O mexicano não pretende abandonar a competição automóvel, após o ponto final precoce na relação com a Red Bull. O piloto tem plano para regressar à Fórmula 1 em 2026 (Cadillac?!) e encontra-se próximo de acordo com a marca do “cavallino rampante” para participar no Mundial de Resistência de 2025. E este campeonato integra, por exemplo, as 24 Horas de Le Mans, maratona que os 499P da AF Corse venceram em 2022 e 2023!
A notícia surpreende pouco, considerando o talento reconhecido ao piloto natural de Jalisco (Guadalajara), México: Sergio Pérez, de 34 anos, encontra-se a negociar acordo com a Ferrari para representar a marca italiana no Mundial de Resistência (WEC) de 2025, na categoria de topo do campeonato (Hypercar), num 499P da AF Corse, respetivamente, a máquina e a equipa que ganharam, em 2022 e 2023, em La Sarthe, França, as 24 Horas de Le Mans, a corrida mais importante e mediática do WEC!
Pérez ambiciona manter-se ativo no próximo ano, competindo em campeonato de ponta
Pérez ambiciona manter-se ativo no próximo ano, competindo em campeonato de ponta, de forma a preparar-se para regressar à Fórmula 1 em 2026, provavelmente com a estreante Cadillac, que contará com unidades de potência produzidas pela Ferrari, de acordo com fontes citadas pelo diário desportivo espanhol Marca. Para o mexicano, trata-se de oportunidade de ouro para ganhar corrida que o espanhol Fernando Alonso venceu em 2019, com a Toyota, na primeira de duas temporadas sem competir na categoria de topo do desporto automóvel, após passagem muito malsucedida pela McLaren-Honda (2016 a 2018) e antes de voltar ao Mundial com a Alpine-Renault (2021).
14 milhões de dólares de indemnização
Sergio Pérez, em junho, prolongou o acordo com a Red Bull-Honda-RBPT até 2025, pelo que a saída precoce da escuderia obriga os austríacos ao pagamento de uma indemnização, que rondará os 14 milhões de dólares. Este montante corresponde ao dinheiro que receberia na próxima temporada, se ficasse na equipa, ao lado de Max Verstappen.
Pérez, curiosamente, não “desconhece” a Ferrari. O piloto mexicano estreou-se no Mundial de Fórmula 1 em 2011, com a Sauber, após percurso desportivo longo nas categorias de promoção (Fórmula BMW, Fórmula 3 e GP2), em que revelou talento e atraiu a atenção da Scuderia, que o manteve sob contrato de 2010 a 2012, como membro da Ferrari Driver Academy.
No calendário do WEC-2025, oito corridas, com a mais importante, a edição 93 de Le Mans marcada para o fim de semana de 14 e 15 de junho. Segundo as fontes da Marca, o acordo com a Ferrari não prevê a participação no campeonato todo, mas apenas em quatro ou cinco rondas de temporada que arranca a 28 de fevereiro, no Catar, e termina a 8 de novembro, no Bahrain.
Teoricamente, a AF Corse, que compete com três 499P no WEC, já tem o “plantel” de pilotos mais do que completo – Antonio Fuoco, Miguel Molina, Nicklas Nielsen, James Calado, Antonio Giovinazzi e Alessandro Pier Guidi nos hipercarros 50 e 51 da Ferrari AF Corse, mais Phil Hanson, Yefei Ye e Robert Kubica no 83 da AF Corse –, mas esta contratação de Sergio Pérez, confirmando-se, representará mais-valia importante para a equipa.
Recentemente, o dinamarquês Kevin Magnussen, 32 anos, depois da confirmação do adeus à Haas-Ferrari e ao Mundial de Fórmula 1, rubricou contrato com a BMW para pilotar o M Hybrid V8 do Team WRT quer no WEC, quer no campeonato norte-americano de resistência (IMSA). Pérez, piloto que reside entre Madrid, Espanha, e Guadalajara, México, pode acompanhá-lo na mudança de categoria.
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