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Félix da Costa perde comando do Mundial

Maximilian Günther (DS Penske), após ultrapassagem destemida a Oliver Rowland (Nissan) com a bandeira de xadrez quase à vista, venceu o ePrix de Jeddah, Arábia Saudita, a ronda 3 da Época 11 do Mundial de Fórmula E. Na corrida de estreia dos recarregamentos rápidos obrigatórios dos monolugares elétricos, António Félix da Costa (Porsche), abalroado na primeira volta, foi apenas nono e baixou de primeiro para segundo no campeonato.



A Fórmula E, após seis ePrix e 11 corridas em Diriyah entre 2018 e 2024, mudou de circuito novo na Arábia Saudita, trocando o subúrbio da capital Riade pela pista de Jeddah, ao lado das águas do Mar Vermelho, que também recebe o Grande Prémio inscrito no calendário do Mundial de Fórmula 1 desde 2021. No entanto, tratando-se de monolugares elétricos, a infraestrutura apresentou-se adaptada e mudou de configuração, de 6,174 km e 27 curvas para “apenas” 3,001 km e 19 curvas. Nesta primeira corrida de monolugares elétricos na segunda maior metrópole do país na Península Arábica, vitória de Maximilian Günther, E-Tense FE25 da DS Penske.


Günther foi mesmo o protagonista do dia, ganhando pela sexta vez na Fórmula E – primeira com a DS Penske, a equipa que representa desde o início desta Época 11, depois de duas temporadas com a Maserati (as duas formações atuam na “órbita” do consórcio Stellantis) –, depois de assinar a volta mais rápida da corrida com 31 voltas que marcou a estreia do Pit Boost neste campeonato e arrancar da primeira posição da grelha de partida (terceira “pole position” na disciplina em que acelera desde 2018-19).



A vitória no ePrix decidiu-se apenas na última curva, com Günther, por contar com mais energia DS Penske, a “atacar” Oliver Rownland, que tinha a bateria do Nissan quase sem carga. Na ponta final do ePrix, realizadas as duas ativações dos Modos de Ataque e o Pit Boost, o nome da paragem obrigatória nas boxes para recarga da bateria durante 30 segundos com 600 kW – permite recuperar 10% da capacidade máxima de armazenamento (ou 3,58 kWh) –, quatro pilotos atrás da vitória, com o alemão a superiorizar-se, por ter recorrido ao Attack Mode que produz mais 50 kW e aciona as quatro rodas motrizes mais tarde do que os rivais!



O Pit Boost, provou-o esta estreia em Jeddah, soma (mais) incerteza à incerteza da Fórmula E, por permitir (ainda) maior diversidade de estratégias de corrida – desde o primeiro ePrix da Época 10, na Cidade do México, que a “pole position” não valia uma vitória! E, assim, esta disciplina também contribui para o desenvolvimento da eletromobilidade, por testar tecnologia que aumenta a potência e diminui o tempo de recarga das baterias dos automóveis elétricos produzidos de série. No Mundial, o Porsche Taycan Turbo GT utilizado como “Safety Car” admite apenas até 320 kW.



Félix da Costa azarado

António Félix da Costa apresentou-se em Jeddah no comando do Mundial, depois das segundas posições nas primeiras duas rondas da temporada, em São Paulo e na Cidade do México, mas a jornada dupla da Fórmula E na Arábia Saudita não foi positiva para a Porsche. Pascal Wehrlein, o campeão em título, foi o segundo mais rápido na qualificação, mas colisão com Mitch Evans, da Jaguar, logo após o início do ePrix, furou pneu do 9XX Electric, o que obrigou a paragem não programada nas boxes, ação que “empurrou” o alemão para o fim do pelotão.



O português não teve mais sorte! Na qualificação, sétimo no Grupo A, a 0,345 s do mais rápido, o inglês Taylor Barnard, da McLaren, e a 0,111 s do neozelandês Nick Cassidy, da Jaguar, ou do apuramento para a fase de grupos, que atribui a “pole” e arruma as primeiras quatro linhas da grelha de partida. Assim, conseguiu somente o 13.º registo do programa, por isso ficando demasiado exposto a início de corrida acidentado. E, infelizmente, estas expectativas confirmaram-se. Na primeira volta, na travagem para a curva 4, o suíço Nico Müller, no Porsche 9XX Elextric da equipa norte-americana Andretti, “abalroou” o carro de António, deixando-o (quase) “fora de combate”.



“Início de corrida caótico… Tocaram-me e carro ficou danificado e desequilibrado, mas pude continuar. O incidente comprometeu o resultado na corrida, mas somei pontos, e todos são muito importantes para as contas do campeonato, e também recolhemos muitas informações importantes. Foi a primeira vez que tivemos o ‘Pit Boost’ e, amanhã, sem os azares de hoje, podemos fazer melhor”, afirmou Félix da Costa, que acabou o ePrix em nono e, assim, desceu de primeiro para segundo no campeonato de pilotos, com menos quatro pontos do que Rowland e mais dois do que Günther, o herói do dia.




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