Tratando-se de SUV de grande importância para a Hyundai, o Tucson renova-se estética e tecnologicamente, passando a dispor de mais variantes eletrificadas divididas entre soluções “mild hybrid”, híbridas convencionais e híbridas “plug-in”. Os preços para a gama renovada começam nos 35.180€ da versão a gasolina T-GDi de 158 cv, que é o modelo de entrada.
Atualmente na sua quarta geração e com mais de 1.4 milhões de unidades vendidas em solo europeu desde o lançamento, em 2004, o Hyundai Tucson foi alvo de uma renovação em diversas áreas, tanto no capítulo estético, como no capítulo técnico e tecnológico, procurando dessa forma dar continuidade a uma história pautada pelo sucesso.
O modelo sul-coreano adotou um “design” disruptivo na sua mais recente geração, com esta renovação a trazer pequenas mexidas que, de acordo com a marca, visam dotá-lo de maior equilíbrio visual, sem abandonar a filosofia “Sensuous Sportiness”, uma expressão muito livre que traduz a ideia de sensualidade desportiva.
Neste sentido, foram aprimorados elementos como os para-choques (com molduras em preto brilhante como opção e uma nova placa de proteção inferior), a que se juntam ainda luzes diurnas de maiores dimensões, jantes de liga leve renovadas e cinco novas opções de cores – a cor de lançamento “Cypress Green Pearl”, bem como as “Ecotronic Grey Pearl”, “Ultimate Red Metallic”, “Jupiter Orange Metallic” e “Sailing Blue Pearl”.
Porém, não existem grandes diferenças no novo modelo. O exterior é pautado, sem alterações, pelos padrões geométricos e por apontamentos conhecidos como “joias paramétricas”, dos quais o melhor exemplo está na grelha dianteira. Aí, as “luzes ocultas paramétricas” passam a integrar-se melhor no conceito a que a Hyundai apelida de “asas de anjo”, que é aquele que se observa quando as luzes de circulação diurna estão acesas na grelha. Os faróis dianteiros contam com tecnologia LED e função de iluminação em curva. As alterações na traseira incidiram no grafismo dos farolins e no para-choques redesenhado com padrões paramétricos para efeito tridimensional e novas placas de proteção.
Nota para uma pequena alteração nas dimensões, com o comprimento a aumentar 10 mm devido ao novo desenho do para-choques dianteiro.
Atualizações de bordo
No interior, o Tucson apresenta mais algumas novidades, embora mantenha o desenho original da versão que já estava no mercado, com as linhas horizontais para oferecer uma sensação de maior amplitude. Entre apontamentos tecnológicos e funcionais, o modelo da Hyundai passa a contar com painel de instrumentos de 12,3 polegadas para todas as versões, enquanto ao lado passa a estar um ecrã novo também de 12,3 polegadas para o infoentretenimento.
O esquema desses dois ecrãs recebe a denominação “Connected Car Navigation Cockpit” (ccNC), integrando as funcionalidades de áudio, vídeo e navegação (AVN), passando a integrar também aplicações como Amazon Music e outros serviços de streaming de música no futuro. Estes sistemas beneficiam ainda de atualizações remotas “Over-the-Air” (OTA), garantindo uma melhoria contínua de várias funções. As funcionalidades a pedido (“Feature on Demand”) oferecerão uma gama de soluções e funcionalidades personalizáveis.
Além disso, a Hyundai reforça a conectividade Bluelink (serviço gratuito por dez anos), com a oferta de seis meses à experiência do serviço melhorado Bluelink Pro, que é a configuração mais completa de serviços a lançar no início de 2025 (a marca prevê subscrições Bluelink Lite, Plus e Pro). Ente os diversos serviços que a Hyundai irá oferecer estão os de “Connected Routing” (Rota Conectada) e de “Last Mile Navigation” (Navegação na Última Milha). Na vertente mais básica, os clientes podem localizar o seu veículo, trancá-lo e destrancá-lo remotamente, ou ver os dados do veículo, como o nível de combustível ou da bateria. Como é usual, a conexão sem fios a Apple CarPlay e Android Auto também está assegurada, não faltando agora um carregador “wireless” para os smartphones e portas USB-C à frente e atrás.
A marca melhorou também os revestimentos a bordo, para aprimorar a sensação de refinamento, ao passo que as saídas de climatização têm novo desenho, sendo indiretas para melhorar o fluxo de ar. O próprio ar condicionado é melhorado, passando a ter três zonas de acionamento.
Os bancos dianteiros podem ter aquecimento, ao passo que outros elementos foram redesenhados, como o volante ou o apoio de braço. A bagageira oferece entre 546 e 620 litros, consoante o acabamento e a motorização escolhidos.
Na segurança, contam-se sete airbags, incluindo um central na primeira fila, evitando que os ocupantes dos bancos dianteiros batam com as cabeças em caso de acidente. De resto, o conjunto de tecnologias “Hyundai Smart Sense” está presente, com funcionalidades como o Assistente de Prevenção de Colisão Frontal 1.5 (com travagem autónoma face a automóveis, peões e ciclistas) e paragem também na viragem em cruzamentos e o cruise control inteligente, que utiliza o sistema de navegação para antecipar as curvas ou retas e ajustar a velocidade do veículo.
Gama eclética
Desenvolvido a pensar nos gostos dos condutores europeus, o Tucson passou por alguns dos locais de testes mais exigentes do mundo, incluindo a famosa pista alemã de Nürburgring Nordschleife para melhorar a dinâmica. Nesse sentido, o Tucson passa a dispor de opção de suspensão com controlo eletrónico (ECS) e amortecimento adaptativo, adaptando assim a firmeza dependendo da situação e das preferências do condutor.
Nos modos “Normal” ou “Eco”, a primazia é dada ao conforto, embora mantendo uma postura segura, com o ECS a monitorizar continuamente a suspensão do veículo, tendo em conta as condições de circulação, tais como a velocidade, o piso, as curvas, os requisitos de travagem e a aceleração. Ao escolher o modo “Sport”, a resposta do chassis torna-se mais dinâmica, de acordo com a marca. Por sua vez, os amortecedores convencionais utilizam tecnologia de válvulas, com esquema MacPherson na frente e independente multibraços na traseira. A direção assistida foi revista, sendo agora particularmente direta em modo “Sport”.
Nos motores, a gama passa a ser composta também por uma variante híbrida “plug-in” com tração dianteira, com esta variante a dispor da segunda geração do “Modo de Condução Zona Verde”, exclusiva da variante PHEV para incentivar a condução sem emissões de gases de escape. Esta funcionalidade utiliza a tecnologia de “geofencing” (delimitação geográfica), permitindo que o veículo mude automaticamente para o modo 100% elétrico em zonas designadas de baixas emissões ou áreas com restrições de emissões.
As variantes híbrida e híbrida “plug-in” contam também com travagem regenerativa com patilhas no modo ECO, personalizando a intensidade da travagem regenerativa em três níveis a partir das patilhas no volante.
Apesar disso, a gama disporá ainda de outras variantes, desde logo com as de entrada, a gasolina e Diesel: de um lado, o 1.6 T-GDi de quatro cilindros, com 160 cv de potência e 265 Nm de binário, estando associado a caixa manual de 6 velocidades, enquanto do outro está a variante 1.6 CRDi também de quatro cilindros e com 115 cv de potência e 280 Nm de binário, igualmente com caixa manual de 6 velocidades. Estas são versões que têm, geralmente, maior acolhimento entre os clientes particulares, ainda que a Hyundai procure reforçar a importância dos modelos eletrificados junto dessa fatia de clientes.
Nesse sentido, conta com versões “mild hybrid” (MHEV), híbrida convencional (HEV) e híbrida “plug-in” (PHEV). No caso dos MHEV, duas opções. A gasolina, 1.6 T-GDi 48 V, com os mesmos 160 cv de potência e 265 Nm de binário da versão exclusivamente térmica, mas com caixa automática de 7 velocidades e a assistência de um pequeno motor elétrico para funções alargadas de “coasting”, “start-stop” e ligeira ajuda nas prestações (com bateria de 0,44 kWh). A mesma tecnologia é utilizada na versão 1.6 CRDi 48 V com 136 cv de potência e 280 Nm de binário (320 Nm com assistência elétrica), oferecendo dessa forma cobertura de mercado mais significativa.
Mais ainda porque a marca sul-coreana dispõe ainda de versão híbrida 1.6 T-GDi HEV com uma potência total de 215 cv e 265 Nm de binário máximo, com caixa automática de 6 velocidades e bateria de 1,49 kWh, a qual permite a deslocação em modo exclusivamente elétrico por alguns momentos, agora reforçada também pela potência do motor elétrico aumentada de 60 cv (44,2 kW) para 65 cv (47,7 kW).
Mais potente e mais ecológica, também, a variante 1.6 T-GDi PHEV com 252 cv de potência combinada, valendo-se da aliança entre os 160 cv do motor térmico e os 98 cv (72 kW) e 304 Nm do motor elétrico. O binário máximo cifra-se nos 367 Nm, enquanto a autonomia elétrica pode já chegar a 71 km, graças à bateria de iões de lítio com 13,8 kWh de capacidade. Esta versão está agora disponível com tração dianteira e é também a mais veloz de todos os Tucson na aceleração dos 0 aos 100 km/h, cumprindo esse exercício em 7,9 segundos.
Versões e preços
A chegada a Portugal decorre durante este mês de novembro, com dois níveis de equipamento, Premium e Vanguard nas versões de combustão, Vanguard no híbrido e e-Vanguard no “plug-in”. Da lista de equipamentos de base estão os faróis dianteiros em LED, as jantes de 18 polegadas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmara traseira, ar condicionado automático com ecrã de 6,6 polegadas e ecrã tátil de 12,3 polegadas com navegação e Bluelink.
Os preços começam nos 35.180€ para a versão 1.6 T-GDi Premium, enquanto a versão 1.6 T-GDi 48 V (MHEV) Vanguard tem um custo base de 39.990€. O híbrido (HEV) tem um preço base de 45.500€ (Vanguard) e o PHEV de 48.900€ (e-Vanguard). Nota para o facto de a versão Diesel apenas chegar mais tarde, no primeiro trimestre de 2025. Ao nível da garantia, estão assegurados sete anos de proteção sem limite de km.
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