A Fórmula 1, atualmente, não tem quaisquer grandes prémios no continente africano, mas isso não significa a falta de países interessados na organização de ronda do Campeonato do Mundo, com o Ruanda na "pole position". De acordo com o italiano Stefano Domenicali, o homem-forte da Liberty, empresa norte-americana que controla a categoria, o projeto é “sério”!
Desde 1993 que a Fórmula 1 não visita África, com o Grande Prémio da África da Sul a ser o última da categoria organizado naquele continente, numa prova ganha por Alain Prost, num Williams-Renault. Contudo, o cenário poderá altera-se em breve, depois do Ruanda ter apresentado uma proposta “séria” para receber o Mundial.
A revelação foi feita por Stefano Domenicali, diretor-geral da Fórmula 1, em declarações ao "site" britânico autosport.com, anunciando que irá deslocar-se ao Ruanda no próximo mês para discutir com os representantes locais a possibilidade de organizar um grande prémio na capital do país, Kigali.
O projeto compreende a construção de circuito permanente com instalações de última geração.
De acordo com as primeiras informações, o projeto compreende um circuito permanente com instalações de última geração, de forma a receber as provas mais importantes integradas no calendário desportivo da Federação Internacional do Automóvel (FIA), nomeadamente o Mundial de Fórmula 1.
“Eles encaram isto com seriedade. Apresentaram-nos um bom plano e, na verdade, teremos um encontro no final de setembro”, revelou o italiano, que está à frente dos destinos da Fórmula 1 e interessado em mais um vetor de expansão para o calendário.
“Queremos ir para África, mas temos de ter o investimento certo e o plano estratégico certo. (…) Temos de escolher o momento certo e contar com a certeza de que nesse país, nessa região e nesse continente, haverá um acolhimento adequado. É claro, eles têm outras prioridades. Temos de ser sempre cuidadosos para fazermos as escolhas certas”, disse.
O Ruanda, este ano, em dezembro, organiza a Gala de Prémios da FIA e, ainda, a Assembleia Geral do organismo.
Anteriormente, a África do Sul chegou a propor planos para voltar a receber a modalidade no renovado circuito de Kyalami, mas o projeto acabou por não ter seguimento. Aquele país foi um dos que teve mais sucesso na organização de provas automobilísticas, chegando também a receber o campeonato alemão de turismos (DTM) e, mais recentemente, provas de resistência.
Calendário apertado
Com o calendário da modalidade a propor, atualmente, 24 corridas, Domenicali entende que tem de existir um número estável de grandes prémios por temporada, pelo que a própria composição da lista de corridas poderá sofrer alterações no futuro, ainda que sem alteração no número total de rondas do campeonato.
Isto poderá implicar uma alteração nis países que recebem corridas. Além de África, com este interesse do Ruanda, também a Ásia poderá beneficiar de uma expansão, conhecido que é o interesse da Tailândia na receção do Mundial de Fórmula 1.
"Não vejo grandes mudanças a curto prazo, mas nos próximos meses temos de discutir o que será em 2026, 2027 e 2028. Temos diferentes opções, mas estamos numa boa posição", garante o italiano.
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