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Porsche prepara "rival" do Macan

A Porsche, reagindo ao abrandamento na procura de automóveis elétricos, decidiu produzir Sport Utility Vehicle (SUV) alternativo ao Macan novo, que está disponível somente sem mecânicas de combustão interna. Este modelo assenta na PPC que a marca desenvolveu em parceria com a Audi e contará com motorizações tanto a gasolina como híbridas Plug-in (PHEV).



A Porsche, prudentemente, considerando o ambiente generalizado de travagem na procura de automóveis elétricos, decidiu mudar de estratégia. Na prática, a marca alemã decidiu não renunciar tão rapidamente à produção de motores térmicos na Europa e continuar a disponibilizá-los na gama mais tempo do que planeava. Isto, na prática, significa, por exemplo, o desenvolvimento de Sport Utility Vehicle (SUV) novo, de forma a contar com alternativa à segunda geração do Macan, que propõe nos mercados da União Europeia (UE) apenas com motorizações elétricas.

 

Esta decisão comunicada pelo diretor da marca, Oliver Blume, é sustentada pelos números das vendas em 2024. Em 2023, a Porsche entregou 320.221 automóveis, o que constitui um recorde, com 86.724 Macan no “pacote” – mais bem-sucedido, só o Cayenne, com 95.604 unidades. Em 2024, em contrapartida, entregou menos 3%, comercializando 310.718 carros, incluindo 82.795 Macan e 102.899 Cayenne. estes resultados, no caso do SUV mais pequeno, explicam-se, precisamente, com o abandono, no mercado europeu, das versões térmicas (e comercializaram-se só 18.278 unidades 100% elétricas).


E, apoiando-se nestes números, a Porsche não demorou a (re)agir, aumentando os investimentos no desenvolvimento de automóveis novos com motores térmicos. A marca não pretende abandonar o Macan, mas pretende propor alternativa ao SUV, socorrendo-se da plataforma PPC da Audi, a marca com que trabalhou na PPE. Na prática, o objetivo é contar com essa opção até ao final da década, privilegiando a produção de modelo com mecânicas a gasolina e sistemas PHEV.



Blume garante que o modelo é “diferente do Macan elétrico” e conserva “todos os ‘ingredientes’ habituais nos Porsche”. E a PPC, a base dos Audi A5, Q5 e A6 Avant, permite-o. A marca alemã experimentou esta “fórmula” no Taycan, que apresenta como “alternativa” elétrica ao Panamera, berlina que continuará a fabricar-se com mecânicas térmicas até à década de 2030.


“80% das vendas com automóveis elétricos em 2030 não é realista”

 

Para a Porsche, o objetivo de “80% das vendas com automóveis elétricos em 2030 não é realista”, uma vez que a “transição para a mobilidade elétrica está a fazer-se de forma mais lenta do que o previsto”. A procura da tecnologia abrandou tanto na Europa como na China e as mudanças políticas nos EUA obrigaram os fabricantes a mudarem de estratégia(s). Em 2024, os elétricos representaram 13% das vendas da marca alemã, menos 3,9% do que em 2023.



Também é este “ambiente” que está na origem da decisão de investir cerca de 800 milhões de euros em automóveis com motores de combustão interna apenas este ano e de eliminar quase 4000 empregos até 2029. A Porsche diz-se empenhada na recuperação dos níveis de rentabilidade, que diminuíram significativamente, após a quebra das vendas na China, facto que pressupõe a adoção de plano estratégico novo. Ainda assim, na linha do horizonte, encontra-se a primeira versão elétrica do Cayenne!...

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