Português da Porsche procurava ganhar a 5.ª final no final da volta 6 ao ExCel, mas britânico da Nissan empurrou-o contra o muro do circuito, obrigou-o a desistir do ePrix e colocou-o fora da luta pela vitória no Mundial. Amanhã, no ponto final na Época 10, ainda há dois títulos para tentar conquistar (Equipas e Construtores). Companheiro de equipa, o alemão Pascal Wherlein, triunfou em Londres e (re)assumiu o comando do campeonato.
É o ponto final no sonho de António Félix da Costa, que ainda ambicionava sagrar-se campeão na Fórmula E em 2024, repetindo a proeza de 2020. No primeiro ePrix do último fim de semana do Mundial, em circuito semicoberto no ExCel de Londres, o português, após qualificar-se em 9.º, lutava pela 5.ª posição na volta 6, mas Oliver Rowland, da Nissan, “empurrou-o” para o muro e obrigou-o a abandonar e, também, a dizer adeus ao título!
“É verdade que não perdi este campeonato aqui, mas tinha ritmo para acabar a corrida no pódio", disse-nos Félix da Costa
“É verdade que não perdi este campeonato aqui, mas tinha ritmo para terminar no pódio e continuar a sequência de resultados que estava a conseguir no Mundial, com quatro vitórias em cinco corridas, incluindo três consecutivas. É o que é, estou frustrado, naturalmente, mas tenho de reagir depressa. O dia de amanhã é importante, por podermos vencer três títulos: construtores, equipas e pilotos, já que o Pascal está no comando do campeonato”, disse-nos António Félix da Costa.
Oliver Rowland, por esta manobra irregular, até recebeu penalização de 5 s, mas o piloto da Nissan apresentava-se muito mais lento do que o português e terminou o ePrix em 15.º. A corrida de hoje começou com sete candidatos ao título, mas acabou apenas com três; isto é, matematicamente, além dos dois protagonistas do incidente que relatámos, também “eliminou” Jean-Éric Vergne (DS Penske) e Jake Dennis (Andretti), ainda o campeão em título.
Acordo com a Porsche para 2025
Félix da Costa, que continuará com a Porsche em 2025, segundo informações que confirmámos em Londres junto de fontes da equipa alemã, mantém a 4.ª posição no Mundial, a segunda melhor classificação do português em 10 temporadas no campeonato de monolugares elétricos. A temporada termina este domingo, com 34 voltas ao circuito com 2,080 km e 20 curvas no centro de exposições da capital britânica (17.03 horas), após qualificação nova ao início da tarde.
Na corrida caótica deste sábado, que teve 39 voltas – número muito elevado tanto de incidentes como de penalizações por condução antidesportiva –, superiorizou-se o alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, que passou de terceiro para primeiro na classificação do Mundial, com mais 3 pontos do que Mitch Evans ou 7 do que Nick Cassidy, neozelandeses da Jaguar. É a 3.ª vitória do ex-Fórmula 1 (Manor e Sauber) e campeão do DTM (2015) na Época 10 e a 7.ª na Fórmula E.
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