleração das suas entregas na Europa".



Outro detalhe curioso é que esses resultados de carros vindos da China não correspondem inteiramente a automóveis de marcas chinesas. Ao invés, 44% do volume total de automóveis feitos na China corresponde a veículos de marcas ocidentais, como a Tesla, Volvo ou Dacia, enquanto outros 40% correspondem à MG, cuja herança remonta ao Velho Continente, mesmo que agora os seus automóveis sejam totalmente desenvolvidos na China.

 

Ou seja, se se descontar a MG, que apela ao seu historial britânico, as marcas chinesas de nova geração correspondem a marcas assumidamente chinesas. Munoz justifica que “as marcas chinesas ainda têm um longo caminho pela frente antes de poderem ocupar uma parte significativa do mercado europeu. Apesar das ondas que têm feito em relação à performance e à acessibilidade, o aumento da notoriedade e a mudança de perceções já longamente estabelecidas vai demorar tempo”.



MG com o maior crescimento, Volkswagen lidera 

No que diz respeito às marcas mais vendidas em fevereiro na Europa dos 28, a MG foi a marca que mais cresceu, com um aumento de 106%, equivalente a 15.620 unidades matriculadas. No entanto, a grande maioria deste crescimento deve-se aos seus modelos com motor de combustão e não tanto aos elétricos (não obstante o quarto lugar do MG 4 entre os EV mais vendidos no mês).

 

A Volkswagen lidera, com 95.511 matrículas em fevereiro (-1%), enquanto Toyota, Peugeot, Skoda e BMW ficaram logo atrás, com crescimentos de 12%, 8%, 14% e 23%, respetivamente

 

Já no que toca aos modelos, o Dacia Sandero manteve a sua posição como o automóvel mais vendido pelo segundo mês consecutivo, com 28.800 unidades matriculadas, um aumento de 13% face ao mesmo mês de 2023. O Tesla Model Y ficou em segundo lugar, com 19.760 unidades registadas (com um crescimento de 7%), ao passo que o Volkswagen Golf teve um aumento considerável de 45% para os 19.490 registos.



Com o Peugeot 208 a situar-se no quarto lugar, com 18.476 unidades vendidas, foi o Citroën C3 a ter o maior crescimento, de 61%, para 17.787 unidades, numa fase de transição entre gerações, ocupando o quinto lugar. Nota, também para o sexto lugar do Skoda Octavia, que teve um crescimento de 35% nas vendas, para 16.587 unidades.

 

Olhando apenas para o mercado dos elétricos, o Model Y foi, naturalmente, o mais vendido, com 19.940 unidades, à frente de outro modelo da marca norte-americana, neste caso o Model 3, com 7912 unidades registadas em fevereiro, ou seja, mais 71%. O Peugeot 208 ficou na terceira posição, com 5322 unidades matriculadas, mais 31% face a igual período de 2023. O MG 4 ficou em quarto e o Volvo XC40 em quinto.

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