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Foto do escritorJoão Isaac

Mercedes “desativa cilindros” nas baterias

Atualizado: 27 de nov.

Marca alemã recorre a analogia para designar nova tecnologia de conversão de energia para futuros veículos elétricos.



A Mercedes-Benz está a trabalhar no desenvolvimento de uma nova tecnologia de gestão das células de bateria, nomeadamente no que diz respeito à conversão de energia, a qual poderá ser implementada numa próxima geração de automóveis elétricos.


Existem vários conversores de energia num automóvel. Cinco controlam os sensores do veículo, doze destinam-se ao sistema de rádio e outros quatro dizem respeito ao motor elétrico que o propulsiona. Porém, muitos deles são produzidos com recurso a tecnologia muito convencional e quase inteiramente baseados em hardware”, diz Mark Steller, engenheiro da Mercedes-Benz, membro da equipa de investigação do projeto.


A ideia é assim implementar nova tecnologia baseada em software, “a qual utilizará um campo magnético – tal como um conversor convencional – mas também um elétrico, onde a transferência de energia não ocorre através de um núcleo de ferro e enrolamento de cobre, mas sim num sistema no campo e com uma maior frequência”, acrescenta Steller.



De acordo com as declarações do engenheiro da marca de Estugarda, normalmente existe apenas um conversor de energia convencional que serve toda a bateria de um automóvel elétrico, com todos os conjuntos de células que a compõem a fazerem parte de um mesmo circuito. Steller refere que, embora de conceção mais simples, fazer a gestão de energia desta forma significa que toda a bateria é apenas tão boa como o seu conjunto de células mais fraco. Ou seja, se um conjunto de células estiver num estado de carga inferior ao dos restantes, o conversor de energia indica esse estado como o estado de carga de toda a bateria.


Assim, a aplicação de um conversor de energia muito mais compacto e suportado por software a cada um dos packs de células permite um controlo muito maior e mais preciso sobre toda a bateria. Em teoria seria até possível conduzir com recurso a uma célula apenas, ainda que não durante muito tempo, avança o engenheiro. Aplicar esta tecnologia e superior controlo e modularidade em maior escala, permitirá extrair mais autonomia de um pack de baterias, podendo inclusivamente ser aplicada uma combinação de químicas diferentes de bateria para situações de condução distintas.



Imagine-se um sistema de desativação de cilindros 2.0. Com isto, podemos utilizar diferentes células em paralelo e já não nos preocupamos com a sua composição química", acrescenta Steller. Será também possível que as células de maior densidade possam ser utilizadas para uma condução com grande exigência de potência ou para longas distâncias, enquanto as menos densas podem ser utilizadas para situações de condução urbana ou mais lenta.


A tecnologia possibilitará também vantagens em termos de acondicionamento, permitindo dividir as baterias de modo que as de alto desempenho fiquem debaixo do banco, onde há mais espaço, e que as pequenas células redondas sejam colocadas debaixo dos pés, o que trará claros benefícios em termos de projeto e conceção do automóvel.

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