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Skoda Kamiq 1.0 TSI

É o segundo automóvel mais vendido da marca checa a nível internacional e o primeiro no mercado português. Foi melhorado em aspetos como as motorizações, interiores e também no aspeto exterior



Feito com base na plataforma MQB A0, partilhada, entre outros, com o Fabia e o Scala, o Kamiq é o representante da Skoda no segmento B-SUV, o que tem registado maior crescimento na Europa nos últimos anos. Lançado em 2019, posiciona-se com vantagem face a alguns rivais internos como o VW T-Cross ou o Seat Arona: a sua distância entre eixos é cerca de 100 mm maior, atingindo os 2,651 m, para um comprimento total de 4,241 m. Isto proporciona-lhe um maior espaço em comprimento nos lugares traseiros que os seus homólogos dentro do Grupo VW, uma característica típica dos modelos da marca checa. O público tem aderido à ideia em vários mercados, entre eles o português, onde o Kamiq tem sido o Skoda mais vendido.


Numa altura em que o modelo atinge o que deverá ser o meio do seu ciclo de vida comercial, a marca decidiu atualizar alguns dos seus atributos, a começar pelo estilo. Para lhe dar um aspeto mais SUV e menos carrinha, as barras no tejadilho foram redesenhadas, bem como o para-choques da frente, que inclui uma zona inferior a fazer lembrar uma proteção de cárter num todo-o-terreno.



A grelha também aumentou de tamanho e as luzes de dia ganharam um formato diferente, com uma assinatura luminosa nova. Os faróis, separados e posicionados mais abaixo, passam a estar disponíveis com LED Matrix. Tudo o que são páineis em chapa da carroçaria não foram modificados, por razões de custos, mas o para-choques de trás também foi alterado, com um desenho inferior diferente. As luzes posteriores também recebem tecnologia LED. Há quatro novos tipos de jantes de liga leve e mais cores disponíveis. No papel, as diferenças não são muitas, mas a verdade é que o Kamiq ganha uma pose mais SUV.

 

No habitáculo, além do generoso comprimento nos lugares de trás, destaque também para a facilidade de acesso, graças à altura das portas. A mala tem 400 litros de capacidade e a tampa, em opção, possui comando elétrica, com função de abertura por movimento do pé sob o para-choques.



Por dentro, as alterações começam nos revestimentos utilizados, mais sustentáveis e com novas cores, por exemplo nas portas. O "tablier" mantém a arquitetura, mas com painel de instrumentos digital “virtual cockpit” com uma diagonal de 10,25”. O ecrã tátil central está disponível em versões de 8” e 9,2”, este último fazendo parte de um pacote opcional.


O volante é de dois braços e o travão de mão continua a ser de alavanca, mas o sistema de climatização Climatronic tem um novo módulo posicionado a meio da consola, independente do sistema de "infotainment". No "tablier", há novas aplicações decorativas, que ganham outro relevo na versão Monte Carlo, com vários frisos vermelhos e aplicações a lembrar a fibra de carbono, no painel de bordo, nas portas e nos bancos. Estes são desportivos, com apoios de cabeça integrados. Os pedais têm aplicações metálicas, a alavanca da caixa tem fole em pele e o volante é desportivo com três braços. Por fora, esta versão tem grelha, capas de retrovisores e aplicações nos para-choques em negro brilhante, tejadilho panorâmico, vidros escurecidos e vidro traseiro prolongado para a zona entre as luzes de trás, que passam a ter tecnologia LED. Também há um spoiler negro no topo da quinta porta.



Em termos de motores, mantendo-se as designações conhecidas, a verdade é que todos foram evoluídos, fazendo agora parte da família EA211 evo2. Estão disponíveis dois, o 1.0 TSI tem 3 cilindros, injeção direta e turbo, em variantes com 95 cv e caixa manual de 5 relações, ou com 115 cv e caixa manual de 6 ou DSG de dupla embraiagem de 7 relações. O outro é o 1.5 TSI de 4 cilindros e 150 cv, disponível com caixa automática DSG de 7.

 

Ambos os motores foram melhorados para cumprirem as novas normas de emissões poluentes, com alterações no comando variável das válvulas de admissão e escape, um novo catalisador colocado mais próximo do motor, turbocompressor de geometria variável e injetores de gasolina de 10 orifícios.



O equipamento, de série e opcional, também foi melhorado, desde logo com mais sistemas de ajuda eletrónica à condução, entre eles um novo assistente de permanência na faixa de rodagem, Cruise Control adaptativo e preditivo, entre outros. A conectividade também foi enriquecida, com duas USB-C e apoios para "tablet" nas costas dos bancos desportivos, além de carregamento indutivo de "smartphone".


O Kamiq está disponível por 25.610 € na versão 1.0 TSI de 95 cv, 26.224 € na 1.0 TSI de 116 cv e 28.906 € na 1.0 TSI 116 cv Monte Carlo. Existem duas combinações com caixa automática DSG 7 de dupla embraiagem, o 1.0 TSI de 116 cv, por 28.041 € e o 1.5 TSI DSG Monte Carlo, por 35.478 €

Num curto trajeto que envolveu sobretudo estrada secundária e alguma chuva, o Kamiq 1.0 TSI de 116 cv e caixa DSG mostrou uma dinâmica muito bem controlada, mais próxima à de uma berlina que de um SUV. Direção um pouco leve, mas com a rapidez certa e caixa obediente. O motor ganhou um pouco de elasticidade a baixos regimes e uma maior suavidade na subida de rotação, não lhe faltando força para uma utilização normal, ou mesmo um pouco mais apressada.

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