Se o Ferrari SP3 Daytona é já uma homenagem a alguns dos modelos de competição mais icónicas da marca italiana nas décadas de 1960 e 1970, o filho do fundador, Piero Ferrari, decidiu configurar o seu próprio exemplar como um tributo a um outro campeão, neste caso, o binómio campeão de Fórmula 1 em 1964.
Pertencente a uma gama de automóveis exclusivos que prestam homenagem a outros modelos emblemáticos da Ferrari, a série “Icona”, o Ferrari SP3 Daytona inspira-se esteticamente nos automóveis de competição que a marca italiana utilizou na resistência durante as décadas de 1960 e 1970.
Piero Ferrari, filho do fundador da Ferrari (Enzo Ferrari), também encomendou o seu próprio exemplar do SP3 Daytona, mas fugiu às cores “tradicionais” da companhia italiana, como o vermelho ou preto. No seu lugar, o italiano optou por configurar o seu SP3 Daytona com a cor carroçaria branca (de tons metálicos) atravessada por uma faixa longitudinal em azul.
A razão, explicou Piero Ferrari num vídeo partilhado pela Ferrari, prende-se com a sua intenção de homenagear um período famoso na história da marca, quando John Surtees venceu o seu único campeonato do mundo de pilotos de Fórmula 1 ao volante de um 158 F1, em 1964. Uma das particularidades dessa época foi a de se ter assistido, pela primeira vez, à participação dos Ferrari na F1 com outra cor que não a vermelha.
Com efeito, a Scuderia Ferrari abdicou da licença italiana para as duas corridas que encerravam a temporada de 1964 – Estados Unidos e México – e que decidiam o título, optando por correr sob licença da North American Racing Team (NART). Enzo Ferrari tomou a decisão como forma de protesto contra o Automobile Club d’Italia devido aos problemas que estavam a ser levantados por esta entidade à homologação do novo carro da Ferrari para Le Mans. Assim, nas duas corridas americanas, os Ferrari apareceram com pintura maioritariamente branca e uma faixa azul na parte inferior.
Além disso, explicou Piero, é também a decoração de uma edição especial do 250 LM concebido pela Pininfarina, com interior em vermelho, a qual “adorava”, de acordo com o executivo da marca, sendo estas as razões pelas quais o seu SP3 Daytona replica aquele esquema imagético.
Depois das três voltas feitas a “fundo” no circuito privado de Fiorano, em Itália, Piero Ferrari garante que apenas irá usar o seu SP3 Daytona em “ocasiões especiais”. Recorde-se que este modelo conta com um motor V12 de 6.5 litros capaz de debitar 840 cv, estando associado a uma caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades.
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