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MG3 Hybrid+ Luxury

Atualizado: 12 de ago.

É o membro mais recente na gama de produtos da regressada marca britânica sob controlo chinês, posiciona-se no importantíssimo segmento dos utilitários (B) e, consigo, traz uma potente motorização híbrida e um preço apelativo. O teste.



Num segmento em que as carroçarias do tipo Sport Utility Vehicle (SUV) têm cada vez maior força comercial, impondo-se aos utilitários ditos convencionais em quae se baseiam, é cada vez mais raro assistir-se à chegada de um modelo novo como este MG3. Rompendo por completo com o visual da geração anterior – nunca comercializada oficialmente em Portugal –, este subcompacto vai a jogo com um "design" exterior que combina uma maior coragem estética na dianteira com linhas mais conservadoras na traseira. Ainda que pequeno nas dimensões, o MG transmite-nos uma sensação “encorpada”, fazendo com que as jantes de 16'' pareçam "minúsculas" e as vias algo estreitas.



Por dentro

A bordo, começando pelos materiais e a qualidade de construção, é imediatamente notória a margem existente para melhoramentos, sobretudo na parte superior do habitáculo, onde os plásticos são quase todos rijos. Neste segmento, diga-se, não é algo exclusivo do MG3.


Em contrapartida, a zona frontal do "tablier" apresenta-se forrada a napa, material que encontramos, igualmente, nos apoios de braços das quatro portas. Em termos de "design", o interior da versão topo de gama Luxury representa um espaço agradável, visualmente, também por contar com a obrigatória digitalização do painel de bordo, com dois monitores. O primeiro, com 7'', integra a instrumentação e, embora completo ao nível da informação, peca pela dimensão dos caracteres, demasiado pequenos. Já o segundo, com 10,25'', está associado ao sistema multimédia e, felizmente, é complementado por atalhos físicos colocados imediatamente abaixo.



A posição de condução é correta e o conforto dos bancos adequado (ao segmento!...), mas a experiência podia ser melhor se a coluna de direção contasse com regulação em alcance, dando um grau adicional de ajuste ao condutor. O volante de dois braços também sobressai, assim como o seletor da transmissão, rotativo, colocado em posição central, na consola, onde está, ainda, o botão de seleção dos modos de condução: Eco, Normal e Sport. Lá mais atrás, e considerando as dimensões compactas do MG3, destaque positivo quer para a acessibilidade – portas grandes e com bons ângulos de abertura –, quer para o espaço disponível para pernas e cabeça.


O encosto podia ser mais confortável, mas não faltam as práticas bolsas nas costas dos bancos dianteiros, saídas de ar dedicadas e uma tomada USB. As janelas abrem na totalidade, o que se agradece. Já a bagageira oferece 293 litros de volume útil, mas o rebatimento do encosto pode ser feito só de forma integral, impedindo o transporte de passageiros no banco traseiro se for necessário ali colocar um objeto maior. A rever...



Potência e eficiência

O MG3 está disponível em exclusivo com a motorização Hybrid+ que, desde logo, garante vantagem no confronto direto com a concorrência, devido à potência combinada de 195 cv. Graças à combinação de um motor de 4 cilindros, 1,5 litros e 102 cv com duas máquinas elétricas, o MG3 cumpre bem com a promessa de combinar eficiência e "performances". Uma das máquinas elétricas assume as funções de gerador de energia, enquanto a outra, a a principal, a transmite às rodas (dispõe de 136 cv, um valor elevado que, segundo a MG, permite capacidade para circular mais tempo em modo EV, bem como uma maior velocidade máxima sem emissões de escape). A bateria tem 1,83 kWh de capacidade e está “escondida” sob o banco traseiro, presença por vezes denunciada pela atuação do seu sistema de refrigeração.



A motorização híbrida da MG permite vários modos de funcionamento, gestão que é feita de forma autónoma pelo sistema, o qual pode optar pelos seguintes modos de atuação: puramente elétrico, híbrido em série (motor elétrico aciona as rodas e motor térmico carrega a bateria através do gerador), híbrido em paralelo (ambos os motores enviam potência para as rodas dianteiras) e propulsão direta (só o motor de combustão é responsável pela propulsão, usado em altas velocidades).


O sistema de recuperação e regeneração de energia durante desacelerações e travagens pode ser regulado em três níveis.

O sistema de regeneração de energia pode ser ajustado em três níveis, mas mesmo o mais forte não permite prescindir totalmente do pedal de travão para forçar a desaceleração. Fazendo uso do modo de condução mais eficiente, não é de todo difícil completar diversos percursos com médias de consumo em redor do 5 l/100 km, por vezes até (muito) menos. Este ensaio, por exemplo, com uma utilização mista entre cidade e alguma autoestrada, terminou com uma média final de 4,8 l/100 km.



O sistema híbrido incorpora uma transmissão automática de 3 velocidades, cujo funcionamento é suave e fluido aos ritmos para os quais o MG3 foi desenvolvido, mas menos discreto nas pontuais acelerações mais fortes que podemos exigir, retirando alguma progressividade ao ganho de velocidade quando o motor térmico entra em cena e durante as mudanças de relação. Ainda assim, apesar de concebido com a máxima eficiência em mente, o MG3 acelera com determinação, cumprindo o "sprint" 0-100 km/h em 8 segundos. E apesar de não ter, também, quaisquer ambições desportivas, é de realçar o seu bom desempenho dinâmico, com reações ágeis e seguras, mantendo um nível de conforto adequado – ajudado pelo perfil elevado dos pneus –, mesmo ao rolar sobre calçada ou asfalto moderadamente irregular.



Preço é argumento

A gama do MG3 inclui três níveis de equipamento – Standard, Confort e Luxury – e é proposta a partir de 22.161 €, um valor ligeiramente abaixo do pedido pela Toyota pelo seu Yaris Hybrid de entrada de gama, que tem menos 80 cv. No MG existem, efetivamente, pontos a melhorar, principalmente ao nível dos materiais e da montagem, mas o argumento dos quase 200 cv, mais as médias de consumo na ordem dos 5 l/100 km, ganha ainda mais peso quando introduzido o fator preço na equação e fazendo-se a obrigatória comparação com a mais consagrada concorrência. Se os 25.161 € pedidos por este topo de gama Luxury que conduzimos forem excessivos – ainda assim, posiciona-se abaixo do Renault Clio E-Tech Hybrid com 145 cv mais barato -, aponte-se à versão intermédia pela qual a MG pede 23.661 € e que inclui, de série, equipamento mais do que suficiente.

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