Berlina posicionada no topo da gama do fabricante de Estugarda, Alemanha, regista quebra na procura e, por isso, vai passar a produzir-se apenas num turno na fábrica de Sindelfingen.
Os turnos da unidade de produção de Sindelfingen inaugurada há quatro anos - onde a Mercedes-Benz produz modelos das marcas AMG e Maybach, o 100% elétrico EQS SUV e a berlina topo de gama Classe S - vão sofrer alterações. E tudo porque o Classe S, a berlina topo de gama da marca alemã, já não está a ter a procura que se esperava.
Segundo avança o "site" Automotive News Europe, os cerca de 1500 funcionários que até ao momento têm trabalhado distribuídos por dois turnos poderão vir a passar a fazê-lo em apenas um já a partir deste mês. A mesma notícia refere que os funcionários afetados por esta alteração deverão ser alocados a outras áreas de produção nas instalações, cuja capacidade de produção tem estado, refere o artigo, subaproveitada devido à baixa procura por veículos do segmento em causa.
As vendas acumuladas dos quatro modelos de topo da Mercedes-Benz – Classe S, EQS, EQS SUV e GLS - totalizaram 33.400 unidades entre abril e junho, volume que representa uma descida de 25% comparativamente ao período homólogo de 2023, onde a marca registou vendas de 44.200 unidades. A quota da marca de Estugarda neste segmento caiu também de 16% para 14%.
No primeiro semestre de 2024, as vendas do Classe S registaram quedas nos principais mercados onde a Mercedes-Benz está presente. De acordo com a plataforma Marklines, as vendas do topo de gama desceram 13% na China, 19% nos EUA e 27% na Europa.
A queda da procura e a redução de produção do Classe S prevista representa igualmente um motivo de preocupação para os principais fornecedores de componentes do modelo.
O Classe S deverá ser modernizado no próximo ano, incorporando, por exemplo, nova tecnologia, atualização que poderá inverter significativamente a tendência atual.
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