Félix da Costa terceiro em Miami
- José Caetano
- há 3 dias
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Pássaro voou da mão do português da Porsche, que realizou corrida soberba, mas foi infeliz na ponta final, com acidente a originar bandeira vermelha que impediu a vitória mais do que merecida. Salvaram-se a terceira posição e a subida a segundo no Mundial.

António Félix da Costa, em Porsche 9XX Electric, tinha a vitória (quase…) à vista no ePrix de Miami, ronda 5 do Mundial de Fórmula E, após corrida soberba, sobretudo pela forma como conseguiu posicionar-se na frente do pelotão, mas sem nunca o comandar, de forma a gerir o consumo de energia, o que fez superiormente, mas a sorte não quis nada com o português e, na 20.ª das 26 voltas ao circuito interior da Homestead-Miami Speedway, acidente com três monolugares, obrigou à bandeira vermelha que destruiu a demonstração de superioridade do piloto de Cascais.

Félix da Costa, no momento de incidente com o Maserati de Hughes, o DS Penske de Günther e o Jaguar de Evans, aumentava a vantagem para os rivais mais diretos e encontrava-se apenas no início do segundo período de ativação do Attack Mode, programa que aumenta a potência no monolugar de 300 kW para 350 kW (cumpriu só 1’’ dos 6’’ que tinha à disposição). A entrada em cena do Safety Car, primeiro, e a exibição da bandeira vermelha, depois, transformou vantagem em desvantagem, devido ao reagrupamento do pelotão, por realizar novo procedimento de partida, e por existirem diversos pilotos atrás do português que ainda não tinham utilizado o “boost” de energia.
Naturalmente, nestas circunstâncias, António incapaz de defender-se no Sprint de 4 voltas com que terminou a corrida, depois da segunda partida. Félix da Costa viu a bandeira de xadrez na sétima posição, mas classificou-se em terceiro, devido às penalizações atribuídas aos pilotos que não esgotaram os tempos de utilização do Attack Mode, como exige o regulamento da Fórmula E, os casos de Nato (Nissan), o primeiro no ePrix, Frijns (Envision), o terceiro, Rowland (Nissan), o quarto, e Bird (McLaren), o quarto, todos penalizados em 10s.

Depois de contabilizadas todas as penalizações, mão cheia de “cambalhotas” na classificação, com Wehrlein (Porsche) primeiro, di Grassi (Lola-Yamaha) segundo e… Félix da Costa terceiro, o que permitiu ao piloto português progredir de terceiro para segundo nas contas do Mundial e reduzir a desvantagem para o comandante do campeonato, Rowland, de 29 pontos para 14. Segue-se, no calendário, o fim de semana no Mónaco, com duas corridas em Monte Carlo, a 3 e 4 de maio.
Félix da Costa "zangado" no final do ePrix de Miami. Português realizou corrida notável teve o "pássaro na mão", mas acidente próximo do fim obrigou a paragem na ação que "matou" todas as ambições de vitória do piloto da Porsche
Sem surpresa, no final do ePrix de Miami, António apresentou-se-nos “zangado”. O português esteve muito bem na qualificação (terceiro) e exibiu-se ainda melhor na corrida, mantendo-se sempre no controlo da ação, gerindo ritmos, consumo e até as duas ativações do Attack Mode. Apenas não contava com tanto caos nas voltas finais. “Isto não aconteceu pela primeira vez e é muito frustrante. Fomos perfeitos e acabamos penalizados por isso, mas devo sentir-me satisfeito com esta terceira posição e os pontos recuperados ao Rowland. Mais logo, talvez consiga sentir-me menos dececionado. Vem aí o Mónaco e é para ganhar”, disse-nos Félix da Costa.
Em Miami, 26.º pódio da carreira do português na Fórmula E, terceira nesta Época 11 (António foi segundo em São Paulo e na Cidade do México). Wehrlein, campeão em título, estreou-se a ganhar no campeonato e venceu pela 8.ª vez na disciplina, e Lucas di Grassi, o terceiro classificado, somou o pódio 41 na categoria (recorde), que é apenas o primeiro desde o México-2023 e da equipa Lola-Yamanha ABT. Já a Porsche, com os pódios de Wehrlein e Félix da Costa, passou a Nissan no Mundial de Equipas.

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