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Foto do escritorJosé Caetano

Symbioz: Renault “estica” Captur e ganha (outro…) SUV compacto

Atualizado: 18 de fev.

Motorização híbrida E-TECH 145 no automóvel novo com nome de protótipo de 2017.

Posiciona-se abaixo do Austral, no mesmo patamar de Nissan Qashqai & Cia.!



A Renault tem Sport Utility Vehicle (SUV) novo na rampa de lançamento (apresentação na primavera, estreia comercial no segundo semestre do ano). O Symbioz é baseado na mesma plataforma do Captur (plataforma CMF-B) e reposiciona a marca do losango no segmento dos compactos (C), ao somar-se a Arkana, Austral e Mégane e Scénic E-TECH. O ano passado, no mercado europeu, VW Tiguan no topo das vendas na categoria, com 174.387 exemplares matriculados, à frente de Hyundai Tucson (158.985) e Kia Sportage (152.523).


Dissecando os números, Nissan Qashqai 4.º (145.636) e nenhum modelo da Renault no “top-10” dos SUV compactos mais vendidos na Europa em 2023. O Austral completou o 1.º ano (completo) de comercialização com 75.405 exemplares e o Arkana fabricado na Coreia do Sul, com 74.832, continua acima das expectativas mais otimistas da marca do losango. No entanto, para o Symbioz, ambições (muito…) maiores, por entender-se que suprime lacuna na gama – não pelas dimensões ou o formato, mas pelas competências familiares e o preço!



O Symbioz tem 4,41 m de comprimento, o que significa quase 20 cm mais que o Captur (4,23 m), desconhecendo-se, todavia, se o aumento das dimensões é o resultado direto do crescimento da distância entre eixos, por exemplo. Comparativamente, o Scénic tem mais 6 cm e o Austral mais 10 cm. Na estreia comercial do SUV novo, a Renault anuncia só a motorização híbrida E-TECH 145 conhecida de Clio, Captur e Arkana (no Austral, os franceses propõem sistema com 200 cv que combina mecânica 1.2 a gasolina com duas máquinas elétricas). A tecnologia não admite recarga externa da bateria de iões de lítio e, no nosso País, devido à fiscalidade anacrónica, perde atratividade e competitividade, por pagar mais imposto, devido à capacidade (1598 cc) do motor térmico.



Compactos prioritários para a marca do losango

O SUV mais leve e compacto da Renault no segmento C tem o mesmo nome de estudo apresentado pela marca na edição de 2017 do IAA, certame realizado em Frankfurt. No protótipo, que tinha a forma de berlina de 5 portas, experimentavam-se e promoviam-se tecnologias para a condução autónoma. O Symbioz não tem essas capacidades, mas apresenta-se muito bem equipado, confirmando-se, nomeadamente, a disponibilidade do tejadilho panorâmico Solarbay anunciado tanto para o Rafale como para o Scénic E-TECH. No demais, no automóvel desenvolvido sob o nome de código “DJB” e fabricado em Palencia, próximo de Valladolid, Espanha, na mesma linha de montagem do Captur.


Visualmente, o Symbioz aproxima-se do Captur, mas herda as luzes diurnas verticais da geração nova do Scénic e tem, também, assinatura luminosa posterior quase igual à do elétrico mais recente no catálogo da marca do losango. Já no habitáculo, excluindo-se o item que descrevemos atrás, que dispensa o recurso a qualquer tipo de cortina, devido à capacidade de tornar-se mais ou menos opaco (ou mais ou menos translúcido…), que deve figurar entre os opcionais, conte-se com o painel de bordo do Captur e 5 lugares.



Esta “simplificação” do processo industrial baixa o custo de produção e, assim, o preço, condição para o sucesso do Symbioz no segundo segmento mais importante na Europa, atrás apenas do B – e, atualmente, a quota de mercado dos SUV encontra-se acima dos 50%! Também por isso, a Renault empenhou-se (muito) na conceção de compacto com peso na ordem dos 1500 kg, que escapasse aos “radares” das autoridades de Paris, que preparam a adoção de tarifas de parqueamento penalizadoras para os automóveis com 1600 kg ou mais…

 

Luca de Meo, o italiano que lidera o Grupo Renault desde 2021, privilegiou o segmento C no programa estratégico “Renaulution”, que ambiciona, nomeadamente, recuperar a competitividade da marca do losango, o que também pressupõe acelerar o processo de eletrificação do automóvel. E a introdução do Symbioz facilita, ainda, a “saída de cena” da variante Sport Tourer (carrinha) do Mégane IV introduzido em 2016 e atualizado em 2020.


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