É o topo de gama novo da Renault, estatuto em que substitui o Talisman produzido de 2015 a 2022. A marca do losango, para atacar o segmento D, categoria que tem os fabricantes alemães mais prestigiados como referências indiscutíveis e líderes de vendas, desenvolveu modelo com o formato da moda na indústria automóvel e inspirou-se no passado na aeronáutica para batizar este Sport Utility Vehicle (SUV) com o nome de avião que somou recordes de velocidade em 1934, com mecânica que desenvolveu em colaboração com a Caudron: Rafale.
Produzido em Palencia, Espanha, na minha linhas do Austral ou do Espace, devido à partilha da plataforma CMF-CD, o Rafale com 4,71 m de comprimento tem perfil de “coupé”.
A Renault anuncia-o como o modelo mais sofisticado da gama, facto que pressupõe uma mão cheia de características diferenciadas/diferenciadoras e qualidades acima da média
Encontramo-las no desenho, nos equipamentos, na mecânica e até na experiência de condução, mais divertida do que o esperado, devido às reações ágeis, rápidas e precisas de SUV que tem chassis desenvolvido para proporcionar-nos o tato desportivo que não encontramos nos outros Renault com arquitetura técnica que também é a base dos Nissan Qashqai e X-Trail.
O Peugeot 408 é o “alvo” preferencial do Rafale, mas o Renault também ambiciona competir com Cupra Formentor, Audi Q5 Sportback ou BMW X4, apresentando-se no nosso mercado com preços que suportam este objetivo: 45.501 € para a versão Techno e 50.000 € para a esprit Alpine. E à sofisticação reivindicada pela marca do losango somam-se a qualidade da maioria dos materiais, a montagem rigorosa e a tecnologia de ponta.
O Rafale introduz a imagem nova da marca. O painel de bordo digital é semelhante ao de Austral e Espace – monitor horizontal de 12,3’’ para a instrumentação e vertical de 12’’ para o sistema multimédia
E ambos admitem configuração: o primeiro propõe quatro temas para a apresentação das informações, o segundo tem a versão 12 do sistema operativo Android Automotive (comparado com o antecessor, é superior na conetividade, na facilidade de utilização e na rapidez de processamento).
Digitalização e eletrificação
O pacote de assistências à condução é muito completo e conta com mais itens do que o imposto pela legislação nova da União Europeia (comando My Safety Switch permite desativar o funcionamento de diversos sistemas intrusivos, facto que tem de agradecer-se!) e o equipamento inclui Head-Up Display de grande dimensão, o que facilita a leitura pelo condutor, iluminação interior com função automática de adaptação da cor e da intensidade à luminosidade exterior e ao tipo de condução, tejadilho panorâmico em vidro Solarbay que permite aumentar ou diminuir o nível de transparência através de comando vocal, com o apoio do assistente da Google, ou em comando que tem quatro posições.
Os acessos ao interior são mais do que razoáveis e desfruta-se de liberdade de movimentos em quase todos os lugares (o central traseiro recomenda-se pouco). Capacidade da bagageira com os encostos posteriores na vertical: 532 litros de capacidade.
No Rafale, motorização híbrida com 200 cv. O sistema funciona de forma bastante competente, principalmente em ambiente urbano, devido à velocidade de reação ao acelerador.
No pacote E-Tech full hybrid, mecânica de combustão apoiada por dois motores elétricos
Segundo a Renault, em cidade, até 80% do tempo de condução em modo EV, encontrando-se aqui a explicação para o consumo muito moderado do topo de gama novo.
Dinamicamente, o Rafale também surpreende pela positiva, embora não tenha os níveis de conforto e suavidade de rolamento do Austral ou do Espace. Isso deve-se às mudanças no chassis introduzidas pela Renault para aumentar as capacidades de modelo com amortecimento mais firme ou direção mais direta e precisa do que os Renault com que partilha a plataforma.
No primeiro contato, conduzimos o esprit Alpine com o sistema de quatro rodas direcionais 4Control advanced
Nesta versão, a marca do losango privilegiou a agilidade e o controlo dos movimentos da carroçaria em curva, o que diminuiu a capacidade de filtragem das irregularidades do piso, sobretudo selecionando-se o programa de condução desportivo no botão Multi-Sense, no volante. Finalmente, também no volante, patilhas para adaptação da intensidade da regeneração de energia durante as desacelerações e travagens. Preços: Techno por 45.501 €, esprit Alpine por 50.000 €
PHEV no topo da gama
A Renault, no Rafale, recupera a tecnologia híbrida Plug-In que abandonou quer no Captur, quer no Megane, de forma a reagir tanto ao abrandamento no crescimento da procura de automóveis elétricos como ao aumento da popularidade dos PHEV. Na versão de topo do SUV, com 300 cv e tração integreal, 1.2 PureTech com 150 cv apoiado por dois motores elétricos, um no eixo dianteiro, com 50 kW/70 cv, e outro no traseiro, com 100 kW/136 cv, somando-se-lhes unidade que atua como gerador e produz 25 kW/34 cv. A bateria com 22 kWh de capacidade, num terminal com 7,4 kW de potência, recupera de 0 a 80% da energia em 2.10 horas.
Utilizando o modo EV, potência limitada a 160 cv e velocidade máxima limitada a 135 km/h, para proteção da autonomia. Topo de gama à venda em Portugal no outono
O Rafale com 300 cv, comparado com o de 200 cv, é mais rápido no arranque de 0 a 100 km/h, com 6,4 s “contra” 8,9 s, e permite até 100 km de condução elétrica, o que permite reivindicar mais de 1100 km entre reabastecimentos, pois o consumo médio, de acordo com o protocolo de homologação WLTP não excede os 0,7 l/100 km, o que impressiona, considerando a potência ou as “performances” do topo de gama da marca do losango.
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