Novo Alfa Romeo Stelvio no final do ano

A Alfa Romeo encontra-se a trabalhar na sucessão do Stelvio introduzido em 2016, utilizando o centro de testes da Stellantis em Arjeplog, Suécia, próximo do Círculo Polar Ártico para desenvolver o chassis, as motorizações e os demais “conteúdos” técnicos e tecnológicos do Sport Utility Vehicle (SUV) concorrente no segmento D. Estreia programada para o final do ano, com mecânica híbrida.

A Alfa Romeo pretendia produzir só automóveis elétricos já a partir de 2027, mas a mudança no comando da Stellantis, mais a travagem na procura da tecnologia, fez com que a marca abandonasse esse plano e decidisse continuar a propor motores de combustão interna apoiados por tecnologias de eletrificação. É o que sucederá na segunda geração do Stelvio, que tem estreia planeada para o final do ano e está na fase final do programa de desenvolvimento, que inclui bateria de testes no gelo e na neve da Escandinávia, no Centro de Testes da Stellantis em Arjeplog, Suécia.

Próximo do Círculo Polar Ártico, pilotos e técnicos da Alfa Romeo validaram todos os sistemas desenvolvidos para a versão de produção em série do SUV com que a marca italiana compete no segmento médio (D), que muda de arquitetura técnica, da plataforma Giorgio para STLA large, também a base do substituto do Giulia, que ficará disponível somente em 2026, e das próximas gerações do Dodge Charger ou do Jeep Wagoneer S. Não existem quaisquer informações sobre motorizações. No entanto, de acordo com o plano de ação novo do construtor, os sistemas híbridos são prioritários, o que permite pressupor o recurso a “pacote” que combine motor de 4 cilindros e motor elétrico, a exemplo do que acontece no Tonale. Confirmada está, ainda, a manutenção da produção em Itália (Cassino).

Em Arjeplog, a Alfa Romeo conta com os primeiros protótipos do Stelvio novo, que foram fabricados em Turim, na unidade de Mirafiori, que tem divisão especializada na montagem de automóveis de teste(s). Na Suécia, pilotos e engenheiros tiveram a oportunidade de ensaiarem tudo o que foi desenvolvido com recurso à realidade virtual e a simuladores de condução, com o gelo e a neve da Suécia a assegurarem condições excecionais para a avaliação e validação de tudo o que foi desenvolvido para as gerações novas tanto do SUV como do Giulia, nomeadamente em matéria de desempenho dinâmico em condições de baixa aderência.

Em Arjeplog, Suécia, próximo do Círculo Polar Ártico, protótipos da segunda geração do Stelvio cumpriram mais de 1000 horas, muitas vezes sob temperaturas que atingiram os -30º C

A Alfa Romeo informou que cada protótipo do Stelvio cumpriu mais de 1000 horas de testes em Arjeplog, muitas vezes sob temperaturas que atingiram os -30º C. Os italianos já preparam a próxima etapa do programa, que prevê mais de 1500 horas de ensaios em circuitos, todos em regiões com climas mais amenos, incluindo no centro de testes da Stellantis em Balocco, Itália. E, também nesta etapa do plano, devido ao posicionamento desportivo do construtor, desempenho dinâmico entre as prioridades inscritas no caderno de encargos nas mãos da equipa que trabalha no projeto. As outras são a fiabilidade, a qualidade e a resistência.

Para o Stelvio novo, a Alfa Romeo preparou plano que inclui 4000 horas de ensaios em bancos de simulação nos sistemas de propulsão/bateria e mais de 3000 horas de recolha de dados em estrada. E somam-se, ainda, 1000 horas de calibração de “software” para apoiar os sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), além de programa para a acumulação de quilómetros sob temperaturas elevadas.

Muito recentemente, Santo Filici, o administrador-delegado designado para a Alfa Romeo e a Maserati após a saída do comando do consórcio Stellantis, escrevendo no LinkedIn, admitiu a importância das gerações novas do Stelvio e do Giulia para o rejuvenescimento da gama e anunciou a mudança de estratégia de eletrificação.