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Na Mitsubishi, mais ASX, menos Captur

SUV subcompacto da marca nipónica é baseado em modelo do fabricante francês, SUV com que partilha até a linha de montagem em Espanha, mas a modernização do automóvel do segmento B privilegiou, sobretudo, o aumento da diferenciação entre os “gémeos”.



A Mitsubishi, em 2021, ainda com a pandemia de Covid-19 muito ativa, anunciou o regresso ao mercado europeu, depois de discussões com os parceiros de aliança Renault e Nissan, o que contrariava decisão de 2020, de parar a atividade no continente, progressivamente, com o “congelamento do desenvolvimento de automóveis novos”. A mudança de opinião obrigou o fabricante nipónico a “socorrer-se” do que tinha “à mão” para não desaparecer do radar até à disponibilidade da linha moderna de produtos em que está a trabalhar. Fê-lo com o apoio direto da marca do losango e fabricando versões próprias de dois segmento B muito bem-sucedidos comercialmente: o Colt baseado no Clio e o ASX derivado do Captur.


Cerca de 12 meses depois da reintrodução do ASX na Europa, onde o original esteve à venda durante cerca de 12 anos (!), de 2010 a 2021, a Mitsubishi, “à boleia” da atualização da 2.ª geração do Renault Captur, modernizou o Sport Utility Vehicle (SUV) subcompacto, aproveitando esta intervenção para corrigir o que fez menos bem no início deste programa, no ano passado e, assim, aumentar o nível de diferenciação entre automóveis que partilham até à linha de montagem em Valladolid, Espanha. O sucesso da "fórmula" é testemunhado pelos 56.000 automóveis vendidos pela marca na Europa em 2023, registo que representou um crescimento de 3,5% no frente a frente com 2022.  Em Portugal, progressão muitíssimo mais significativa: as matrículas aumentaram 42,9%, para 3196 unidades, precisamente devido a esta "empreitada"!



O ASX-2024 diferencia-se, sobretudo, no "rosto" e no equipamento. No primeiro caso, adoção de grelha reminiscente tanto da do Eclipse Cross como da do Outlander (atrás, mudam as coberturas dos farolins) e gama nova de jantes, de 17’’ e 18’’. No segundo, introdução de sistema multimédia com ecrã tátil de 10,4’’ (o precedente tinha 9,3’’) posicionado, verticalmente, no centro da consola (abaixo, comandos físicos para o controlo da climatização).

 

Associada ao sistema multimédia, outra novidade: a integração de diversas funções Google, nomeadamente a Maps para a navegação e a Assistant com capacidade de reconhecimento de voz para telefonemas, envio de mensagens e comando de alguns programas de bordo do automóvel. Esta tecnologia também permite acesso à “loja” de aplicações Play e admite atualizações de “software”, por contar com ligação à Internet. O ASX também tem painel de instrumentos digital, de 7 ou 10’’, em função do nível de equipamento, que o condutor pode configurar com as preferências individuais de apresentação das informações, e uma boa “mão cheia” de apoios eletrónicos à condução que não encontrávamos no antecessor.



Na gama de motorizações, duas mecânicas a gasolina, com 3 cilindros (1 litro) e 4 cilindros (1,3 litros). A primeira, apoiada por caixa manual de 6 velocidades, rende 90 cv. O ASX, com o 1.0L MPI-T, acelera de 0 a 100 km/h em 14 s, atinge 170 km/h e consome, em média, 5,8 l/100 km. Já a segunda gera 140 cv quando está associada a caixa manual de 6 velocidades e 160 cv nas versões com caixa automática de 7, de embraiagem dupla (7SST). Nas duas, sistema híbrido do tipo MHEV (48V). Na primeira, 0-100 km/h em 10,4 s, velocidade máxima de 180 km/h, consumo médio de 5,7 a 5,8 l/100 km. No imediato, Mitsubishi sem a motorização híbrida (HEV) com 145 cv que encontramos no Renault Captur.

 

O SUV subcompacto novo tem lançamento em Portugal planeado para junho. Na Mitsubishi, até ao final do ano, geração nova do Outlander com sistema híbrido Plug-In e, em 2025, SUV compacto disponível apenas com motorização elétrica

No ASX, mala com 422 litros de capacidade, na configuração normal do compartimento, com os bancos traseiros na posição mais recuada – os assentos podem regular-se longitudinalmente até 16 cm, o que permite adaptar o espaço livre para pernas –, aplicação para “smartphone” My Mitsubishi Motors para controlo de meia dúzia de funções do carro e, ainda, carroçaria bicolor nas versões de topo, optando-se pela combinação cromática que inclui o tejadilho negro. Neste automóvel, quatro modos de condução: Comfort, Eco, Sport e Perso (o sistema, em função do programa ativo, muda até a iluminação do interior).

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