A Renault somou o Captur à gama em 2013. Então, na categoria, existiam somente dois rivais de SUV subcompacto que conquistou, entretanto, mais de dois milhões de clientes. Atualmente, contam-se 30!... A modernização desta segunda geração, de 2019, é determinante para a manutenção do estatuto e do potencial de atração de automóvel-chave para a marca do losango. Este modelo representa quase 30% das vendas da marca do losango em Portugal.
Visualmente, esta versão 2.0 do Captur II distingue-se pela imagem mais atlética e moderna. A Renault tem linguagem de “design” nova e, inteligentemente, integrou-a na modernização deste modelo, como observamos na dianteira e na traseira.
E a fórmula funciona bem, por quase não existirem pontos de contacto entre 2024 e o passado!
Mas, o que muda? Para-choques, grelha, faróis (LED), luzes diurnas com a forma de meio losango na vertical, difusor posterior e farolins com cobertura em plástico transparente em vez de vermelho. Existem seis cores para a carroçaria (só uma em estreia) e três para o tejadilho (também uma nova). E a dimensão máxima das jantes aumenta de 18’’ para 19’’.
No interior, a modernização do Captur é muito menos evidente, mas a Renault diz que utilizou materiais mais sustentáveis na construção do habitáculo, como o TEP a imitar pele que encontramos nos revestimentos dos bancos. Entre as novidades, sistema multimédia openR link com monitor vertical de 10,4’’ (e sistema operativo Android Automotive). Este equipamento tem muitas funções Google (Assistant ou Maps, por exemplo), permite atualização remota e é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. O ecrã da instrumentação também é digital e tem 10,25’’.
Já as dimensões do Captur não mudam.
Assim, mantêm-se tanto a habitabilidade como a capacidade da mala. Neste modelo, recorda-se, admite-se a possibilidade de movimentar longitudinalmente os assentos dos bancos traseiros (até 16 cm). A ideia é melhorar o espaço para as pernas dos passageiros ou o volume de carga na bagageira – mínimo de 326 litros na versão híbrida e 422 nas demais.
O PHEV “saiu de cena”, mas a gama conta com motorizações adaptadas às necessidades, com o TCe 90 a gasolina (23.200 €), o TCe 100 a gasolina e GPL (24.300 €), o E-Tech full hybrid 145 (28.500 €) e o mild hybrid 160 EDC (28.500 €). A versão mais eficiente é a híbrida, mas a fiscalidade nacional continua desalinhada da europeia e penaliza a capacidade dos motores, o que faz com que este automóvel capaz de percorrer muitos quilómetros de forma elétrica, lamentavelmente, pague mais impostos!
Na primeira experiência dinâmica, conduzimos, precisamente, o E-Tech full hybrid 145. A Renault aproveitou esta atualização de modelo que apresenta como “novo” para otimizar diversos itens do chassis – geometria da suspensão, amortecedores mais rígidos e calibração da direção, por exemplo –, assim melhorando a agilidade e o comportamento em curva.
Em contrapartida, a intervenção reduziu o conforto. Existem quatro modos de condução (Eco, Sport, Comfort e Personal) para seleção em menu do sistema multimédia ou em botão específico no volante. No híbrido, o número de opções aumenta para seis, por também contar com programas Snow e Off-Road, comprando-se o pacote Extended Grip que melhora o desempenho nos pisos escorregadios, com intervenção no funcionamento do controlo de tração.
A versão de topo tem o nível de equipamento esprit Alpine – novidade no Captur! – e apresenta-se com sistema de som Harman/Kardon, ponto de carregamento sem fios para telemóveis, teto de abrir panorâmico, iluminação ambiente com 48 cores e pacote completíssimo de assistências eletrónicas à condução (como sucede no Rafale, há botão My Safety Switch para ativá-las ou desativá-las de acordo com as nossas preferências).
O E-Tech full hybrid 145 é agradável de conduzir em todas as circunstâncias, mas destaca-se mais em cidade, por arrancar sempre eletricamente (e de forma rápida e suave). Fora dos circuitos urbanos, o Renault revela menos silencioso, devido ao funcionamento (muito) mais frequente do motor a gasolina.
O modo de condução Sport aumenta a capacidade para ganhar velocidade e diminui o tempo de reação ao acelerador.
A caixa de relação fixa tem desvantagens e vantagens. As segundas incluem o consumo moderado. Finalmente, o sistema híbrido tem função nova: E-Save. Ativando-o, a carga na bateria nunca baixa dos 40%. E esta reserva utiliza-se sempre que necessitamos de mais energia.
Performances anunciadas: 170 km de velocidade máxima e 10,6 s no arranque de 0 a 100 km/h. Consumo médio (WLTP): 4,7 l/100 km.
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