Farizon SuperVAN em Portugal
- José Caetano
- 22 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de fev.
A Salvador Caetano Auto tem marca chinesa nova no portefólio. Chama-se Farizon, pertence à Geely, faz só comerciais de passageiros e mercadorias com motorizações alimentadas por energias novas (eletricidade, hidrogénio e metanol) e encontra-se em processo de expansão. Em Portugal, propõe apenas o SuperVAN, que tem preços a partir de 39.592 €.
As matrículas de comerciais ligeiros de mercadorias em Portugal aumentaram 13,3% de 2023 para 2024, para 32.304 exemplares – e, no pódio, Peugeot primeira, Renault segunda e Toyota terceira. É este o mercado-alvo da Farizon, a marca chinesa nova no portefólio cada vez mais extenso da Salvador Caetano Auto. Este fabricante criado em 2016 integra o consórcio Geely e tem a particularidade de propor só motorizações alimentadas por alternativas ao gasóleo e à gasolina, nomeadamente eletricidade, hidrogénio e metanol.
A Farizon, atualmente, faz mais de 300.000 comerciais ligeiros de passageiros e mercadorias e pesados de passageiros e mercadorias, produzindo-os em cinco fábricas na China, país em que detém mais de 20% de quota de mercado. As regras antipoluição da União Europeia (UE) também obrigam a mudança de paradigma neste setor, devido à exigência de redução rápida nas emissões de CO2 (médias máximas admitidas de 154 g/km em 2025 e 91 g/km em 2030). E o contexto representa oportunidade de expansão para este fabricante com posicionamento tão diferenciado, também por apresentar-se como “premium”.

A marca chinesa, com o apoio da empresa portuguesa, pretende impor-se como a referência nova entre os comerciais ligeiros. Para o cumprimento de objetivo muito ambicioso, mercado nacional 100% coberto até ao final do próximo ano (15 concessionários), dois anos ou 60.000 km de manutenção gratuita e, também, garantia de 5 anos ou 200.000 (8 anos ou 200.000 km para as baterias). A estreia em Portugal faz-se com este Supervan, comercial de mercadorias proposto apenas com motorizações elétricas, com 170 kW (231 cv) e 200 kW (272 cv), quatro baterias, com 49 kWh, 66 kWh, 83 kWh e 106 kWh de capacidade, tração às rodas dianteiras, três comprimentos de chassis e três alturas da carroçaria.
As capacidades máximas de carga anunciadas para as seis versões do SuperVAN à venda em Portugal desmistificam as “incompatibilidades” entre os comerciais ligeiros e a eletrificação! Na base da gama do primeiro produto da Farizon à venda em Portugal, encontra-se o modelo L1H1 com 4,990 m de comprimento e capaz de transportar 1480 kg e 6,95 m3. No topo, L3H3 com 5,995 m para 1080 kg e 13 m3. E a acessibilidade soma-se às qualidades (portas laterais de correr, ausência de pilar B, 550 mm de altura da plataforma ao solo ou abertura das portas traseiras a 180º ou 270º).
A Farizon anuncia até 355 km, 376 km e 398 km entre recargas, dependendo da versão.
O SuperVAN, para proteção da autonomia e em todas as combinações de motores e baterias, tem velocidade máxima limitada a 135 km/h. A Farizon anuncia até 355 km, 376 km e 398 km entre recargas, dependendo da versão. Para os (re)carregamentos, reivindicam-se 15% a 80% em 7h00 com 11 kW e 20% a 80% em 30 minutos com 160 kW. Finalmente, o equipamento de série também é diferenciado e diferenciador: Cruise Control adaptativo, sensores posteriores de assistência ao estacionamento, câmara 360º, bancos em pele sintética com aquecimento e ventilação, 30 sistemas eletrónicos de apoio à condução e, ainda, cinco cores exteriores – e não só o branco dominante na categoria.
“Os carros de trabalho, cada vez mais, são ‘cartões de visita’ para as empresas e o SuperVAN, com a imagem e a qualidade que tem, e tudo o que propõe, tem todos os argumentos de que necessita para impor-se no mercado nacional”, diz Luís Santos, diretor da marca em Portugal. Ainda assim, neste primeiro ano de atividade, os objetivos de vendas são conservadores: 100 a 150 unidades. Preços desde 39.592 € (sem IVA e despesas).
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