Corrida caótica no arranque da edição 76 do Mundial de Fórmula 1, com a chuva a perturbar muito o Grande Prémio da Austrália, originando diversas “cambalhotas” na classificação durante as 57 voltas ao Albert Park de Melbourne e, também, mão cheia de desistências e outras tantas intervenções do Safety Car. Norris (McLaren) venceu, à frente do tetracampeão Verstappen (Red Bull) e Russell (Mercedes).

A edição 76 do Mundial de Fórmula 1, a temporada em que a categoria de topo do desporto automóvel, comemora 75 anos, antecipava excitante, como escrevemos na antevisão da competição, mas poucos arriscariam, provavelmente, corrida tão movimentada no Albert Park de Melbourne, circuito que recebeu o Grande Prémio da Austrália pela 28.ª vez. A instabilidade meteorológica, com o aparecimento e o reaparecimento da chuva, obrigou a adaptação às condições variáveis do asfalto, provocou a mão cheia de incidentes na origem de abandonos e chamadas à ação do Safety Car e teve impacto direto no resultado.

Lando Norris, da McLaren-Mercedes, apresentava-se como favorito à vitória, após a “pole position” conquistada na qualificação da véspera, e britânico esteve quase sempre no comando da corrida, mas Verstappen (Red Bull) e Hamilton (Ferrari), na fase mais caótica do grande prémio, com o regresso da chuva, também passaram pelo comando da prova. O inglês de 25 anos acabou, todavia, por impor-se e, após as quatro vitórias em 2024, iniciou 2025 com o quinto triunfo na Fórmula 1, depois de resistir à pressão final do tetracampeão mundial.
Numa corrida marcada por muitos abandonos – e o primeiro registou-se durante a volta de apresentação, com o “rookie” Isack Hadjar, da Racing Bulls, a colidir com muro do circuito de Melbourne (depois, aconteceria o mesmo com Doohan, Sainz, Alonso, Lawson e Bortoleto) –, George Russell (Mercedes) foi terceiro classificado, à frente do parceiro de equipa (e estreante) Andrea Kimi Antonelli. E o italiano, aos 18 anos, seis meses e 19 dias, tornou-se o segundo piloto mais novo a pontuar na categoria, superando-o somente Max Verstappen, sétimo na Malásia-2015, com a Toro Rosso, aos 17 anos, cinco meses e 29 dias!

No fim de grande prémio em que a Ferrari arriscou, pensando que choveria menos do que acabaria por chover, o que acabou por comprometer os resultados quer de Leclerc, quer de Hamilton, Norris reconheceu a vantagem da McLaren. “Somos os favoritos, à equipa a ‘abater’! Vencer corrida tão difícil e stressante, sobretudo por podermos errar facilmente ou na estratégia, ou na pilotagem, motiva-nos muito. A época é longa e temos de continuar a trabalhar no desenvolvimento do carro, mas esta equipa encontra-se num momento de forma excecional e tem dois pilotos, eu e o Oscar, que perseguem os mesmos objetivos e, por isso, conseguem motivar-se mutuamente. E todos estamos conscientes de que a nossa margem de progressão é enorme”, conclui Norris, que terminou o Mundial de 2024 na segunda posição, a 63 pontos de Verstappen.

留言