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Foto do escritorPedro Junceiro

Novo Mitsubishi ASX reforça identidade e tecnologia

Estética mais diferenciada, novas motorizações e maior dotação de equipamento são novidades do ASX, que procura ajudar a manter a Mitsubishi numa toada positiva em termos de mercado. Chega a Portugal em julho com preços desde 24.500€.



Procurando continuar a beneficiar da popularidade dos modelos de estilo SUV, a Mitsubishi prepara-se para lançar o ASX renovado, agora com uma identidade vincadamente mais distinta, nomeadamente na dianteira, enquanto a vertente tecnológica e o leque de opções de motores também se amplia nesta atualização de meio de ciclo.

 

Este ASX (acrónimo para “Active Sports X-over”), tal como o Colt, é um modelo originalmente lançado com o logótipo Renault, mas foi “partilhado” com a marca japonesa para permitir que esta se mantivesse na Europa com modelos ao gosto dos europeus sem necessidade de grandes adaptações.

A estratégia revela já alguns frutos, já que no Ano Fiscal de 2023 a marca dos “três diamantes” cresceu 3,5% face ao mesmo período de 2022, equivalendo a cerca de 56.000 unidades vendidas nos 20 mercados em que está presente. Porém, para o Ano Fiscal de 2024 é esperado um incremento de 25% já com o efeito dos novos Colt e ASX.



No que toca a projetos futuros, a Mitsubishi irá revelar em outubro o Outlander PHEV (híbrido “plug-in”) para o mercado europeu e, em 2025, um SUV de segmento C totalmente elétrico. O objetivo da companhia da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi é cingir-se aos segmentos de mercado mais importantes e com estratégia de eletrificação à medidas das exigências.

 

Mais distinto 

O ASX tem como base a plataforma CMF-B da Aliança (cujo símbolo surge, por exemplo, nos faróis LED dianteiros), o que não é uma surpresa, tratando-se de uma variante do Captur. Porém, as linhas foram revistas e está agora bem mais distinto na face dianteira, com uma grelha renovada “Dynamic Shield”, bem em linha com aquilo que é mais tradicional na marca japonesa – uma reminiscência de modelos como o anterior Outlander ou do Eclipse Cross.



Também as jantes são novas, agora de 18 polegadas nos equipamentos superiores (a marca propõe unidades de 17 polegadas para o nível de entrada), de cor preta com corte de diamante. Outros diferenciadores são os logótipos específicos, como os de “Hybrid EV” nas portas laterais. Na traseira, realce para os farolins com tecnologia LED e portão da bagageira com a palavra “Mitsusbishi” a toda a largura.

 

Quanto às tonalidades de carroçaria, a marca procurou oferecer opções tipicamente associadas ao seu legado, com cinco cores disponíveis: “Crystal White” metalizada, “Sunrise Red”, “Onyx Black”, “Royal Blue” e “Steel Grey”. Os níveis de topo poderão ainda receber tejadilho em cor contrastante “Onyx Black” metalizado.



A bordo, também há uma sensação de familiaridade óbvia, destacando-se pelos bons revestimentos e pela boa qualidade de execução na construção entre painéis. Estão disponíveis três opções de materiais para o habitáculo, cada uma das quais com uma conjugação de várias cores e pontilhados – os bancos em pele são exclusivos da Mitsubishi.


A funcionalidade não se altera, mantendo-se o espaço interior bem como a possibilidade de deslizar o banco traseiro em 16 cm, o que permite obter mais espaço e arrumação na bagageira (mais 69 litros de capacidade neste caso), que oferece 332 litros com o banco traseiro na sua posição normal. O interior proporciona ainda várias áreas para arrumação de pequenos objetos, num total de 22 litros, espalhados pelo porta-luvas, apoio de braços central e compartimentos das portas. O local da alavanca da caixa pode agora ser “flutuante” no caso das versões de caixa automática.



Mais tecnologia 

O maior destaque vai, porém, para os ecrãs de maiores dimensões, como o painel de instrumentos de 10 polegadas personalizável nas versões mais equipadas (há também painel de 7 polegadas) e o ecrã tátil central de 10,4 polegadas é agora de série em todos os níveis de equipamento. Este alberga o Smartphonelink Display Audio (SDA), o qual permite replicação de smartphones sem fio, configurar os modos de condução ou a iluminação ambiente.


Para facilitar o acesso a funções como o controlo do ar condicionado, está disponível um conjunto de botões físicos junto à zona inferior do ecrã.

 

A integração de um conjunto completo de serviços conectados é reforçada pela aplicação “My Mitsubishi Motors”, que fornece informações e serviços remotos (localizador do veículo, controlo de consumo e autonomia e ativação de luzes e buzina remotamente) e que está disponível na App Store (iOS) e no Google Play.



A este respeito, o sistema conta com os serviços conectados da Google, como o Maps ou o assistente de voz, além de permitir o acesso à loja da companhia americana para fazer o download de mais aplicações – por exemplo, do Waze ou do Spotify.


Em mercados selecionados – incluindo o de Portugal –, estão previstos modos de condução que permitem variar a resposta da direção, a climatização e a entrega da potência, podendo especificar os modos “Comfort”, “Eco”, “Sport” e “Perso” (de personalização de cada parâmetro). O ASX poderá ainda ser atualizado em diversas funcionalidades “over-the-air”. No que diz respeito ainda à tecnologia, o SUV conta com carregador sem fios para smartphones e poderá tirar partido de um novo sistema de som opcional da Harman Kardon.



Para já a gasolina, GPL e híbrido depois 

O ASX tira partido de uma gama ampla em que a primeira fase será marcada pelos motores a gasolina, esperando-se numa segunda fase a chegada de variantes bifuel e híbrida (HEV), esta última ainda sem data prevista de chegada.

 

Assim, de entrada, a gama terá um motor 1.0 MPI-T a gasolina de três cilindros, com 90 cv e 160 Nm, acoplado a caixa manual de 6 velocidades, oferecendo um consumo entre os 5,9 e os 6,0 l/100 km e emissões de CO2 entre 134 e 135 g/km. A Mitsusbishi crê que esta será a versão mais procurada em Portugal.

 

A outra opção já no lançamento será a 1.3 DI-T turbo “mild hybrid”, combinando injeção direta, sobrealimentação e eletrificação em dois níveis de potência: 140 cv (260 Nm) com caixa manual e 160 cv (270 Nm) com caixa automática de sete velocidades. Esta motorização incorpora um gerador de arranque por correia em combinação com uma bateria de iões de lítio de 12 V, conseguindo recuperar energia nas fases de desaceleração e travagem, além de disponibilizar ligeira assistência ao binário em aceleração. Os consumos variam entre os 5,9 e os 6,2 l/100 km e as emissões entre 134 e 139 g/km de CO2.


No último trimestre chegará a versão bifuel (gasolina/GPL), com base no motor 1.0 de três cilindros com 100 cv e 170 Nm. De injeção multiponto, propõe grande autonomia, emitindo entre 119 e 125 g/km de CO2.

 Para o fim fica a versão que ainda não tem data de chegada prevista a Portugal – a 1.6 híbrida de 143 cv de potência e 205 Nm de binário, com consumos entre 4,7 e 4,9 l/100 km e emissões de 106 a 111 g/km de CO2.

Esta tecnologia combina motor 1.6 a gasolina com dois motores elétricos e uma caixa de velocidades multimodo inteligente, que otimiza a eficiência e a capacidade de resposta. Se isto não lhe parece estranho é porque o sistema deriva do utilizado na Renault. O condutor não tem qualquer “input” no funcionamento do híbrido, a não ser nos modos de condução (como por exemplo, escolhendo “Sport”, a entrega da potência será mais intensa). O sistema é ainda composto por bateria de iões de lítio de 1,2 kWh arrefecida a líquido, localizada sob o piso da bagageira, podendo proporcionar até 80% de condução em cidade com energia elétrica.



Reforço na segurança 

Aproveitando esta renovação, o ASX adiciona mais tecnologias de segurança avançadas, como o Lane keep Assist, que deteta veículos em sentido contrário e as próprias bermas no alcatrão, o assistente inteligente de velocidade, o assistente de travagem em colisões múltiplas (cerca de 8% das mortes poderiam ser evitadas com este sistema), o Mi-Pilot (estacionamento com visão superior) com 8 sensores e 4 câmaras e o Park Assist com parqueamento automático. Outros sistemas agora incluídos são o assistente de saída segura dos passageiros e o assistente de tráfego cruzado traseiro. Na lista de opcionais, o grande destaque vai para o gancho de reboque retrátil, pouco comum neste segmento.


Os preços começam nos 24.500€, sendo este o único conhecido até agora, com a marca a comprometer-se ainda com garantia geral de 5 anos/100 mil km (incluindo acessórios) e 5 anos de assistência em viagem.

 

A nível europeu, a marca apresenta versões Inform, Invite, Intense e Instyle, mas para Portugal não só a primeira versão será descartada (começando então na Invite), como algumas das denominações serão alteradas para oferecer um cunho mais em linha com a filosofia japonesa (já visto anteriormente com a designação de equipamento Kyoto). É de prever que, de série, inclua jantes de 17 polegadas, câmara traseira, sensores de estacionamento traseiros, acesso sem chave, ecrã de 10,4 polegadas, sensores de chuva e ar condicionado automático.

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