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Nilu: hiperdesportivo promete sensações fortes

Criado para ser um hiperdesportivo de sensações puras à imagem dos modelos de outrora, o Nilu resulta dos esforços do casal Sasha e Inna Selipanov, os quais têm no seu percurso passagens por marcas como a Genesis ou Koenigsegg. O desenho arrojado e o motor V12 são elementos em destaque no modelo a apresentar na Semana Automóvel de Monterey, na Califórnia, EUA.



Tem um designação fora do convencional, mas o Nilu quer ser um regresso a uma fórmula mais tradicional dos automóveis desportivos das décadas de 1980 e de 1990. Ao evitar tendências atuais como a eletrificação, digitalização e outras ajudas tecnológicas, o Nilu pretende oferecer uma experiência de condução menos filtrada e sem constrangimentos.

 

Criada pelo casal Sasha e Inna Selipanov, a a Nilu27 é o novo projeto desta dupla que tem uma vasta experiência na indústria automóvel.

Sasha Selipanov, por exemplo, trabalhou em modelos como o Bugatti Chiron, Lamborghini Huracan ou Koenigsegg Gemera. Para esta sua nova aventura, a dupla escolheu uma designação tudo menos convencional: sem qualquer significado especial, Nilu é a junção dos nomes dos filhos de Sasha e de Inna Selipanov, Nica e Lucia. Já o 27 corresponde à homenagem a um número que ficou cravado na memória de todos os que assistiram às prestações de Gilles Villeneuve na Fórmula 1.



Não é de estranhar, também, que o desenho deste Nilu tenha inspiração nos carros de Fórmula 1 e de Le Mans dos anos 1960. Mas, numa mescla anunciada pela própria marca, conta igualmente com inspiração nas casas de design italianas clássicas, na filosofia "forma segue a função" da Bauhaus, no músculo americano da velha guarda, nos carros de “drift” ou, até, na música metal avant garde. Como tal, a aerodinâmica dita leis, seguindo o princípio da forma a seguir a função.

 

O chassis do Nilu recorre a uma monocoque em fibra de carbono com subestruturas tubulares em liga de alumínio de baixo peso. Desenvolvida internamente, a escolha por esta solução tubular permite um acesso mais fácil aos componentes mecânicos, enquanto a extração do calor também esteve entre os principais objetivos do processo de “design”.



Em termos de tecnologia de chassis, o Nilu utiliza uma suspensão de duplo braço, sendo notórios na secção posterior, contribuindo para as características de agilidade. O sistema de travagem em carbocerâmica é da responsabilidade da Brembo, enquanto as pinças da empresa italiana estão instaladas à frente e atrás com um acabamento branco personalizado. O automóvel também tem os rotores CCM-R Plus de mais alto desempenho da Brembo, para eficácia e resistência elevadíssimas.

 

Os pneus escolhidos são os Michelin Pilot Sport Cup 2 R, em medidas 265/35 R20 à frente e 325/30 R21 atrás e estão montados em jantes de aperto central, pela AppTech em Itália, destacando-se pelo baixo peso.


Interior analógico 

O habitáculo do Nilu foi concebido para proporcionar ângulos de visão perfeitos com elevada ergonomia e segurança, sem sacrificar o conforto. Com lugar para dois ocupantes, a marca adianta que este modelo oferece facilidade incomparável de acesso ao interior graças às portas de estilo “asas de gaivota”, soleiras rebaixadas e bancos fixos igualmente bastante baixos.


Com lugar para dois ocupantes, a marca adianta que este modelo oferece facilidade incomparável de acesso ao interior

A interface homem/máquina do Nilu é constituída por controlos manuais e analógicos, sem grandes concessões à tecnologia. O único ecrã é o da câmara/espelho retrovisor, que procura eliminar a tradicional fraqueza dos automóveis desportivos de motor central – a falta de visibilidade para a retaguarda.



O volante tem dimensões compacta e é perfeitamente redondo, evitando assim as variações de forma de outros modelos desportivos. De igual forma, dispensa botões e comandos integrados, num testemunho da crença de que a condução de alto desempenho requer concentração total e zero distrações. O Nilu também rejeita modos de condução, definições de chassis e opções adicionais – tudo é primário e pretende ser intuitivo.

 

Face a estes argumentos, a caixa de velocidades é manual com sete relações, com bloqueio da marcha-atrás, havendo também um elemento manual a considerar nos acertos de volante, caixa de pedais, apoio de cabeça e espelhos retrovisores exteriores.



Motor V12 de velha guarda 

O motor, exposto na traseira, resulta de uma parceria entre a Nilu27 e a Hartley Engines, da Nova Zelândia. O V12 atmosférico de 6.5 litros e ângulo do “V” a 80 graus quer dar ao Nilu o estatuto de hipercarro com motor atmosférico mais potente do mundo, oferecendo mais de 1000 cv de potência.

 

O bloco Hartley V12 possui uma área de combustão refinada e geometria de válvulas de alto desempenho, entre outras características técnicas que melhoram a aceleração e a capacidade de resposta. Além disso, todo o sistema de escape foi impresso em 3D em Inconel, permitindo à marca cumprir com o seu complexo “desenho”.



"O meu percurso na indústria nunca foi seguir regras e seguir normas", explica Sasha. "Nunca tive medo de seguir a minha intuição ou de perseguir os meus sonhos. Quebrar as convenções é simplesmente um subproduto. O mesmo se aplica ao Nilu: um hipercarro que descarta as tendências e convenções atuais em busca de uma experiência automóvel elevada”, concretiza, estando prevista a sua revelação pública no dia 15 de agosto, durante a Semana Automóvel de Monterey.


Produção limitada a apenas 15 unidades

 

Inicialmente, a produção será extremamente limitada a apenas 15 unidades, as quais serão construídas na fábrica americana da Aria Group, na Califórnia. Outra série com homologação para estrada será produzida, com 54 unidades previstas, das quais quatro terão um “design” único.





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