Corrida caótica no arranque da Época 11 da Fórmula E e na estreia do Gen3 Evo, o nome da versão nova do monolugar elétrico, com quatro rodas motrizes durante a partida e ativação do Modo de Ataque, com muitos incidentes, alguns acidentes e duas bandeiras vermelhas. Venceu Mitch Evans, neozelandês da Jaguar, último na grelha de partida, à frente de António Félix da Costa, da Porsche, e Taylor Barnard, da McLaren!
O arranque da Época 11 da Fórmula E prometia muito, mas a dinâmica da primeira corrida do campeonato de 2024-25 surpreendeu tudo e todos, devido a mão cheia de acidentes e incidentes que originaram à exibição de duas bandeiras vermelhas e provocaram diversas “cambalhotas” na classificação da terceira edição do ePrix de São Paulo, que acabou com triunfo do neozelandês Mitch Evans, o segunda do piloto da Jaguar nas três passagens do campeonato de monolugares elétricos pela metrópole brasileira. O português António Félix da Costa, da Porsche, conseguiu a segunda posição e o britânico Taylor Barnard, da McLaren, terminou na terceira.
Em São Paulo, Evans dividiu o protagonismo com Wehrlein, o campeão em título e companheiro de equipa de Félix da Costa. O neozelandês, devido a problema com o I-Type 7, “falhou” a qualificação, por isso acabando posicionado no fim da grelha de partida, em 22.º, enquanto o alemão, que arrancou da “pole”, somando, assim, os primeiros pontos da temporada (três), “saiu de cena” depois de acidente muito violento, que acabou com o 9XX Electric de “pernas para o ar”, após toque de Nick Cassidy, da Jaguar, felizmente sem consequências físicas para o piloto de 30 anos (foi submetido em unidade hospitalar para despiste de mazelas), devido à ação do sistema de proteção Halo em 2018 – mais uma vida salva!
Evans “derrubou” recorde da categoria que pertencia a Lucas di Grassi desde 2017 (então, o brasileiro venceu ePrix na Cidade do México depois de arrancar de 15.º) e disse-se surpreendido com o resultado. “Obviamente, depois da qualificação, este resultado é mais do que inesperado. Recuperei muitas posições no início do ePrix, o que permitiu relançar-me na corrida, mas pensei sempre apenas na hipótese de somar pontos. Tudo o que aconteceu depois acabou por beneficiar-me, mas ainda tive de proteger-me dos ataques do António nas voltas finais”, disse o neozelandês de 30 anos, segundo na Época 10 do Mundial, que somou a 13.ª vitória na Fórmula E, recorde que passa a partilhar com Sébastien Buemi e Jean-Éric Vergne
Monolugar novo, uma corrida louca!
António Félix da Costa, piloto que tem 12 vitórias na categoria no currículo, somou o pódio 24 no campeonato e, muito mais importante, protagonizou o melhor início de temporada com a Porsche, que representa desde 2022-23. “Que corrida louca! Sabia-se que o monolugar novo mudava as corridas, mas nunca pensávamos que mudasse tanto… É importante arrancar bem a época, ao contrário do que sucedeu nos primeiros dois campeonatos com esta equipa. Estou feliz com este resultado, mas ainda mais feliz pelo facto de saber que o Pascal está bem. Isto recorda-nos o perigo associado a este desporto e a importância de respeitarmos os adversários! Os carros são cada vez mais rápidos e os circuitos são complicadíssimos”, disse o português, 33 anos, que está a completar 25 anos de competição automóvel.
Finalmente, na terceira posição do ePrix de São Paulo, Taylor Barnard, da McLaren, o piloto mais jovem nos 133 pódios na história da Fórmula E. O britânico tem só 20 anos e, esta época, cumpre a primeira temporada completa no Mundial, depois de substituir o compatriota Sam Bird (e parceiro de equipa) em três corridas da Época 10. “Nem sei o que dizer! As bandeiras vermelhas trouxeram-nos para as primeiras posições e com mais energia do que os nossos adversários, mas a temperatura da bateria e a degradação dos pneus não permitiam que lutássemos por mais”, disse.
A ronda 2 do Mundial de Fórmula E realiza-se na Cidade do México, a 11 de janeiro de 2025.
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