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“Fórmula E pode ‘comer’ mercado à Fórmula 1”

Atualizado: 23 de fev.

Lucas di Grassi detém o recorde de vitórias no campeonato de monolugares elétricos. Este ano, brasileiro regressa à ABT e é membro da ‘Tribo Cupra’ 



Venceu o primeiro ePrix na história da Fórmula E, ganhando o arranque da categoria, a 13 de setembro de 2014, no Parque Olímpico de Pequim, na China, num monolugar da Audi Sport ABT, competiu no Mundial de Fórmula 1 com a Virgin em 2010 e, entre 2012 e 2016, esteve com a Audi no Mundial de Resistência (WEC), com dois terceiros lugares nas 24 Horas de Le Mans e duas vitórias no currrículo. Fala-se de Lucas di Grassi, piloto brasileiro de 39 anos que visita Portugal com regularidade, devido ao facto de a mulher ter casa em Lisboa, e tem uma mão cheia de recordes no campeonato de monolugares elétricos, que venceu em 2017: em 116 participações, 13 triunfos, máximo que partilha com o suíço Sébastien Buemi, e 40 pódios!


Este sábado, na Cidade do México, no primeiro ePrix da Época 10 da Fórmula E (o 117.º na história do campeonato e o 100.º da ABT, equipa alemã que regressou à competição em 2023, após ano sabático em 2022), Lucas di Grassi, depois de alinhar com Venturi e Mahindra, reencontrou equipa que representou entre 2014 e 2021 e, agora, em vez da Audi, tem outra marca do Grupo VW como parceira: a Cupra. O brasileiro mantém uma relação especial com o Autódromo Hermanos Rodríguez (vitórias em 2017 e 2019, e 3.º em 2023!), mas este ano abandonou na volta 2 de corrida que teve 37, com problemas no Mahindra M10Electro da ABT Cupra.


“Não existe local melhor para o arranque da temporada. Os adeptos adoram corridas e tratam-nos como estrelas”, disse Lucas di Grassi, que antecipa temporada muito difícil. “O desenvolvimento do ‘hardware’ está congelado pelo regulamento, mas melhorámos ao nível do ‘software’ e penso que é possível aproximar-nos mais das equipas de topo e tornarmo-nos consistentes, garantindo pontos com regularidade e conseguindo, talvez, alguns pódios”, garantiu. No final da temporada, ponto final na relação de dois anos da ABT Cupra com a Mahindra, mas desconhece-se, ainda, o nome do próximo fornecedor do monolugar elétrico da equipa com licença alemã e apoio espanhol.


Lucas di Grassi, que tem o suíço Nico Müller, de 31 anos, como parceiro de equipa, não poupa elogios ao progresso da Fórmula E. “Acompanho-o desde o dia zero. Há 10 anos, quando tudo começou, poucos apostariam que atingíssemos esta dimensão! Claro que a revolução elétrica que vemos nas ruas e nas estradas facilitou a nossa afirmação, mas a verdade é que nunca deixámos de progredir tecnologicamente e mantivemos sempre a qualidade dos pilotos, com vários em ação no campeonato há muitas épocas. E, neste período, tivemos três monolugares, com potência e velocidade sempre a aumentarem, o que tornou a competição e a condução cada vez mais exigente”, explicou.


Em 2027, monolugar novo (Gen4), que é apresentado como muito mais veloz. Segundo o brasileiro, a Fórmula E deve manter-se, maioritariamente, nos circuitos citadinos, por existir a possibilidade de adaptação da potência do sistema elétrico à especificidade de cada corrida. “O conservadorismo da FIA tem de combater-se com ideias inovadoras. A tecnologia permite-nos este tipo de abordagem”, explicou piloto que espera manter-se na categoria depois do ponto final na carreira, decisão que remete para o momento em que deixar de sentir-se competitivo. “No desporto automóvel, fiz tudo o que tinha para fazer. Fórmula 1, resistência… Quando chegar o momento de parar, paro. Depois, quero manter-me associado à Fórmula E, desempenhando outras funções. A Fórmula 1 já não admite mais corridas e temos potencial para ‘comer-lhe’ mercado’”, assegurou.


Finalmente, Lucas di Grassi congratulou-se com o envolvimento da Cupra na Fórmula E. “O investimento da marca na eletrificação do automóvel é enorme e este investimento permite-lhe acelerar esse processo, devido à possibilidade de transferência tecnológica da competição para os modelos que produz de série. E também tem a vantagem de ser muito dinâmica, ao contrário do que sucede com os fabricantes alemães, o que abre as portas ao desenvolvimento de ideias novas, audazes, para promover o campeonato e a empresa, principalmente junto dos jovens, de forma a conquistá-los para esta era nova na mobilidade”, concluiu. 

Este ano, na Cupra, entre outras novidades, introdução do Tavascan, topo de gama com motores elétricos em vez de térmicos.



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