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Foto do escritorPedro Junceiro

Portagens, combustíveis e fiscalidade: o que muda em 2025

A entrada em 2025 irá trazer mexidas nos preços das portagens, que irão subir 2,21% nas autoestradas da Brisa, ao passo que nos combustíveis os preços não deverão sofrer alterações por via fiscal. Em 2025, também, algumas ex-SCUT voltam a ser sem custos para o utilizador.



Como já é usual, a entrada em cada ano novo traz consigo uma série de alterações nos preços relacionados com o setor automóvel, devido a mexidas fiscais. O ano de 2025 não é exceção, embora as novidades até não sejam muito dramáticas para os condutores.


Aumento de 2,21% a partir de dia 1 de janeiro

 

Nas portagens, de acordo com a Brisa, assistir-se-á a um aumento nalgumas das autoestradas do país, tendo como base a taxa de inflação homóloga, sem habitação, registada em outubro no continente, e o adicional de 0,1% contemplado na lei devido à limitação na subida das portagens imposta em 2023 então para mitigar os efeitos da inflação elevada. No total, serão aumentadas em 2,21% a partir de dia 1 de janeiro.

 

Assim, nas taxas de referência para os veículos de Classe 1, as taxas de portagem na autoestrada A1, entre Lisboa e o Porto, sobem 70 cêntimos, enquanto as da autoestrada A2, entre Lisboa e o Algarve, sobem 60 cêntimos. O valor total na A1 será de 24,60 euros, enquanto o da A2 passa para 23,30 euros.



De notar que apenas 52 das 93 taxas de portagem de Classe 1 serão atualizadas, embora a Brisa indique em comunicado que "existem casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores".

 

Outros aumentos incidem sobre o trajeto da autoestrada A5 entre Lisboa e Oeiras, que aumentará 5 cêntimos para 0,40 euros, ou no da CREL, que aumentará 15 cêntimos para 3,70 euros. A Norte, a A3 entre Porto-Valença aumentará 20 cêntimos para 9,95 euros.

 

Por outro lado, vale a pena recordar que uma grande parte das ex-SCUT voltarão a poder ser utilizadas pelos condutores sem necessidade de pagamento.



Teoria da compensação nos combustíveis 

Nos combustíveis, o Governo prepara a redução nos descontos que incidem no Imposto Sobre os Combustíveis (ISP) desde 2022, mas garante que não haverá um aumento dos preços nas bombas de combustível, pelo menos, por via fiscal, já que haverá uma descida da taxa de carbono em 2025.

 

Essa teoria da compensação permitirá que os preços da gasóleo e do gasóleo permaneçam inalterados na entrada do ano novo.


Importados ganham benesses 

No momento de comprar carro novo, também não há mexidas significativas, já que as tabelas de impostos do ISV apresentadas este ano não revelam alterações, o mesmo se aplicando ao IUC (Imposto Único de Circulação). Também não desapareceu o adicional a pagar nos veículos de categorias A e B a gasóleo.

 

Já os automóveis importados da União Europeia terão uma benesse já que o ISV passará a ser mais baixo para todas as motorizações, passando a ter tratamento igual ao dos veículos novos matriculados pela primeira vez no país.



O que quer dizer que mesmo os automóveis com menos de seis meses irão beneficiar de uma tabela mais justa e de desconto de 10% no imposto. No caso dos dos híbridos “plug-in”, os ligeiros de passageiros matriculados entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020, com autonomia mínima de 25 km em modo elétrico, passam a beneficiar de uma taxa intermédia de 25%.

 

Esta medida surge após várias queixas no Tribunal de Justiça Europeu e críticas ao estado português, por atitude discriminatória aos veículos mais antigos importados. Vale a pena recordar que o cálculo do ISV tem por base as componentes da cilindrada e a ambiental (emissões CO2), sendo que, nos usados importados, é aplicado um desconto sobre o imposto, entre 10% e 80%, dependendo da idade do veículo.

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