Impedida pelas sanções internacionais de comercializar automóveis na Rússia, a BMW descobriu que um grupo de empregados de concessionário alemão estava a enviar veículos para o mercado russo através de mercados paralelos. A marca já tomou medidas e garante ter despedido todos os infratores.
Na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, muitos construtores automóveis cortaram relações comerciais com o país liderado por Vladimir Putin, algo que foi reforçado também pelas sanções internacionais que foram impostas ao país e que impediram que o comércio fosse mantido em moldes usuais.
Embora existam rotas de importação paralela, sobretudo através de países como o Quirguistão ou o Cazaquistão, as marcas tentam “fechar” todas as possibilidades de os seus automóveis chegarem à Rússia, algo que um conjunto de funcionários de um concessionário da BMW em Hannover, na Alemanha, decidiu ignorar.
De acordo com uma informação avançada pelo site Business Insider, foram “vendidos” mais de 100 automóveis para a Rússia a partir desse concessionário, com a BMW a descobrir esta situação e a confirmar que os responsáveis “foram despedidos”.
Não é revelado, no entanto, se as vendas aconteciam de forma direta ou por uma terceira parte que, após a aquisição, enviaria os automóveis para a Rússia através de um qualquer outro país não sancionado (além dos já mencionados, a Turquia e a China são outros mercados com ligações quer à Rússia, quer à União Europeia).
A marca bávara garante que tem vindo a tomar diversas medidas para impedir que esta situação aconteça, mas os acontecimentos agora relatados tornam evidente que é uma tarefa muito complicada, mesmo com todo o controlo que os fabricantes detêm na exportação dos seus veículos.
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