Marca romena do consórcio Renault apresenta o T1.U e os pilotos para “acelerar” no rali-raide a partir de 2025! E-AUTO conta-lhe (quase) tudo
O espanhol Carlos Sainz, de 61 anos, venceu a 46.ª edição do Dakar, a competição mais mediática no calendário do Mundial de Rali-Raides (W2RC), conseguindo somente à 3.ª tentativa aos comandos do Audi RS Q e-tron E2, protótipo da categoria T1.U que tem a particularidade de mover-se apenas de forma elétrica, embora conte com mecânica de combustão interna para gera a energia que carrega a bateria! Pelo 5.º ano consecutivo, durante 12 dias e 7891 km, incluindo 4727 km cronometrados, prova cumprida de fio a pavio na Arábia Saudita.
Para a Audi, ponto final muito bem-sucedido da aventura no Dakar, adeus imposto pela exigência de concentrar-se, integralmente, em programa desportivo novo que consome muitos recursos financeiros e humanos: a Fórmula 1 (estreia em 2026). Mas, enquanto uns saem, outros entram!... No próximo ano, Dacia na prova-rainha do todo-o-terreno, com o Sandrider desenvolvido e produzido com a inglesa Prodrive inscrito na categoria automóvel de topo (Ultimate).
Para a estreia da marca romena propriedade da Renault na competição, três pilotos de topo: Sébastien Loeb, francês de 50 anos recordista de títulos (nove) e vitórias (80) no Mundial de Ralis (WRC), Nasser Al-Attiyah, catari de 53 que tem já cinco triunfos nesta maratona (2011, 2015, 2019, 2022, 2023) e Cristina Gutiérrez, espanhola de 32 campeã da Taça do Mundo de TT em 2021 (T3) e do Extreme E de 2022, com a equipa de Lewis Hamilton (Team X44) e ao lado de Loeb, além de vencedora da categoria Challenger na prova realizada, integralmente, na Arábia Saudita, num Taurus T3 Max.
Motor V6 3.0 biturbo novo alimentado por combustível sintético
Liderada por Denis Le Vot, a equipa da Dacia planeia competir em toda a temporada do W2RC e não só no Rali Dakar, que é a prova de arranque e, também, a mais importante do Mundial integrado no calendário da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Os três pilotos participaram muito ativamente no plano de desenvolvimento do Sandrider, colaborando até no desenho de modelo que é reminiscente do estudo Manifesto que a marca apresentou em 2022 para antecipar a imagem de geração nova de modelos. Este “buggy” baseado no Hunter da Prodrive tem motor V6 3.0 biturbo desenvolvido de raiz (alimenta-o combustível sintético) em vez do V6 3.5 biturbo de origem Ford. Segundo a marca romena, a mecânica disponibiliza 265 kW/360 cv às 5000 rpm e 539 Nm às 4250 rpm.
A Dacia planeia apresentar o Sandrider em abril, durante evento no Reino Unido, mas o programa de testes tem arranque programado apenas para junho, encontrando-se três sessões de trabalho pré-reservadas em Marrocos. Em outubro, para a “prova dos nove” às qualidades da máquina nova, participação no Rali de Marrocos, ronda final do W2RC de 2024. Este projeto prolonga-se, pelo menos, até 2027.
Desenho inspirado na imagem do estudo Manifesto de 2022
Sébastien Loeb, piloto que ainda não concretizou o sonho de vencer o Dakar, mas soma cinco pódios no rali-raide, disse que Dacia e Prodrive trabalharam muito no Sandrider… “Existiram discussões sobre diversos componentes, mas o aumento da visibilidade para pilotos e navegadores foi o ponto que mereceu mais atenção, talvez por saber-se que é determinante para os resultados na competição”, rematou o ás francês. Tiphanie Isnard é a diretora de equipa que tem Philip Dunabin à frente do departamento técnico.
No Sandrider com 4,14 m de comprimento, 3,00 m entre eixos, pneus BF Goodrich com 37’’, chassis tubular, carroçaria em fibra de carbono, tração integral, caixa sequencial de 6 velocidades e, ainda, suspensões com 350 mm de curso. Visualmente, este “Ultimate T1+” da Dacia é semelhante ao Manifesto, estudo apresentado em 2022 para antecipar a geração nova de automóveis da marca que a Renault comprou em 1999 para relançar em 2004, com o início da comercialização do Logan.
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