top of page

Ano de ouro no WEC

Vive-se época dourada em Mundial que tem corrida mais importante e mediática que todo o campeonato (24 Horas de Le Mans). Em 2024, número recorde de construtores inscritos (14), entre Hipercarros (19) e LMGT3 (18), e pilotos de topo numa lista sem portugueses, facto que não acontecia há muito tempo. A temporada arranca já este sábado, no circuito de Losail, com os 1812 km do Catar!



O Mundial de Resistência (WEC) vive época dourada, potenciada pela convergência dos regulamentos entre a Federação Internacional do Automóvel (FIA), o promotor do Mundial, o L’Automobile Club de l’Ouest (ACO), também a organização por trás das 24 Horas de Le Mans, e o campeonato norte-americano IMSA. Em 2024, entre Hipercarros e LMGT3 (LMP2 admitidos apenas na corrida mais importante da temporada, no circuito de La Sarthe), 14 construtores em ação, o que constitui recorde na competição reintroduzida no calendário do desporto motorizado em 2012: Alpine, Aston Martin, BMW, Cadillac, Corvette, Ferrari, Ford, Isotta Fraschini, Lamborghini, Lexus, McLaren, Peugeot, Porsche e Toyota, apresentando-os por ordem alfabética!

 


Entre os pilotos em ação no Mundial de Resistência de 2024, nem António Félix da Costa, nem Filipe Albuquerque, portugueses com títulos no WEC (e vitórias em Le Mans), ambos em LMP2 – o primeiro, por imposição da Porsche, teve de abandonar os comandos do 963 da JOTA Sport, hipercarro que estreou o ano passado, para poder dedicar-se a tempo inteiro à Fórmula E, programa desportivo prioritário para a marca alemã, e o segundo privilegia o IMSA (Acura) e o European Le Mans Series (United Autosports). No "pelotão", no entanto, encontram-se nomes sonantes, como Jenson Button, campeão na Fórmula 1 em 2009, e Valentino Rossi, vencedor de sete campeonatos MotoGP. O britânico assinou pela JOTA Sport (Porsche 963), o italiano pelo Team WRT (BMW M4 LMGT3). Considerem-se, igualmente, Nyck de Vries, que dominou a Fórmula E em 2020-2021 e ingressou na Toyota, e os ex-F1 Mick Schumacher (Alpine), Stoffel Vandoorne (Peugeot), Daniil Kvyat (Lamborghini), Robert Kubica (AF Corse/Ferrari) e Sébastien Bourdais (Cadillac).



No WEC de 2024, 37 máquinas nas grelhas de partida, 19 inscritas na categoria de topo, que atraiu nove fabricantes, 18 na LMGT3, que seduziu mais cinco, elevando o total de marcas comprometidas com o campeonato para o número recorde de 14 (!) – não há igual no desporto automóvel. E quatro (Ferrari, Lamborghini, BMW e Porsche) “aceleram” nos dois campeonatos que "coabitam" no WEC, separando-se a Toyota da Lexus e a Cadillac da Chevrolet (no caso das duas marcas nipónicas, a primeira é proprietária da segunda, enquanto as norte-americanas fazem parte do consórcio General Motors). Em competição, 111 pilotos de 28 nacionalidades.

 

A 12.ª temporada desde o (re)nasciemnto do WEC, em 2012, promete muito!... Em Losail, num circuito com vista para a capital do país insular no Golfo Pérsico, Doha, os pilotos dos hipercarros, em média, realizam 44 passagens de caixa nos 5,4 km da volta à pista, que percorrem quase 45% do tempo com os aceleradores em “baixo”, a fundo, atingindo velocidades máximas na ordem dos 307 km/h.



Os mais rápidos no Prólogo

No início da semana, Prólogo para preparação do arranque da temporada, a forma como o WEC designa os testes de pré-temporada. Frédérick Makowiecki no 963 da Porsche Penske Motorsport, foi o mais veloz entre os hipercarros, com 1.40,404 m, 0,054 s à frente de Alex Lynn, num Cadillac V-Series.R. Nos LMGT3 substitutos dos LMGTE, Gregoire Saucy primeiro, no McLaren 720S LMGT3 da United Autosports, com 1.54,480 m.

 

A qualificação realiza-se esta sexta-feira e, no sábado, corrida com 1812 km (ou um máximo de 10 horas de duração, o que for cumprido primeiro…), distância que homenageia o Dia Nacional do Catar (18 de dezembro), com arranque marcado para 11h00 horas locais, 8h00 em Portugal Continental.



A Toyota, com o GR1010 Hybrid vencedor de 16 das 19 corridas em que participou desde a estreia no WEC, em 2021, é favorito a ganhar tanta esta corrida como o campeonato, coletiva e individualmente, com o número 8, de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Rio Hirakawa atrás do 3.º título mundial consecutivo. No entanto, no Prólogo, equipa nipónica demasiado discreta, talvez propositadamente, por privilegiar a acumulação de quilómetros à posição na tabela de tempos: registou apenas 23.º melhor registo do teste, que rubricou na 3.ª sessão, com o neerlandês Nyck de Vries no hipercarro número 7 (1.41,789 m, a 1,385 s do 963 de Makowiecki).


Alpine “cautelosa” na estreia

Em 2024, Alpine de regresso à categoria de topo do Mundial, após a passagem por LMP2 em 2023. A marca francesa propriedade do Grupo Renault estreou-se neste campeonato em 2015, originalmente em parceria com a Signatech e recorrendo a protótipo da Oreca equipado com motor de origem Nissan, e venceu os títulos de LMP2 em 2016 e 2019-2020 (neste período, na mesma categoria, três primeiras posições nas 24 Horas de Le Mans).



A Alpine compete com dois A424, hipercarros desenvolvidos de acordo com o regulamento LMDh e baseados em chassis da Oreca. No Prólogo, registos modestos, com o número 35 na 16.ª posição (1.42,448 m) e o 36 na 17.ª (1.42,503 m). Ainda assim, equipa muito confiante para a estreia. «Progredimos em todos os domínios. Estes treinos permitiram adaptar-me às características específicas das corridas de resistência, sobretudo ao tráfego muito intenso no circuito! Realizámos quilómetros, registámos informações importante e, pessoalmente, sinto-me ansioso com a estreia no WEC. O objetivo é terminarmos a corrida com o melhor resultado possível», afirmou o alemão Mick Schumacher, de 22 anos, que também é piloto de reserva de McLaren e Mercedes na Fórmula 1.



0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page