O hipecarro com dois lugares desenvolvido pelo Red Bull Advanced Technologies com o apoio do desenhador e engenheiro Adrian Newey, que ganhou o “cognome” de “mago” da aerodinâmica na Fórmula 1 por todos monolugares vencedores que assinou, nomeadamente para a formação austríaca, tem motorização híbrida com 1200 cv e produção limitada a 50 exemplares. Preço: cerca de 7 milhões de euros
É a cereja no topo do bolo que comemora o fim da relação da Red Bull com Adrian Newey, desenhador e engenheiro britânico de 65 anos que somou vitórias e títulos com a escuderia austríaca na Fórmula 1, a categoria mais importante do desporto automóvel, formação que representou depois de passagens muito marcantes por March/Leyton House (1988-1990), Williams (1991-1996) e McLaren (1997-2005).
O RB17 apresentado em Goodwood, Inglaterra, no Festival de Velocidade de 2024, é o primeiro hipercarro da Red Bull Advanced Technologies, está equipado com uma motorização híbrida capaz de 1200 cv e conta produção limitada a 50 exemplares, que está vendida há muito tempo, independentemente do preço na ordem dos 6,9 a 7 milhões de euros (antes de impostos e sem personalização)!
O programa RB17 arrancou durante 2020, com a equipa que trabalhou no projeto a comprometer-se com a conceção de hipercarro capaz de rivalizar com monolugar de Fórmula 1 nos tempos por volta, nos circuitos mais populares do calendário do Mundial. Em Goodwood, a Red Bull apresentou apenas o “concept” de automóvel que está, ainda, na etapa final do plano de desenvolvimento, mas os números que foram fornecidos pelos austríacos são finais. E este princípio também está correto para os dados técnicos de modelo com “ares” de Aston Martin Valkyrie, o que não surpreende, considerando que Newey teve intervenção direta nos dois planos.
A motorização híbrida do RB17 combina um V10 4.5 atmosférico a gasolina (1000 cv) desenvolvida pela Cosworth (a mecânica é capaz de 15.000 rpm e pesa menos de 150 kg! –, máquina elétrica com 200 cv alimentada por bateria de iões de lítio e caixa sequencial de 6 velocidades produzida em fibra de carbono.
O Red Bull tem tração apenas às rodas traseiras, suspensão do tipo “pushrod” – o sistema é ativo e admite regulação em altura, em inclinação e do amortecimento – e travões com discos carbocerâmicos. E anunciam-se, igualmente, quatro conjuntos de pneus “à medida”, três para piso seco e um para molhado.
O equipamento de série, afirma-o a Red Bull, é muito espartano, admitindo-se até à possibilidade de dispensa do sistema de climatização. Finalmente, o para-brisas é em plástico e não em vidro. E os austríacos, no preço do RB17, já contabilizam o ano de apoio técnico para adaptação deste bilugar com estrutura monocoque em fibra de carbono às especificações de todos os circuitos em que é utilizado, já que não dispõe de homologação para estrada, contrariamente ao que acontece com o Valkyrie. O peso estimado é 900 kg e, de acordo com fontes, a velocidade máxima supera os 350 km/h!
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