A hipótese de introdução de impostos na União Europeia que penalizem os automóveis produzidos na China fez com que a Volvo decidisse analisar as vantagens da transferência da produção dos modelos EX30 e EX90 para a Bélgica, Objetivo: proteger-se dos perigos associados aos aumentos nos preços dos dois modelos.
Sendo cada vez mais provável a imposição de tarifas na União Europeia sobre os veículos produzidos na China, independentemente de serem de marcas locais ou não, a Volvo estará a analisar uma forma de não ser afetada por esta circunstância, transferindo a produção de dois dos seus modelos para o continente europeu.
Volvo estará a prepara a transferências das linhas de montagem para Ghent, na Bélgica
O EX30, aquele que é o modelo mais compacto da gama da Volvo, é produzido em Zhangjiakou, ao passo que o EX90 para a Europa é produzido em Daqing (embora para os Estados Unidos seja produzido em Charleston, na Carolina do Sul). Com a Europa a preparar tarifas que podem vir a ser bastante pesadas para se defender da produção mais em conta (e com uma investigação ainda em curso quanto a subsídios estatais) na China, a Volvo estará a prepara a transferências das linhas de montagem para Ghent, na Bélgica, onde a marca sueca tem uma das suas fábricas mais avançadas.
No caso do EX30, não se trata propriamente de uma novidade, já que a sua produção naquele país já foi confirmada para 2025, mas poderá ser acelerada atendendo ao potencial impacto nas vendas do elétrico que tem por base a plataforma SEA partilhada por várias marcas no seio do Grupo Geely.
Uma fonte da marca referiu ao The Sunday Times que ainda não há nenhuma decisão tomada, mas com os analistas a preverem a imposição de taxas que poderão chegar aos 30%, a competitividade dos fabricantes com automóveis produzidos na China deverá ser muito afetada.
Ainda esta semana, a Comissão Europeia deverá dar conta às autoridades chinesas das conclusões da sua investigação, tendo depois quatro semanas para contrapor qualquer decisão europeia com a apresentação de provas que garantam a ausência de apoios estatais avultados para que os veículos chineses sejam vendidos mais baratos no Velho Continente.
Esta é uma questão que não se limita apenas à Europa, já que também nos EUA, Joe Biden impôs tarifas muito mais duras sobre as importações chinesas no setor da energia e da mobilidade elétrica. Para o caso dos veículos, a taxa passou mesmo de 25% para 100%.
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