No campeonato mais longo da Fórmula 1, é possível "travar" Verstappen e Red Bull-Honda RBPT? O piloto neerlandês persegue o 4.º título mundial consecutivo, a equipa austríaca "corre atrás" do 3.º. E Hamilton coloca ponto final na relação com a Mercedes
A Liberty Media, entidade norte-americana no comando das operações na Fórmula 1, tem de preocupar-se (muito) com os comentários dos pilotos que estiveram na conferência de antevisão do Grande Prémio do Bahrain, corrida que marca o arranque do campeonato de 2024. É a temporada mais longa na história do Mundial e, segundo Verstappen, Alonso ou Sainz, excederam-se “limites”, o que pode acabar por revelar-se contraproducente para a popularidade (e a rentabilidade financeira) da categoria.
Max Verstappen, o tricampeão em título, sem meias-palavras, disse: “O meu objetivo não é, certamente, manter-me mais 10 anos na Fórmula 1 a fazer 24 corridas por temporada… Neste calendário, a quantidade dos circuitos é maior que a quantidade e não paramos de perder qualidade de vida”, exclamou o piloto neerlandês. Carlos Sainz concorda com esta opinião. “Sou adepto do Real Madrid e adoro a Liga dos Campeões, talvez pelo formato da competição. Neste desporto, se continuarmos assim, perde-se o elitismo a exclusividade que tanto atraem os fãs», alertou o espanhol em final de contrato com a Scuderia Ferrari.
RED BULL
É a bicampeão em título e o "alvo a abater", considerando a forma como "implodiu" toda a concorrência no Mundial de 2023, com 21 vitórias em 22 corridas, 19 com o tricampeão Max Verstappen, o que representa 95,45% de taxa de sucesso (o recorde anterior pertencia à Mercedes, com 19 em 21, ou 90,48%, em 2016). Quem pára o RB20 de 2024?!
MERCEDES-AMG
A escuderia alemã, depois de 8 títulos consecutivos (2014 a 2021), encontra-se confrontada com a hegemonia da Red Bull. A Mercedes, com o F1 W15, tem como objetivos principais aproximar-se da concorrente austríaca, regressar às vitórias (última em 2022, em São Paulo, Brasil) e, também, "despedir-se" do piloto com que mais ganhou: Lewis Hamilton, em 2025, muda-se para a Scuderia Ferrari!
FERRARI
É a escuderia mais bem-sucedida na história da Fórmula 1, mas vence o Mundial de Pilotos desde 2007 (Kimi Räikkönen) e "suspira" pelo título de construtores desde 20008. Totaliza 1074 grandes prémios na categoria (estreia em 1950, no Mónaco), com 243 triunfos, 249 "pole position" e 807 pódios. Em 2023, apenas a equipa de Maranello derrotou a Red Bull, ganhando em Singapura, com Carlos Sainz. O SF-24 é a "arma" para a temporada nova.
McLAREN
Outro nome de referência sem sucessos há anos a mais: não ganha o Mundial de Pilotos desde 2008 (Hamilton) e venceu o de Construtores pela última vez em... 1998. Lando Norris e Oscar Piastri são pilotos ambiciosos, jovens e talentosos, mas desconhece-se o potencial do MCL38... Na Fórmula 1, a McLaren tem 946 grandes prémios, 183 vitórias e 503 pódios. Para 2024, como ambição, lutar com Mercedes e Ferrari pela 2.ª posição no campeonato.
ASTON MARTIN
O espanhol Fernando Alonso, de 42 anos, é a "estrela da companhia". A escuderia inglesa, com o AMR24 desenvolvido para 2024, aparentemente, progrediu na velocidade de ponta, também é mais rápida em curva e tem sistema de travagem mais competente. No Mundial desde 2021, a equipa somou, em 66 grandes prémios, 9 pódios. Falta-lhe uma 1.ª vitória. Terminou 2023 na 5.ª posição.
ALPINE
A524 é o nome do monolugar da escuderia que sucedeu à Renault em 2021 e, no Bahrain, inicia a 4.ª temporada na Fórmula 1. Surpreendeu negativamente nos testes em Sakhir, posicionando-se sempre na segunda metade da tabela de pontos, à frente apenas da Haas. No currículo, 66 grandes prémios, 1 vitória (Ocon, Hungria-2021). No entanto, Bruno Famin, o diretor da equipa, diz-se ambicioso. Melhor classificação no Mundial: 4.ª em 2022. O ano passado, 6.º lugar dececionante...
WILLIAMS
É nome muito importante na Fórmula 1, categoria em que soma 827 grandes prémios desde a estreia em 1975 (Argentina), mas não vence títulos há anos a mais. E, no currículo, em 48 temporadas, conta com nove de construtores e sete de pilotos, além de 114 vitórias, 128 "pole position" e 313 pódios! O FW46 registou problemas técnicos durante os testes no Bahrain, mas a equipa britânica acredita no potencial do monolugar novo.
RB
A "equipa-satélite" da Red Bull encontra-se na Fórmula 1 desde 2006, ano em que sucedeu à Minardi nas grelhas de partida. Até 2019, competiu sob o nome de Scuderia Toro Rosso. Depois quatro temporadas como Scuderia AlphaTauri. Este ano, mudança para Racing Bulls (explica-se, assim, o acrónimo RB). Oficialmente, o nome da equipa é Visa Cash App RB.
SAUBER
Colocado o ponto final na relação de seis anos com a Alfa Romeo, a escuderia com licença suíça encontra-se em processo de transição. Em 2026, ano de mudança técnica importante, com a introdução de geração nova de unidades de potência na categoria, Audi no controlo das operações! Melhor classificação durante a relação com os italianos: 6.ª em 2022.
HAAS
É a representante norte-americana na categoria mais importante do desporto automóvel, contabilizando oito temporadas no Mundial desde a estreia na Austrália-2016. O melhor resultado remonta ao final do campeonato de 2018 (5.ª classificada). O ano passado, 10.ª em... 10 equipas! Mantém a dupla de pilotos mais veterana e acredita que o VF-24 é mais competitivo que o monolugar do ano passado.
Nas grelhas de partida do campeonato de 2024, que tem o número recorde de 24 grandes prémios e 6 corridas de "sprint", como novidades, apenas as mudanças de nomes em duas equipas, consequência do ponto final na relação da Alfa Romeo com a Sauber e da entrada de patrocinadores novos tanto na escuderia com licença suíça como na "equipa-satélite" da Red Bull. Os pilotos são os mesmos que terminaram o Mundial de 2023, mas esperam-se muitas novidades para 2025. A confirmação da mudança de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari foi o prenúncio do que está para a acontecer.
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