A empresa chinesa anunciou a data do lançamento oficial do seu primeiro carro elétrico, o SU7. A companhia, assim, dá um passo importante na ampliação das suas áreas de negócio, com o automóvel a preconizar também uma nova abordagem da Xiaomi na integração de diversos dispositivos inteligentes
O primeiro produto da Xiaomi EV, o Xiaomi SU7, foi revelado no final do ano passado, mostrando o seu "design" e números de desempenho e de autonomia, apontando, como objetivo, oferecer uma berlina “ecológica de alto desempenho de tamanho normal" a pensar na mobilidade inteligente capaz de integrar diversos outros aparelhos tecnológicos criados pela marca de Lei Jun.
Conhecida pelos seus "smartphones", mas também por outros aparelhos, como aspiradores, televisores ou balanças, a Xiaomi entra no mercado dos automóveis elétricos com um forte investimento, na ordem dos 10 mil milhões de dólares. “A Xiaomi decidiu investir dez vezes mais, começando pelo desenvolvimento de tecnologias fundamentais, comprometendo-se a construir um veículo excecional. Com 15 a 20 anos de esforço, a Xiaomi pretende tornar-se num dos cinco principais fabricantes de automóveis a nível mundial", referiu Jun, aquando da apresentação do SU7.
Agora, a revelação da data de lançamento foi feita pela marca, através de um "post" na rede social chinesa Weibo (as redes sociais ocidentais não podem ser usadas na China), com os preços a serem conhecidos apenas mais perto da data de lançamento.
Segundo aquela mesma publicação, a lista de encomendas vai ser aberta nas suas 59 lojas dispostas por 29 cidades chinesas. Por enquanto, ainda não existem datas para o lançamento noutros mercados mundiais.
Esforço multifacetado
Para conseguir produzir o seu primeiro carro, a Xiaomi vale-se de uma força de trabalho composta por mais de 3400 engenheiros apenas para a área de Investigação e Desenvolvimento (R&D) e mais de 1000 especialistas técnicos em domínios críticos, tanto na China como no estrangeiro. De acordo com a marca, o desenvolvimento de tecnologias para o motor elétrico (E-Motor), baterias, produção (Die-Casting) e conectividade (Pilot Autonomous e Smart Cabin) resultam de um elevado esforço conjunto, com Lei Jun a decretar como objetivo criar um carro de sonho para a nova era da indústria automóvel.
A marca desenvolveu um trio de motores elétricos HyperEngine (V6/V6s e V8s), o mesmo sucedendo com a tecnologia de bateria integrada CTB e uma série de inovações tecnológicas desafiantes, como a estrutura da carroçaria fabricada a partir do "cluster" de fundição sob pressão Xiaomi Die-Casting T9100.
Apesar da denominação a evocar os motores de combustão interna, o motor elétrico HyperEngine V6 tem uma potência máxima de 299 cv e um binário máximo de 400 Nm, enquanto o HyperEngine V6s atinge uma potência máxima de 374 cv e um binário máximo de 500 Nm. Já o topo de gama V8s, para o SU7 Max, debita 578 cv de potência e 635 Nm de binário.
No que diz respeito a prestações, o Xiaomi SU7 Max atinge uma aceleração de 0 a 100 km/h em 2,78 segundos, para uma velocidade máxima de 265 km/h, ou seja, "invade" o território dos hiperdesportivos. O "software" de controlo geral do veículo também foi desenvolvido internamente, para um ajuste dinâmico adaptativo do chassis. A comunicação com o meio envolvente e a rede Internet é outra das características apontadas pela Xiaomi como inovadoras para este automóvel, apostando, aliás, numa estratégia de ecossistema inteligente "Human x Car x Home". Central para esta ambição é o novo sistema operativo que também está a ser lançado nos seus "smartphones", o HyperOS, que permitirá cimentar a ligação entre os diversos dispositivos.
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