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Fisker à beira do colapso

“Nuvens negras” no futuro da marca de automóveis elétricos. Descartada a possibilidade de acordo com a Nissan, a empresa encontra-se em sérias dificuldades financeiras e poderá mesmo declarar falência. Para tentar evitá-la, Ocean vendidos em "saldos"!



O segundo esforço de Henrik Fisker na criação de uma marca de veículos elétricos pode conhecer o mesmo desfecho que o primeiro, então como Fisker Automotive: a falência. A marca, atualmente, apenas conta com o Ocean na gama e está em graves dificuldades financeiras, encontrando-se já a cortar significativamente nos preços do Sport Utility Vehicle (SUV) como medida para tentar atrair clientes.

 

Nos EUA, a versão de topo do Ocean, denominada Extreme, desfruta de desconto de 39%, ou seja, 24.000 dólares, para um preço de 39.799 dólares, o que torna esta proposta muito mais acessível, mas com perda significativa de rentabilidade, de acordo com a informação avançada pela publicação especializada Automotive News Europe. As outras versões também contarão com descontos de preços consideráveis.


Também de acordo com a Automotive News Europe, a Nissan estaria em conversações avançadas com Henrik Fisker para um investimento na marca de elétricos, o que lhe proporcionaria uma ajuda fundamental. No entanto, como essa hipótese caiu por terra, Fisker encontra-se obrigado a procurar alternativas, incluindo reestruturações e novos investimentos de forma a cumprir com as suas obrigações económicas no pagamento de dívidas a fornecedores.



Agravando o cenário, a transação das ações da Fisker na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) foi interrompida na passada segunda-feira, devido à desvalorização acelerada dos títulos da marca, que se acentuou depois do anúncio de que a produção foi interrompida e a firma está em dificuldades para encontrar financiamento.


Segunda tentativa 

Após anos de experiência noutras marcas automóveis, como a BMW, Ford ou Aston Martin, na condição de "designer", o dinamarquês decidiu aventurar-se na criação de uma marca "premium" própria, lançando a Fisker Automotive em 2007. O Karma, um superdesportivo híbrido baseado no BMW Z8, foi a única tentativa desenvolvida pela empresa antes de crise financeira grave em 2008 ter originado problemas sérios na empresa.

A empresa de Henrik Fisker acabou por declarar falência em 2013 e os seus bens vendidos no ano seguinte a uma marca chinesa, a Wanxiang, mas o sonho da marca automóvel não esmoreceu e, em 2016, nasceu a Fisker Inc., uma vez mais pela mão do dinamarquês.



Observando o cenário de sucesso da Tesla e de outros fabricantes, esta nova marca lançou o primeiro veículo, um SUV 100% elétrico, em 2022, mas a concorrência cada vez maior dos fabricantes tradicionais, bem como o clima concorrencial das marcas oriundas da China e o arrefecimento da procura de elétricos levou a novas dificuldades.

 

Por outro lado, este é mais um sinal de que a aparente facilidade que as "start-up" tinham para se instalarem no mercado automóvel está a chegar ao fim, desde logo a começar pela conjugação dos fatores atrás mencionados, mas também pelo facto de a produção exigir investimentos que obrigam a financiamentos cada vez mais complicado de conseguir.

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