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Renault e Geely parceiras para mecânicas híbridas e térmicas

Atualizado: 2 de jun.

A HORSE Powertrain Limited é detida em partes iguais pelo Grupo Renault e o consórcio Geely. O objetivo da parceria entre franceses e chineses é assumir um papel de liderança no desenvolvimento e na produção de componentes para motorizações de combustão interna e híbridas.



O Grupo Renault e a Geely obtiveram a aprovação por parte das autoridades competentes para a criação oficial da HORSE Powertrain Limited, empresa que terá a seu cargo o desenvolvimento de novos motores, componentes e sistemas híbridos para aplicação em automóveis.

 

Cada grupo detém 50% do capital da HORSE Powertrain Limited, companhia que tem como ambição atingir cerca de 15 mil milhões de euros de receitas anuais e uma produção de cerca de 5 milhões de unidades de propulsão por ano. Uma vez que esta nova empresa nasce a partir dos esforços combinados dos grupos Renault e Geely, as marcas de ambos terão acesso às soluções criadas pela HORSE, que terá uma carteira completa de tecnologias de propulsão, incluindo sistemas híbridos, motores de combustão interna, transmissões e soluções de baterias.

 

Apesar do empenho de ambas as empresas na eletrificação, tanto o Grupo Renault como o Geely acreditam que é necessária uma combinação de várias tecnologias de propulsão, incluindo motores de combustão interna (ICE) altamente eficientes, combustíveis com baixo teor de carbono e hidrogénio, para alcançar a descarbonização num mundo em que se espera que mais de metade dos veículos produzidos ainda dependam de motores de combustão até 2040.


Luca de Meo, Diretor-Geral do Grupo Renault

Esforço para descarbonizar 

Este é mais um passo na criação de parcerias de valor para ambas as marcas num momento importante de transformação para a indústria automóvel, dando continuidade ao acordo assinado a 11 de julho de 2023, estabelecendo-se agora a HORSE Powertrain Limited com sede em Londres, no Reino Unido.

 

Para Luca de Meo, Diretor-Geral do Grupo Renault, o dia de criação desta nova companhia, no dia 31 de maio, representa “um passo importante na resposta aos maiores desafios que a indústria automóvel enfrenta: a descarbonização do transporte rodoviário”.

 

“A parceria com uma empresa líder como a Geely para criar um novo ator com capacidade e experiência para desenvolver motores de combustão interna com emissões ultra-baixas e tecnologias híbridas de elevada economia é fundamental para o futuro. Através da HORSE Powertrain, o Grupo Renault pode alcançar a liderança mundial e a escala num sector que representa mais de 80% da sua atividade. Juntos, enfrentaremos o desafio da descarbonização com a inovação na vanguarda das nossas atividades”, acrescentou o responsável italiano.


Pela sua parte, Eric Li, Presidente da Geely Holding, sublinhou que “são cruciais as sinergias globais, as tecnologias múltiplas e a partilha de conhecimentos. É por isso que estamos satisfeitos com o facto de a nossa parceria com o Grupo Renault estar hoje a atingir a realidade comercial. A HORSE Powertrain Limited terá o portefólio, a escala e a capacidade para oferecer as soluções de baixas emissões que a indústria automóvel de amanhã exige”.


Matias Giannini

Matias Giannini será o Diretor-Geral 

A HORSE Powertrain Limited terá Matias Giannini como Diretor-Geral, figura com cerca de 25 anos de tempo combinado entre a Continental AG e a Vitesco Technologies. Nesta última, Giannini liderou a força de vendas global da companhia para os principais construtores e fornecedores de primeira linha na indústria de motores e transmissão. Antes, na equipa de gestão da Continental AG, desempenhou um papel crucial na criação e transformação total da Vitesco Technologies, incluindo a abertura do capital da empresa no início de 2021 e a condução de soluções de motores a gasolina, diesel, híbridas e totalmente eletrificadas.

 

Lee Ma e Juan Ferrera foram nomeados, respetivamente, Diretor Financeiro e Diretor de Recursos Humanos da HORSE Powertrain Limited. A gestão dos dois subgrupos Aurobay e Horse, que reúnem o “know-how” industrial e os ativos das duas empresas, mantém-se inalterada: Ruiping Wang como CEO da Aurobay, com sede na Baía de Hangzhou (China), Patrice Haettel CEO da Horse com sede em Madrid (Espanha).

 

Quanto ao conselho de administração, será composto por seis membros, três da Geely e três do Grupo Renault. Do gigante chinês contam-se Daniel Li (Vice-Presidente da Geely Auto e Diretor-Geral da Geely Holding) como Presidente do Conselho de Administração, Jerry Gan (Diretor-Geral da Geely Auto Group) e Joe Zhang (Diretor Financeiro da Geely Holding). Da parte do Grupo Renault assumem funções François Provost (Diretor-Geral de Aprovisionamento, Parcerias e Assuntos Públicos), Gilles Le Borgne (Diretor-Geral de Tecnologia) e Denis Le Vot (Diretor-Geral da Dacia e Diretor-Geral da Cadeia de Abastecimento).



Totalmente autónoma 

Graças a este projeto, tanto o Grupo Renault como a Geely beneficiarão de um efeito de escala imediato e de um reforço da cobertura do mercado. Apoiada pela transferência da propriedade intelectual do Grupo Renault e da Geely, a HORSE Powertrain Limited é agora totalmente autónoma no desenvolvimento de futuras tecnologias de propulsão capazes de responder a todas as expectativas do mercado, nomeadamente no domínio dos combustíveis alternativos, como o metanol verde, o etanol e o hidrogénio, mas também nos híbridos “puros” e híbridos plug-in.

 

A carteira de produtos complementares e a presença regional da joint-venture poderão oferecer soluções para 80% do crescente mercado mundial de grupos motopropulsores híbridos e de combustão.

 

A HORSE Powertrain fornecerá vários clientes industriais, incluindo o Grupo Renault, a Geely Auto, a Volvo Cars, a Proton, a Nissan e a Mitsubishi Motors Company, mas está aberta a pedidos de parcerias com outros construtores ou marcas.

 

A malha laboral e de investigação da HORSE será bastante ampla e autenticamente global, incluindo-se aqui a fábrica de Cacia, em Aveiro, para a produção de componentes híbridos. No total, contam-se 17 fábricas globais, nove clientes em 130 países, cinco centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e cerca de 19.000 empregados.

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