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Stellantis de Mangualde inicia produção de elétricos

Atualizado: 4 de jul.

Oito modelos 100% elétricos das marcas Citroën, Opel, Peugeot e Fiat irão sair das linhas de montagem da fábrica da Stellantis em Mangualde. No arranque da produção, esforço de Mangualde mereceu elogios de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Carlos Tavares, diretor da Stellantis.



Estava prometido para o início de 2025, mas o arranque da produção de veículos comerciais e de passageiros elétricos na fábrica da Stellantis, em Mangualde, foi antecipado em mais de meio ano, num esforço coordenado que coloca, novamente, aquela infraestrutura entre as melhores da companhia liderada por Carlos Tavares a nível global.

 

A fábrica portuguesa de Mangualde, que Carlos Tavares reafirma “estar entre as três melhores fábricas da Stellantis a nível global”, irá produzir oito modelos 100% elétricos nas versões de passageiros e comerciais ligeiros (VCL) dos modelos Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, Peugeot E-Partner e  E-Rifter, Fiat e-Doblò e Opel Combo-e para os mercados doméstico e de exportação.

Encontrando-se ainda a produzir veículos pré-série, ou seja, de validação, espera-se que a produção em série comece em força no mês de outubro, para um valor de produção anual que irá flutuar ao ritmo da procura por parte dos clientes.



“Hoje é um dia feliz, marcante para a história desta fábrica, que tem mais de 60 anos. A produção destes veículos elétricos estava prevista para 2025, mas conseguimos antecipar em um ano, pelo que damos os parabéns à nossa fábrica.


Temos um herói aqui em Portugal que é a fábrica de Mangualde.

Em produtividade estamos no top 3 de todas as fabricas que temos no mundo”, afirmou o CEO da Stellantis durante o evento que marcou o arranque da produção dos modelos naquela fábrica, a qual,  sublinha Tavares, “tem um nível de qualidade estupendo, entre as melhores mundiais”.


“Estamos a testemunhar um importantíssimo virar de página nesta unidade fabril, que consegue estar na linha da frente em termos de inovação. Dentro em breve estará nas estradas uma nova gama de oito veículos elétricos ‘made in’ Portugal. Esta é a nossa visão para o futuro da indústria automóvel e revelamos hoje, aqui, mais uma prova de que é possível concretizar os nossos mais ambiciosos planos, de forma sustentável e de forma economicamente viável, colocando os melhores produtos ao serviço dos clientes. Seguimos rumo à descarbonização, proporcionando uma mobilidade segura, acessível e ambientalmente responsável para proteger as próximas gerações”, acrescentou ainda o responsável português da Stellantis.



Em termos comerciais e de grupo, Tavares sublinha que “temos o objetivo de sermos os líderes mundiais da venda de comerciais, nos quais somos os segundos mas estamos na corrida para sermos os primeiros. E estamos na corrida para sermos o grupo que mais elétricos venda na Europa, à frente de marcas como a Tesla. Estamos na corrida, corpo a corpo, e temos a capacidade para rivalizar com aqueles que são vistos como as referências do mercado dos elétricos”. 

 

Absolutamente inalterada está a meta de neutralidade carbónica do grupo em 2038, sendo “a marca com a meta mais cedo de toda a indústria. É o nosso compromisso para convosco e para com os meus netos”. Nesse mesmo sentido, a descarbonização das fábricas – “em 2025, vamos atingir uma produção de energia que não será menos de 50% do que as necessidades da fábrica”.

 

A fábrica de Mangualde já beneficia de 32% de energia elétrica (por ano) produzida a partir de fontes renováveis, tirando partido de um parque fotovoltaico com 6.370 painéis fotovoltaicos. Este grande projeto evita 2.500 toneladas de emissões anuais de CO2, o equivalente à captura de CO2 por cerca de 16.000 árvores.


Marcelo Rebelo de Sousa e Carlos Tavares

A importância de cumprir promessas 

Numa breve visita às renovadas instalações da fábrica portuguesa estiveram também várias figuras da política nacional, com destaque para Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Pedro Reis, ministro da Economia, com ambos a destacarem a importância deste tipo de investimento para o crescimento económico e tecnológico de Portugal.

 

Para o Presidente da República, esta foi mais uma visita a Mangualde, mencionando a importância de cumprir promessas que defendam a melhoria da economia e que coloquem Portugal na linha da frente num setor tão importante quanto o da mobilidade.

 

“Estive aqui em 2022, 2023 e, agora, em 2024. Em 2022 festejámos 60 anos desta fábrica que nasceu do esforço e visão de um mangualdense, o que mostra que há aqui qualquer coisa que tem que ver com as raízes e com as origens portuguesas. Há um ano, Carlos Tavares prometeu que, em 2025, Mangualde iria produzir carros elétricos, mas adicionou – com cautela, mas adicionou –, talvez um pouco mais cedo.



E aqui estamos”, enalteceu Rebelo de Sousa, que também sublinhou a relevância de “termos portugueses entre os melhores do mundo, no desporto e noutras áreas. Aqui temos um português que está à frente de um dos maiores grupos automóveis mundiais e, em Mangualde, temos também uma das fábricas que está entre as três melhores em termos de qualidade. Mangualde está nos três primeiros. É mérito de quem aqui trabalha”.

 

O Presidente da República também deixou a sua promessa para cumprir uma quase rotina anual. “Para o ano, a neutralidade carbónica passa para 50% aqui na fábrica. Há substituição das energias do passado por energias do futuro. Para o ano cá estarei para garantir que também nesse domínio iremos cumprir os compromissos”, afirmou.


Trinta milhões de investimento 

Para acelerar este novo passo, a fábrica de Mangualde contou com um investimento de 30 milhões de euros, beneficiando também do apoio do Governo e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem um investimento global de 119 milhões de euros para o setor da mobilidade e da transição energética. A Stellantis Mangualde liderou uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial com o projeto “GreenAuto”, que reúne um consórcio de 37 entidades parceiras, com um investimento conjunto dos tais 119 milhões de euros.



Entre as várias mudanças e atualizações operadas, a unidade de Mangualde teve transformações significativas na sua área industrial, com novas instalações, destinadas à área de montagem e também ferragem. Existem ainda novas linhas de montagem de baterias, que promoveu a total modernização de uma área com mais de 800 m2, na qual tem lugar a montagem de todas as baterias para os veículos elétricos produzidos em Mangualde. Foram, igualmente, criados 63 novos empregos, sendo que todos os colaboradores a operar nestes novos postos de trabalho, receberam - a par da restante equipa técnica - formação específica, aumentando, desta forma, as suas competências.

 

Em termos de marcos nacionais, a Stellantis Mangualde, que no ano passado teve um valor de produção em torno das 82 mil unidades, junta-se à FUSO, no Tramagal, que arrancou com a produção em série da eCanter em 2017, com a nova geração lançada no ano passado, também produzida em Portugal (a par de Kawasaki, no Japão).

Recorde-se que a eletrificação neste Centro de Produção contribui para a perseguição dos objetivos definidos no plano estratégico “Dare Forward 2030” da Stellantis, entre os quais tornar-se líder indiscutível da eletrificação e o líder mundial no negócio dos veículos comerciais através da sua iniciativa sem precedentes “Pro One”.



Primeira leva para o Ministério da Saúde 

Paralelamente ao arranque da produção, a Stellantis também celebrou na terça-feira a entrega simbólica de 719 veículos elétricos ao Sistema Nacional de Saúde (SNS), tendo vencido um concurso público levado a cabo pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no ano passado, para a compra de veículos elétricos que vão equipar unidades de apoio continuado e domiciliário de todo o país.


Este negócio, também ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia, ascende a quase 21 milhões de euros.

 

No total, serão entregues 300 Peugeot E-Rifter e 419 Citroën ë-Berlingo, a que se juntam ainda 600 estações de carregamento (“wallbox” de 11 kWh) às cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a sete Unidades Locais de Saúde (ULS). Mais de 600 destas unidades foram transformadas especificamente para as entidades às quais se destinam, designadamente com a instalação de um Ecoponto na bagageira, com estrutura fixa de contentores de plástico deslizantes.


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