A União Europeia deverá apresentar uma proposta final de taxas adicionais mais benevolente para os automóveis da Tesla e da Geely produzidos na China e importados para o continente europeu. De acordo com a Reuters, a marca de Elon Musk deverá agora ter uma taxa suplementar de 7,8% para os seus automóveis
Após o anúncio de uma revisão no passado mês de agosto, a União Europeia (UE) deverá efetuar uma nova atualização dos valores das taxas a pagar pelos fabricantes que importem carros elétricos produzidos na China.
De acordo com uma informação avançada pela Reuters, que ouviu fontes comunitárias, o valor a pagar pela Tesla deverá baixar de 9% para 7,8%. Mas a marca americana de carros elétricos não deverá ser a única a beneficiar de uma redução, uma vez que a Reuters também dá conta que a Geely, grupo que detém marcas como a Volvo, Polestar, Lynk & Co ou Lotus, entre outras, deverá pagar 18,8% em vez dos anteriores 19,3%.
Todos os valores das taxas adicionais serão aplicados sobre a taxa de 10% já existente
A mesma fonte dá conta de que a taxa a pagar pela BYD se mantém nos 17%, enquanto à SAIC, que detém a MG, entre outras, deverá ser aplicada uma taxa adicional de 35,3% (o mesmo se aplicando a todas as companhias que foram consideradas “não cooperantes” com a investigação da Comissão Europeia). Outro valor estabelecido, de 20,7%, será aplicado às marcas que cooperaram com a investigação, não estando fora de hipótese uma redução da taxa para os fabricantes chineses que tenham parcerias com construtores europeus.
China contesta
Apesar destes ligeiros aprimoramentos por parte da União Europeia, a China continua empenhada em chegar a acordo com as autoridades europeias para que os seus fabricantes não sejam afetados pelas taxas suplementares em discussão, existindo diversas negociações entre os dois blocos para um possível entendimento.
As autoridades chinesas clamam que a investigação da Comissão Europeia aos construtores locais de veículos elétricos e aos subsídios que receberam por parte do estado carece de justiça e de transparência, existindo a hipótese de aplicarem medidas retaliatórias noutros produtos ou, também, no setor automóvel. Adicionalmente, também avançou com uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar bloquear qualquer imposição de taxas adicionais sobre os seus automóveis.
O processo de determinação das taxas continuará em discussão até final de outubro, antes de ser submetido a votação pelos 27 países da União Europeia, sendo que para o seu chumbo será necessário que 15 estados-membros votem contra, representando assim uma maioria qualificada dos eleitores europeus (65% da população).
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