Entre quinta-feira e domingo, ponto final na edição 52 do Mundial de Ralis, com a ronda 13 da temporada, no Japão. Na categoria de topo (Rally1), Neuville e Tänak, ambos da Hyundai, são os candidatos à sucessão de Kalle Rovanperä, o campeão de 2022 e 2023, enquanto a equipa sul-coreana e a Toyota lutam pela vitória entre os construtores, que a segunda ganha, consecutivamente, desde 2021.
Os campeões da 52.ª edição do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) decidem-se apenas na ronda final de temporada com 13 etapas. No Japão, de quinta-feira a domingo, 1020,03 km para cumprir, com os 302,59 km cronometrados arrumados em 21 provas especiais de classificação (PEC). Thierry Neuville, belga de 36 anos, nunca venceu o título, mas contabiliza cinco segundos lugares e três terceiros em 13 temporadas na categoria de topo, 11 com a Hyundai, comanda entre os pilotos, somando mais 25 pontos do que o companheiro de equipa Ott Tänak, o estónio de 37 campeão em 2019.
O bicampeão em título, o finlandês Kalle Rovanperä, 24 anos, esteve a “meio-gás” no WRC de 2024, participando “apenas” em sete ralis. Mesmo assim, somou mais quatro triunfos à conta pessoal no Mundial. Neuville tem só dois! No entanto, para comemorar o título no Japão, tornando-se no primeiro belga a ganhá-lo, precisa só de conseguir seis pontos, independentemente do resultado de Tänak na prova que tem o quartel-general na Toyota City, a cidade do fabricante que ambiciona ganhar o Mundial de Construtores pela oitava vez, registo que iguala o segundo melhor na história do campeonato criado pela FIA em 1973, na posse da Citroën. Mas, nesta “corrida”, Hyundai em vantagem.
O fabricante sul-coreano, campeão em 2019 e 2020, “persegue” o terceiro título e, no mano a mano com a Toyota, que compete em “casa”, tem apenas 15 pontos de vantagem. No rali nipónico, que tem 44 inscritos, decidem-se, também, as vitórias no WRC2 e no WRC2 Challenger. Oliver Solberg comanda o primeiro, mas o piloto sueco da equipa alemã Toksport WRT (Skoda Fabia Rally2 Evo) não incluiu o Japão no programa da temporada e, por isso, Sami Pajari, finlandês da Printsport (Toyota GR Yaris Rally2) necessita “apenas” de terminar em segundo para vencer o título – e até pode combiná-lo com a primeira posição no segundo campeonato, mesmo que Nikolay Gryazin, russo que compete com licença búlgara no Citroën C3 Rally2 da AEC-DG Sport Competition, consiga o quarto triunfo em 2024.
No Japão, habitualmente, estradas de montanha estreitas e sinuosas, clima muito instável e escolha de pneus superimportante. Thierry Neuville arrancará para o rali à frente, o que até pode beneficiá-lo, por encontrar superfícies mais limpas – logo, menos escorregadias! A Pirelli despede-se do WRC. Em 2025, como fornecedor de pneus, em substituição da companhia italiana, o fabricante sul-coreano Hankook, que assinou acordo válido até ao final do campeonato de 2027.
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