Este fim de semana, em circuito semicoberto e do tipo citadino no ExCel, o centro de conferências e exposições de Londres, corridas 15 e 16 do Mundial de Fórmula E de 2024, que teve o calendário mais extenso em 10 temporadas de campeonato. Há sete pilotos na luta pelo título, incluindo o português António Félix da Costa, da Porsche, que tem menos 33 pontos do que o neozelandês Nick Cassidy, da Jaguar. Os dois ePrix na capital britânica valem o máximo de 58 (29 no sábado, 29 no domingo).
António Félix da Costa, provam-no os resultados, sobretudo as quatro vitórias nas cinco corridas mais recentes do Mundial, é o piloto do momento na Fórmula E. No entanto, no circuito londrino, semicoberto, que tem apenas 2,080 km de extensão e 20 curvas, desafios muito diferentes dos que encontrou em Berlim, Shanghai ou Portland, devido às características específicas de pista que não admite quaisquer erros de pilotagem, devido à largura limitada e à diversidade de pisos. E soma-se a meteorologia imprevisível de Londres, embora não exista previsão de chuva para o fim de semana.
No Mundial, depois de cumpridas 14 rondas num campeonato com um recorde de 16, Cassidy primeiro (167 pontos). Atrás, encontram-se o companheiro na Jaguar e compatriota Mitch Evans (155) e os dois pilotos da equipa Porsche, com vantagem do alemão Pascal Wehrlein (155) sobre Félix da Costa (134). Matematicamente, na corrida a este título da Época 10, mantêm-se, também, Oliver Rowland, da Nissan (131), Jean-Éric Vergne, da DS Penske (129), e Jake Dennis, da Andretti (122), inglês que venceu o Mundial de monolugares elétricos em 2023.
Também nas equipas, título por atribuir! A Jaguar comanda, com 322 pontos, mas a Porsche tem 289, o que adiciona mais “picante” ao fim de semana londrino.
Também nas equipas, título por atribuir! A Jaguar comanda, com 322 pontos, mas a Porsche tem 289, o que adiciona mais “picante” ao fim de semana londrino. Não existem mais formações na luta pela vitória em Mundial que a Envision conquistou em 2023 – a escuderia britânica é somente sétima em 2024, com 88 pontos, atrás, também, de DS Penske (184), Andretti (168), Nissan (157) e McLaren (95). Entre os construtores, Porsche no topo da classificação, com 407, “contra” 322 da Jaguar –Andretti é “cliente” da primeira, Envision tem unidades de potência da segunda.
A organização anuncia ExCel com lotação esgotada para dois ePrix excitantes (no sábado, 37 voltas; no domingo, “apenas” 34!), ambos programados para as 17h04 e após qualificações às 12h20 para arrumação das grelhas de partida. No Mundial de 2024, contabilizam-se, ainda, 14 pilotos com pódios e sete equipas no “top-10” da classificação de pilotos, números que confirmam o nível de competitividade do campeonato.
Primeiro em vitórias e “liberdade para atacar”
Félix da Costa apresenta-se em Londres como o piloto com mais vitórias em ePrix na Época 10 da Fórmula – quatro, incluindo as três que conseguiu nas três últimas corridas do campeonato, o que pode assegurar-lhe a segunda melhor posição em 10 temporadas na categoria, se não repetir o título de 2020, com a equipa DS. Aos 32 anos e em final de contrato com a Porsche, a formação que representa desde o arranque de 2022, António tem, ainda, o sonho (legítimo) de ganhar o Mundial.
“Quem diria que chegaria aqui com possibilidades de sagrar-me campeão, depois de início de temporada tão complicado! Aprendi muito durante toda a temporada, sobretudo no lado emocional, mantendo-me forte nos momentos muito difíceis e, principalmente, nunca desistindo de perseguir o sucesso. Demos a volta e, agora, mesmo sabendo que posso ter de apoiar o Pascal, que também está na corrida ao título, tenho de focar-me corrida a corrida e somar todos os pontos que conseguir. Como não sou favorito, tenho menos pressão e mais liberdade para atacar», disse-nos o piloto português.
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