Os dois fabricantes japoneses anunciaram parceria para o desenvolvimento de tecnologias elétricas novas, procurando, assim, responder à vantagem dos vizinhos asiáticos e dos norte-americanos.
A Nissan integra aliança com Renault e Mitsubishi, mas a Honda tem permanecido quase isolada no desenvolvimento de tecnologias e “software” para automóveis elétricos. A exceção foi a parceria de curta duração com a General Motors, que terminou no final de 2023, após ambas as empresas terem concluído que ganhavam mais com a exploração de soluções de forma autónoma.
Porém, agora, a Honda decidiu associar-se à Nissan para o desenvolvimento de elétricos, de acordo com memorando de entendimento assinado muito recentemente. A aliança permite reduzir os custos e acelerar a velocidade de introdução de tecnologias novas nos automóveis de produção das marcas nipónicas, permitindo, simultaneamente, posicioná-las melhor no confronto com as rivais chinesas e a norte-americana Tesla. As primeiras não têm, ainda, grande penetração no mercado japonês, mas o impacto da sua chegada aos demais mercados asiáticos, europeus e americanos ameaça retirar muito protagonismo a Honda e Nissan.
Makoto Uchida, Presidente e Diretor Executivo da Nissan, explicou que “é importante prepararmo-nos para o ritmo crescente de transformação da mobilidade a médio e longo prazo e é significativo que tenhamos chegado a este acordo com base num entendimento mútuo de que a Honda e a Nissan enfrentam desafios comuns. Aguardamos com expetativa novas discussões e pretendemos encontrar soluções vantajosas para o crescimento sustentável".
Esta ideia é partilhada pelo homólogo da Honda, Toshihiro Mibe. “O nosso critério de estudo é se a sinergia de conhecimento e tecnologias que as empresas partilham são suficientes para atingirmos a liderança da indústria, criando valor para o setor automóvel”. O memorando de entendimento não é vinculativo. Logo, admitem-se mudanças no acordo durante as negociações entre as companhias.
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