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Foto do escritorJosé Caetano

Red Bull dispensa Sergio Pérez

Atualizado: há 3 dias

Em junho, o mexicano prolongou o contrato com a escuderia austríaca até ao final de 2026, mas a oitava posição no campeonato de pilotos de 2024 comprometeu a permanência de Sergio Pérez na Red Bull e, assim, depois do casamento de 2021, o divórcio! Liam Lawson, o piloto neozelandês que substituiu Daniel Ricciardo na "equipa-satélite" RB-Honda RBPT durante a temporada, é o sucessor do mexicano.



É o ponto final antecipado na relação de Sergio Pérez com a Red Bull-Honda RBPT, após temporada dececionante, que acabou com o mexicano na oitava posição do campeonato de pilotos, depois de somar apenas 152 pontos, registo negativo que contribuiu para o fracasso dos austríacos na corrida ao terceiro título consecutivo de construtores – “só” terceiros classificados (589 pontos), atrás da Ferrari (652) e da campeã McLaren (666), embora tivessem ganho o troféu mais importante, com Max Verstappen a sagrar-se tetracampeão (437).



Pérez, piloto que totaliza 14 temporadas na Fórmula 1, com cinco equipas (estreia em 2011, na Austrália, com a Sauber, seguindo-se a McLaren-Mercedes em 2013 e a Force India e a sucessora Racing Point entre 2014 e 2020!), ingressou na Red Bull em 2021 e, até ao final do campeonato de 2024, esteve em mais de 90 de grandes prémios e ganhou cinco. O mexicano, descontando o primeiro sucesso no Mundial (2020, em Sakhir, no Bahrain), venceu somente em circuitos citadinos (Azerbaijão-2021 e 2023, Mónaco-2022, Singapura-2022, Arábia Saudita-2023), a razão detrás do “título” de “Rei das Ruas”. Em 2022 e 2023, nos dois melhores anos da carreira (respetivamente, terceiro e segundo no campeonato de pilotos), Sergio contribuiu de forma ativa para os dois êxitos da escuderia no Mundial de Construtores.



Desde 1994, pior, só (Jos) Verstappen! 

Curiosamente, Pérez até entrou bem no campeonato de 2024, com quatro pódios nas primeiras cinco corridas, mas perdeu competitividade quase em simultâneo com o anúncio da extensão do contrato com a Red Bull, nunca mais conseguindo reencontrar-se com o(s) sucesso(s)… É necessário recuar até 1994 para encontrar companheiro de campeão na Fórmula 1 tão mal classificado no campeonato. No ano da morte de Senna, Michael Schumacher, com a Benetton-Ford, conquistou o primeiro dos sete títulos na categoria e o parceiro Jos Verstappen, o pai de Max, foi apenas 10.º!


“Estou supergrato por estes anos na Red Bull", disse Pérez

 

“Estou supergrato por estes quatro anos na Red Bull e a oportunidade de competir com uma equipa tão fantástica. Vivi uma experiência inesquecível, comemorámos muitos sucessos e conseguimos recordes notáveis. E também foi uma honra ter o Max como companheiro. Brevemente, voltaremos a encontrar-nos”, disse Pérez na hora da despedida, momento que não anunciou planos para o futuro, sabendo-se apenas que o piloto mexicano não é adepto do IndyCar norte-americano.



Já Christian Horner, diretor da Red Bull Racing, agradeceu o contributo de “Checo” Pérez para os sucessos da escuderia baseada em Milton Keynes, Inglaterra. “Foi o piloto de que necessitávamos para sermos bem-sucedidos, por colocar sempre a equipa em primeiro plano. Ajudou-nos a ganhar dois Mundiais de Construtores e o nosso primeiro ‘1-2’ no campeonato de pilotos, em 2023. As corridas que ganhou, todas em circuitos citadinos, deixaram marca que não esquecemos, pelo facto de demonstrarem a determinação com que competiu, procurando sempre ir além do limite”, disse o britânico.



Pérez, 34 anos, em 14 temporadas na Fórmula 1, colecionou 281 grandes prémios, seis vitórias, três “pole position”, 39 pódios e 12 voltas mais rápidas. Yuki Tsunoda, japonês da RB-Honda RBPT, “equipa-satélite” da Red Bull, trabalhou com a equipa austríaca no programa de testes realizado no Yas Marina do Abu Dhabi após o final da temporada, mas a equipa austríaca optou pelo parceiro neozelandês Liam Lawson como sucessor do piloto de Guadalajara, México. E este movimento pode abrir a porta da Fórmula 1 ao francês Isack Hadjar, 20 anos, o segundo classificado no Mundial de Fórmula 2 de 2024 (venceu-o Gabriel Bortoleto, o brasileiro sob contrato com a Sauber para 2025 e a Audi de 2026 em diante). A possibilidade de contratação de Franco Colapinto, o argentino que competiu pela Williams durante a ponta final do campeonato, foi abandonada.




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