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Nissan Qashqai e-Power

Atualizado: 25 de jun.

O Qashqai é o “ganha-pão” da marca nipónica no mercado europeu e modelo de referência entre os SUV compactos, categoria que “explodiu” com o êxito do automóvel original (2007). Na atualização da terceira geração de “espécie protegida”, equipamento reforçado e imagem (muito) modernizada. Mantêm-se as motorizações com 140 cv, 158 cv e 190 cv. Concentrámo-nos no topo de gama e-Power.



A Nissan, globalmente, no ano fiscal que terminou a 31 de março, perdeu dinheiro apenas na Europa – 102 milhões de euros, de acordo com o relatório financeiro do fabricante nipónico –, resultado que somou ao prejuízo de 27 milhões de euros no período homólogo precedente. Tratando-se do “best-seller” da marca na região, o Qashqai é determinante para o sucesso da operação.


A atualização desta terceira geração do Sport Utility Vehicle (SUV) compacto ambiciona (muito) mais do que a proteção de espécie automóvel tão importante. Tem como objetivo, igualmente, o regresso aos lucros. O topo de gama Ariya inspirou a modernização da imagem de modelo que mantém as motorizações com 140 cv, 150 cv e 190 cv.

O Qashqai, nos primeiros quatro meses de 2024, regressou ao topo das vendas na Europa, no segmento dos SUV compactos, à frente de VW Tiguan, Kia Sportage ou Hyundai Tucson, com crescimento de 19% nas matrículas, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 59.683 – as versões e-Power representaram 35,3% dos registos, com 21.079 unidades, número que confirma o potencial desta motorização catalogada como híbrida Plug-In (PHEV), independentemente de não admitir o recarregamento externo de bateria que tem só 1,8 kWh de capacidade. E, di-lo a Nissan, tratando-se tecnologia-chave para a êxito da eletromobilidade, por proporcionar o primeiro contacto com a condução de um elétrico aos clientes que ainda desconfiam dos méritos da fórmula, é suficiente.



Tecnologia

No segundo fôlego da terceira geração do Nissan mais vendido na Europa (o nome do modelo, de acordo com muitos analistas, encontra-se acima até do da marca), com mais de 4,2 milhões exemplares vendidos desde 2007, arrisca-se pouco… No Velho Continente, depois da introdução deste automóvel, em 2021, matricularam-se mais de 350.000 exemplares, número que explica abordagem tão conservadora à modernização de SUV compacto que mantém as duas mecânicas 1.3 DIG-T (140 cv e 150 cv), ambas com sistemas híbridos MHEV (rede elétrica adicional de 12V), e a motorização e-Power com 190 cv, que tem unidade térmica para carregamento da bateria que alimenta o motor elétrico responsável pelo acionamento das rodas dianteiras.


Este sistema introduzido no Velho Continente em 2022 regista mais de 100.000 vendas, combinando os números de Qashqai e X-Trail.

Para a Nissan, o desenho determina a maioria das decisões de compra. Logo, para

a atualização do SUV compacto, prioridade à modernização da imagem, adotando o Arya como referência. O automóvel novo é mais audaz, desportivo e sofisticado, devido à injeção da filosofia N-Design, por exemplo, na dianteira (grelha e faróis). A atualização mudou, ainda, a apresentação da traseira (farolins) e as “assinaturas luminosas” do SUV compacto. Como complemento, reduzindo-se a resistência ao rolamento dos pneus e otimizando-se a aerodinâmica, menos consumo, gases de escape e ruídos no habitáculo.



No Qashqai-2024, jantes de liga leve com 18’’, 19’’ ou 20’ e três cores inéditas que podem combinar-se com tetos negros. No interior, materiais novos (Alcantara, por exemplo) e mais tecnologias (64 combinações cromáticas disponíveis no sistema de iluminação ambiente). No painel, monitores com 12,3’’ para a instrumentação e o sistema multimédia, que ganha a integração dos serviços da Google, incluindo o Maps (navegação), o Play (aplicações) e o Assistant (controlo por voz de funções de bordo).

 

A Nissan também melhorou o funcionamento do sistema de câmaras Around View Monitor, que ganhou capacidade de “visão” e função de “capot transparente” para vermos o posicionamento das rodas dianteiras. Também no capítulo dos apoios à condução, regulação da precisão e da sensibilidade da travagem automática e do alerta para a mudança involuntária de faixa de rodagem.



Experiência

A Nissan organizou o primeiro contato dinâmico com o Qashqai novo em Portugal, na região do Algarve. À disposição, apenas o e-Power com motor elétrico (190 cv e 330 Nm) que aciona as rodas dianteiras diretamente. Esta arquitetura diferencia-o dos PHEV com que é comparado, devido quer à ausência de caixa de velocidades, quer ao binário elevado e instantâneo e à resposta progressiva e rápida a todos os movimentos no acelerador, sobretudo ativando o programa de condução Sport no comando D-Mode posicionado na consola entre os bancos dianteiros, já que esta ação aumenta a sensibilidade do pedal, tornando-o muito reativo – o sistema tem mais dois modos (Standard e Eco).


No Qashqai e-Power, recorda-se, o motor de combustão interna tem como missão apenas a produção de eletricidade que o inversor envia para a máquina elétrica ou a bateria (ou, simultaneamente, para ambos, dependendo das características e do cenário da condução).

A sonoridade da mecânica térmica nunca é muito intrusiva, mas automóvel alimentado só por baterias move-se de forma mais silenciosa. No entanto, elogie-se o facto deste sistema beneficiar de programação eletrónica que assegura adapta o fornecimento de eletricidade à velocidade do automóvel, o que previne os impactos negativos da desconexão entre o som de fundo e a marcha do Nissan. Inteligente.



Dinamicamente, o Qashqai de 2024 é o mesmo de 2021. Existem SUV compactos mais ágeis e divertidos de conduzir, existem SUV compactos com suspensões que filtram melhor as irregularidades do piso e são mais confortáveis. Logo, trata-se de automóvel equilibrado. O Nissan apresenta-se equipado com sistema e-Pedal que aumenta a intensidade da regeneração da energia quando reduzimos a pressão no acelerador, o que permite conduzir muitas vezes sem recurso ao travão, sobretudo em cidade. No entanto, esta função não pára – nunca pára! – o automóvel. A caixa também tem posição B que recarrega mais a bateria durante as desacelerações e as travagens.



Referência, ainda, para a quantidade de assistências eletrónicas à condução, com a particularidade de contarmos com recurso especial no Qashqai. No volante, em comando próprio, ativamos configuração personalizada dos apoios que queremos vigilantes e desligamos os demais, como o irritante alerta acústico para o limite de velocidade! As regras europeias novas obrigam a que todos os programas estejam em funcionamento quando ligamos o automóvel. O e-Power só não é convincente no consumo, que “dispara” sempre que exigimos mais do sistema. Todavia, como ferramenta de transição para a condução puramente elétrica, modelo muito bom.







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