Conselho Europeu aprovou o regulamento que propõe algumas alterações ao nível dos gases de escape nos ligeiros de passageiros e nos pesados.
Após muitos avanços e recuos, o novo regulamento de emissões poluentes, denominado Euro 7, foi aprovado pelo Conselho Europeu, passando a vigorar novos limites para alguns tipos de emissões resultantes dos automóveis.
O regulamento antipoluição Euro 7 estabelece normas para as emissões de escape dos veículos rodoviários, mas também para outros tipos de emissões, como as dos pneus e das partículas dos travões, algo que passa a merecer atenção por parte das entidades europeias para aprovação dos novos veículos e seus componentes.
No entanto, as mudanças não foram particularmente duras no que toca às emissões de dióxido de carbono (CO2) para os automóveis ligeiros, já que a norma mantém os atuais limites de emissões de escape do Euro 6, algo que foi criticado por muitas associações ambientalistas que procuravam um corte neste tipo de emissões.
Por outro lado, muitos construtores apontavam que o cumprimento de normas mais restritivas significaria o aumento do preço dos automóveis graças ao desenvolvimento de novos sistemas antipoluição ou, simplesmente, o abandono dos segmentos mais acessíveis.
Ainda assim, para os veículos pesados há mudanças, com limites mais rígidos para diversos poluentes, inclusive alguns até então não regulamentados, como o óxido nitroso (N2O).
Regras para os elétricos
Para os automóveis elétricos também foram introduzidos requisitos para durabilidade da bateria e limites específicos para as emissões de partículas produzidas durante a travagem. As baterias (para os elétricos e híbridos plug-in) devem agora manter 80% da sua capacidade de carga em veículos até cinco anos ou 100.000 km, descendo para 72% até aos oito anos ou 160.000 km. Esta medida visa garantir não só a longevidade das baterias, mas também a segurança do mercado de usados.
Quanto às partículas dos travões, o limite específico é de 3 mg/km no ciclo de condução standard para os veículos elétricos, comparativamente com os 7 mg/km para todos os outros tipos de grupos propulsores.
O documento, agora, cumprirá uma série de formalidades legais (como a assinatura pelo Presidente da Comissão Europeia) antes de ser publicado no Jornal Oficial da União Europeia, data a partir da qual entrará em vigor, passados 20 dias.
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