Volvo “despachou” participação acionista no capital da marca que adquiriu em 2015, depois de falhados todos os objetivos para 2023, mas o fabricante de elétricos tem muitos projetos para este ano!
A Polestar, comercializando apenas 54.600 automóveis, registo muito abaixo do objetivo de 80.000, viveu “annus horribilis” em 2023 e entrou em 2024 com o “pé esquerdo”. Confirma-o sequência de notícias menos positivas, sobretudo o despedimento de 15% dos funcionários, ou a eliminação de cerca de 450 postos de trabalho, e a decisão da Volvo de desfazer-se das ações que detinha na empresa, passando para as mãos da Geely, consórcio industrial chinês proprietário dos dois fabricantes. No entanto, na rampa de lançamento, dois elétricos novos para somar ao 2 que continua sozinho na gama, o 3 e o 4, ambos importantes para melhorar o desempenho de companhia que também é perturbada por problemas quer no capítulo da capacidade de produção, quer no domínio da qualidade.
O “adeus” da Volvo à Polestar valeu valorização imediata de 40% das ações da marca sueca. Fundada em 1997 para “acelerar” no desporto automóvel, a empresa tornou-se parceira do fabricante no fim da década de 2010, participou no WTCR como Cyan Racing e emprestou o nome a várias versões desportivas até depois de tornar-se empresa autónoma especializada na produção de automóveis elétricos, o que aconteceu apenas em 2017. O primeiro modelo próprio, o 1, vendeu-se entre 2019 e 2021. A apresentação do 2 remonta a 2020. Seguem-se o 3, SUV com 4,90 m e 489 cv ou 517 cv, e o 4, “crossover” com 4,84 m e 272 cv ou 544 cv.
Também durante este ano, cumprindo-se o plano da Polestar, apresentação do 5, berlina de 4 portas baseada na mesma plataforma (SEA) de 4, Zeekr 001 ou Lotus Eletre e apresentada como concorrente do Porsche Taycan. No topo da gama, sistema elétrico com dois motores, para 650 kW (872 cv), 900 Nm e quatro rodas motrizes. A bateria é fornecida pela StoreDot, empresa israelita que trabalha no desenvolvimento de tecnologia capaz de reduzir muito os tempos de recarregamento – a promessa é de energia para 160 km em 5 minutos!
Na linha do horizonte da StoreDot, como ambição, recarregamentos de baterias (quase) tão rápidos como os reabastecimentos de combustíveis nos automóveis com motores térmicos, ambição que é partilhada, seguramente, por todos os fabricantes.
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