Ronda portuguesa do Mundial de Ralis (WRC) está ao rubro. Apenas 5,4 segundos separam os quatro primeiros classificados no final da etapa de sexta-feira, com Kalle Rovanperä a figurar no topo da classificação. O segundo dia, no Norte do país, promete mais emoção
O equilíbrio marcou a etapa de sexta-feira do Vodafone Rally de Portugal, com cinco pilotos a vencerem classificativas e três líderes diferentes. No final do dia, após as primeiras 9 especiais de classificação percorridas, é a dupla Kalle Rovanperä/Jonne Haltunen, a bordo de um Toyota GR Yaris Rally1, que comanda as operações, mas apenas 5,4 segundos separam o comandante do quarto classificado.
No dia em que foi assinado o contrato para a continuidade da prova no calendário do Mundial de Ralis até 2026, não faltou emoção na luta pelas primeiras posições, com Thierry Neuville (Hyundai), Dani Sordo (Hyundai), Sébastien Ogier (Toyota) e Rovanperä a vencerem especiais nesta etapa, em Mortágua, Lousã, Góis e Arganil.
"Foi uma grande batalha durante todo o dia. Ainda assim, acho que não estamos onde devíamos estar. Andámos apenas a sobreviver e terminámos com os pneus traseiros em muito mau estado. Amanhã, será um dia diferente, mas admito que é divertido estarmos a liderar", afirmou Rovanperä, que já venceu esta prova por duas vezes. Ogier, outro piloto com grande historial na prova lusa, está em segundo lugar, a apenas 1 segundos de diferença, e promete dar tudo para terminar a etapa de sábado no comando.
Mas coube a outro piloto da Toyota o rótulo de “figura do dia”: Takamoto Katsuta venceu três classificativas e chegou a passar pelo comando da prova, mas caiu para o terceiro lugar no final da etapa, estando a 4,7 segundos do seu colega de equipa. Praticamente colado está Ott Tanak, no melhor dos representantes da Hyundai, a 5,4 segundos de Rovanperä.
Um pouco mais distante, Dani Sordo ocupa o quinto posto, a 17,9 segundos, tendo ainda a particularidade de ser bastante acarinhado pelos muitos espectadores espanhóis que se deslocaram a Portugal para assistir à prova. Como “recompensa”, retribuiu o apoio com três vitórias em especiais.
O líder do Mundial de Pilotos, Thierry Neuville teve a ingrata missão de abrir a estrada, mas manteve intactas as aspirações à vitória, ao perder apenas 18,1 segundos para o líder
Nas posições imediatamente seguintes terminaram Adrien Fourmaux (Ford), a 31,8 segundos, e Elfyn Evans (Toyota), que foi o grande azarado da etapa. Além da posição de partida ingrata, o copiloto Scott Martin esqueceu-se do seu caderno de notas no final da primeira secção, pelo que, até ao final do dia, foi forçado a ler as notas a partir de uma cópia digital, num telemóvel. Um furo no pneu dianteiro direito agravou a frustração do vencedor da edição 2021 do Rali de Portugal, que cedeu mais de 1m40 segundos para o líder.
No WRC2, a batalha pelo triunfo ficou reduzida a Oliver Solberg (líder) e Yohan Rossel, com 7,3 segundos a separá-los na classe. Gus Greensmith assumiu o terceiro lugar depois do abandono de Pierre-Louis Loubet, em Góis 2, estando a 13,3 segundos do líder.
Kris Meeke voltou a vencer no CPR
Como já é tradição, a etapa de sexta-feira do Rali de Portugal contou como prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), com Kris Meeke (Hyundai) a somar o quarto triunfo em igual número de provas do calendário.
A sua superioridade só terminou na segunda secção, quando a proteção de cárter do i20 obrigou o piloto a rodar com maiores cuidados. Mesmo assim, terminou o dia com 1m24 segundos de vantagem para José Pedro Fontes, que levou a melhor na batalha particular pelo estatuto de melhor piloto português (21º).
O piloto da Citroën protagonizou um interessante duelo com Armindo Araújo (Skoda), com 9,3 segundos a distanciá-los na classificação. Pedro Almeida (Ford) e Paulo Neto (Skoda) fecharam o grupo dos cinco primeiros do CPR.
Muitos dos pilotos que compõem a lista de inscritos do CPR não irão prosseguir para a etapa de sábado, uma vez que está terminada a batalha por pontos e atendendo aos riscos de problemas mecânicos ou de acidentes. Não obstante, Kris Meeke e Armindo Araújo vão continuar em prova.
Rumo ao Norte
A etapa de sábado leva as equipas para Norte, para disputarem duas passagens pelas classificativas de Felgueiras, Montim, Amarante, Paredes e Felgueiras e, a encerrar o dia, a super-especial de Lousada. Ao todo, são nove especiais que perfazem um total de 145,02 cronometrados.
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