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Maserati GranCabrio Folgore: dia de festa

Dia de festa em Modena com o espetáculo “Made in Thunder”, levado a cabo para celebrar a eletrificação da gama da Maserati, que definiu que todos os seus membros contarão com uma versão 100% elétrica até 2025, e que, a partir de 2028, deixará de incluir outras opções de motorização



Em palco, várias estrelas italianas, como o músico Dardust, a atriz Matilda de Angelis, ou a astrofísica e comunicadora Edwige Pezzulli – embora o papel principal sob os holofotes tenha cabido ao novo GranCabrio Folgore, versão 100% elétrica da mais recente geração do emblemático descapotável da marca, já revelado nas suas versões animadas por motores a gasolina (saiba mais aqui).



“Primo direito” do coupé GranTurismo Folgore, já bem conhecido dos leitores de E-Auto (saiba tudo aqui), e com o qual partilha a esmagadora maioria dos componentes, o GranCabrio Folgore é o primeiro cabrio da casa do Tridente movido exclusivamente por motores elétricos, e o mais recente membro de uma linhagem inaugurada na década de 1930, com os 4CS (1931) e 8CM (1932), modelos de competição posteriormente adaptados para uma utilização em estrada. O seu elemento mais característico é, naturalmente, a capota de lona de operação totalmente automática e elétrica (14 segundos para abrir, 16 segundos para fechar, inclusivamente em andamento, desde que abaixo dos 50 km/h); a que se juntam o sistema de aquecimento do pescoço, para permitir circular de cabelos ao vento mesmo nos dias mais frios (de série em todas as versões), e a opcional rede defletora de vento, que se instala por detrás dos bancos dianteiros, e por cima do banco traseiro, com o intuito de reduzir a turbulência nos lugares da frente.



Já a capacidade da mala varia entre 151 litros com a capota colocada, e 114 litros estando esta recolhida, ao passo que o peso de 2340 kg é superior em apenas 80 kg ao da versão fechada, mantendo a sua repartição de 50% sobre cada um dos eixos. Quanto a beleza exterior, esteja a capota montada, ou recolhida, as imagens falam por si!


De resto, com 4,966 m de comprimento, 1,957 m de largura, 1,365 m de altura, e uma distância entre eixos de 2,929 m, aquele que é anunciado como o primeiro descapotável totalmente elétrico destinado ao segmento de luxo, e como o mais rápido do mercado, é em quase tudo igual à versão com tejadilho metálico fixo. Desde logo no luxuoso interior, com capacidade para acomodar quatro ocupantes, e fortemente marcado pela tecnologia de ponta, domínio em que se destacam, defronte do condutor, o painel de instrumentos digital de 12,2” e o head-up display; e, em posição central, o relógio digital configurável multifunções, o ecrã central de 12,2”, e o ecrã inferior de 8”, para comando da climatização.



Tecnicamente, menção para a estrutura composta, maioritariamente, por materiais leves, como o alumínio (65%), o magnésio ou o aço de ultraelevada resistência; para as suspensões com amortecimento pneumático ativo (triângulos sobrepostos na frente; multilink atrás); para o sistema de travagem Brembo derivado do utilizado no superdesportivo MC20 (que, já em 2025, também passará a ser proposto em versão 100% elétrica), na frente com pinças de seis pistões e discos com 380 mm de diâmetro, na traseira com pinças de quatro pistões e discos de 350 mm; e para as jantes de 20” na frente, com pneus de medida 265/35, e de 21” atrás, com pneus 295/30. Ainda assim, o que mais impressionará será o grupo motopropulsor, que integra várias soluções diretamente provenientes da Fórmula E, assenta numa arquitetura a 800 V, e é composto por três motores elétricos (um dianteiro, e um atuando diretamente sobre cada uma das rodas traseiras), cada qual com 350 kW (476 cv), de que resulta uma potência instalada total superior a 1200 cv.



Na prática, para não condicionar excessivamente a autonomia, o sistema foi programado para oferecer um máximo de 560 kW (761 cv), ou de 610 kW (830 cv) quando ativada a função MaxBoost, sendo o binário máximo combinado sempre de 1350 Nm, o que só poderia traduzir-se em prestações de exceção: 0-100km/h em 2,8 segundos; 0-200 km/h em 9,1 segundos; e velocidade máxima de 290 km/h. Modos de condução existem quatro, ativados através de um seletor rotativo montado no volante (Max. Range, GT, Sport e Corsa), sendo, também, virtude desta solução a tração integral, a vectorização de binário (regulável em três níveis pelo condutor, tal como o controlo de tração), e a possibilidade de funcionar apenas no modo de tração traseira (no qual também pode oferecer a potência máxima disponível, ou transmitir até 400 cv a uma única roda).



Por fim, mas não menos importante, a bateria em forma de “T”, montada sob o piso do veículo. Com 92,5 kWh de capacidade total (83 kWh de capacidade utilizável), permite ao GranCabrio anunciar até 419-447 km de autonomia no ciclo combinado WLTP, podendo recuperar de 20-80% da respetiva capacidade em apenas 18 minutos num posto de carregamento rápido a 800 V e 270 kW. Nota adicional para a travagem regenerativa, cuja intensidade pode ser definida através das patilhas montadas no volante, e é capaz de garantir desacelerações de até 0,65 g, com picos de potência de recarregamento de até 400 kW.








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